Hello stranger, como vai você?
Essa semana saí pra um happy hour inesperado com um amigo. Nós fomos comer esfihas num lugar em que a média de idade era 50+, bem a nossa cara, e conversando sobre internet eu falei mal de tanta gente que voltei pra casa pensativa.
É bem verdade que estava/estou de TPM e um indicativo que não falha nunca da chegada dessa época do mês é que sinto uns ímpetos de comentar FOOODASSSSSEEEEEEEE ou NINGUÉM SE IMPORTAAAAAA em tudo que leio ou assisto por aí. Aí os hormônios se acalmam e volto a ser essa pessoa que joga confete na rede mundial dos computadores o tempo inteiro, defende o online em todo almoço de família e sente o maior orgulho de fazer parte dessa turma, de poder sentar nessa mesa na hora do recreio.
No entanto, já faz um tempinho que as coisas por aqui tem me cansado e foi nisso que fiquei pensando. A verdade é que estou de saco cheio, realmente cheio, quase transbordando de tanto excesso: excesso de informação, opinião, conteúdo, mas, principalmente (e o que me deixa mais triste), tô de saco cheio das pessoas da internet. Pois é.
Sempre acompanhei um monte de blogs, adoro o Youtube e vejo as redes sociais como uma janela para as várias vidas comuns que existem por aí. Adoro me debruçar sobre ela e observar o que há do outro lado, porque eu gosto de pessoas e, mais do que isso, eu gosto mesmo da vida dos outros. Dizem que é feio admitir isso, mas se todo mundo se interessasse mesmo só pelo próprio umbigo acho que o Facebook não teria saído do quarto do Zuckerberg lá em Harvard e a gente nem estaria aqui. A gente se interessa sim. A gente se importa. A gente quer saber.
Mas até que ponto?
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Meu pai é um cara do mundo real. Apesar de depender de um computador pra trabalhar, Patriarca Rocha é uma pessoa analógica, ou melhor, ele enxerga o mundo de um jeito analógico. Na minha família existe esse ranço de doutrina protestante que diz que a gente deve ser modesto, discreto e acreditar no trabalho ao ponto de ser quase insuportável. Meu pai foi o filho que pegou isso com mais força. Um dia ele me contou que quando era adolescente seu sonho era ter 40 anos e isso é realmente a cara dele. Meu pai é um homem SÉRIO, embora seja uma das pessoas mais engraçadas que eu conheço (na maioria das vezes é sem querer). Ele às vezes pergunta se eu não me divirto demais (eu digo que sim, graças a Deus) e pra ele uma simples foto de perfil no Facebook é exposição demais. Com base nisso, fica fácil entender por que o meu pai nunca entendeu as redes sociais e nunca vai entender. Ele não acredita nisso.
Ele não acredita na exposição da própria vida e muito menos no interesse e ~engajamento~ que isso gera. É algo que vai contra tudo que ele acreditou a vida inteira, quase como uma traição no seu próprio jogo, porque ele descobriu que isso dá dinheiro, muito dinheiro, e meu pai acredita no trabalho e o trabalho dele é lidar com dinheiro. MINDFUCK.
"Olha pai, essa menina ficou famosa escrevendo sobre pé na bunda e postando look do dia na internet, agora ela lança três livros por ano e acabou de construir uma mansão"
A gente tem conversado muito sobre isso e é descrevendo a Conjuntura Internética Atual™ em voz alta para alguém completamente leigo que consigo olhar pra esse quadro de forma um pouco mais distanciada e pensar se, talvez, sei lá, vai que a gente não esteja tudo meio doido mesmo. Tô falando aqui de blogueiros, youtubers, ~*~influencersss~*~ e celebridades de internet de modo geral como um novo MERCADO, caso não tenha ficado claro (eu tenho essa tendência a longas digressões).
Eu tô de saco cheio desse povo.
Veja bem: no aspecto macro das coisas sou completamente a favor e acho até meio genial. É publicidade? É. É o capitalismo em sua mais refinada forma reproduzindo uma estrutura jurássica? Sim. Contribui pra fazer um monte de gente estúpida ter um alcance extraordinário? Também, mas isso é meio que regra no mundo. Dá voz pra um monte de gente que diz coisas bacanas, ajuda as pessoas e está construindo um monte de coisa ótima? SIM, e é nisso que eu me apego. Posso estar sendo ingênua ao pensar nisso? Posso, mas sou uma supporter™, eu escolhi acreditar. Porém (sempre tem um porém), acho que o pessoal está perdendo a linha e a culpa nem é só dos famigerados criadores, mas daquilo que nós, enquanto público, queremos deles ou achamos que queremos.
Lembra de todas aquelas pessoas de quem eu estava falando mal no ouvido do meu amigo (já peço desculpas caso a orelha de alguém tenha ficado vermelha)? O que havia de comum entre elas era uma fanbase muito forte e expressiva e uma vida muito escancarada na rede. Gente, eu não aguento mais acompanhar tudo da vida dos outros. Não só o trabalho, mas o cabelo, a roupa, o pijama, o treino da academia, a dieta, a consulta no nutricionista, os animais (mentira, eu nunca canso dos animais), a viagem, o quarto de hotel, a reforma do banheiro, a reforma da casa, o revestimento, o namoro, o casamento, a sogra, a vida sexual, oi meninaaasss já que vocês pediram hoje eu vou fazer um vlog mostrando como é minha rotina nas manhãs chuvosas me acompanhem que eu vou mostrar tudinho todos os detalhes vem comigo!!!11 =^.^=
Olha, cê me desculpa, mas eu não vou não.
"Exatamente, Anna, ninguém tá te obrigando a assistir, não quer ver é só fechar e ir ler um livro", argumenta o defensivo leitor.
Pois é, eu realmente dei unfollow em um monte de gente e tenho usado o Snapchat só pra acompanhar minhas amigas (e seus animais) e a família Kardashian (volto nelas logo logo). Mas gosto de pensar nos ~fenômenos~ por trás das coisas e gosto mais ainda quando essa coisa é a internet, porque eu amo a internet e quero protegê-la. Comecei a fazer isso lá no Twitter e as reflexões que tive com o pessoal de lá me deram vontade de trazer o papo pra cá também.
A gente gosta da vida dos outros, seja a do vizinho ou a da menina da internet. Pode ser fascinante observar (e, de alguma forma, participar) da vida alheia. Eu adoro! E aí a gente tem essas pessoas que compartilham sua vida e seus interesses na internet e porque elas têm carisma, são engraçadas, se comunicam legal e tem aquele je ne sais quoi que deixa todo mundo interessado, elas são promovidas a celebridades na internet ou influenciadores, como você preferir. A vida da pessoa (o que ela faz, o que ela come, o que ela veste, o que ela assiste, o que ela lê, o que ela pensa) se torna o seu produto (não digo isso como crítica e nem na intenção de reduzir qualquer pessoa à sua persona virtual) e a gente paga por ele sobretudo com atenção, que é tipo a coisa mais valiosa que a gente pode oferecer. TODO MUNDO quer a nossa atenção e essas pessoas conseguem isso entregando aquilo que a gente quer ver, e a gente quer (ou acha que quer) ver tudo: a mãe, o pai, a roupa, o parto, a dieta, a viagem de férias, a viagem a trabalho, a reforma do banheiro, o quarto e a sala.
Acho que não teria tanta gente expondo tanto se não tivesse tanta gente disposta a dar atenção a isso, mas aí acho que sem querer a gente acaba criando uns monstros. Imagino o peso que deve ser pra esses criadores tocar pra frente um negócio que é tão novo (ninguém sabe muito bem de onde vem e pra onde vai), tão instável e que depende de algo tão volúvel quanto a nossa atenção. Então eles entregam aquilo que a gente pede e o resultado disso é uma viagem de férias que vira uma série de 10 vlogs, com 40 minutos cada, ou um xixi transmitido via Snapchat. Como a Lorena bem lembrou, até mesmo o jornalismo (principalmente o digital) tem se curvado diante disso, apelando cada vez mais pro sensacionalismo, matérias caça-clique e colunistas polêmicos contratados para escrever em blogs cujo objetivo é gerar atenção (e consequentemente cliques e receitas) em torno daquele veículo.
Está tudo tão estranho......................
As coisas são tão imediatas que não sobra muito tempo pra pensar nas consequências desses comportamentos, que muito rapidamente são levados a extremos. Acho que elas estão começando a aparecer. Eu, por exemplo, deixei de acompanhar várias pessoas que até então achava muito bacanas (e ainda acho) porque tanto conteúdo saturou completamente aquilo que elas tinham para oferecer. Quando comentei isso no Twitter, várias pessoas disseram que se sentiam assim também. Muitos criadores devem estar exaustos, não só pela demanda constante, como também pela desumanização que acaba rolando. É fácil esquecer que do outro lado existe uma pessoa, com vida pessoal, problemas e limitações, que não está ali pra nos servir e saciar nossa curiosidade. Sei lá, eu quando viajo morro de preguiça de tirar foto, imagina essa galera que até nas férias tem que produzir VLOG? Eles ganham por isso, mas não deixa de ser trabalho puxado. E o mercado, gente, o mercado está completamente lelé.
Li um texto interessante no youPIX dizendo que numa era de excessos vai ser bem sucedido quem souber administrar a escassez, ou seja, quem souber brincar com esse curioso jogo de mostra-esconde. O artigo era mais voltado para o comercial, pensando nas grandes corporações como Google ou Facebook, mas acho que vale para a, digamos assim, pessoa física que produz conteúdo na internet. Percebo que as pessoas que mais gosto de acompanhar andam bem nessa corda bamba, entregando o suficiente para merecer a atenção das pessoas, mas nunca em excesso pra gente se desinteressar por completo. Se você me pegar num dia de fraqueza e perguntar se eu assistiria um reality show da família Chata de Galocha, eu diria que sim, óbvio, mas fico feliz com vlogs esporádicos de 10 minutos (socorro a Bia no Rio) e ocasionais fotos da Bia no Instagram. Na dúvida é só pensar: o que Kris Jenner faria?
Acho as Kardashians o maior ~case de sucesso~ desse rolê de capitalizar em cima da própria vida e do interesse das pessoas na vida alheia. Porque elas tinham tudo para ser só mais uma vítima daqueles realities doentios que o Ryan Seacrest produz, explorando a imagem de gente desesperada por fama e algum dinheiro, e abusando da nossa curiosidade pelos outros. Porém, as Kardashians não apenas vingaram, como fizeram o jogo ser completamente delas.
É muita exposição? É. Rola uma vergonha alheia? Graças a Deus. É brilhante? SIM. Keeping Up With The Kardashians conseguiu transformar nosso voyeurismo em milhões de dólares tomando controle sobre a nossa atenção, oferecendo o suficiente pra nos levar pra onde elas quiserem. Elas têm jogos de celular, aplicativos com conteúdo exclusivo, produtos licenciados e todo um império particular, e isso foi construído em cima da imagem delas e da nossa atenção. Você pode achar isso fútil, ridículo, imoral ou sei lá o que, elas não precisam que ninguém goste delas, contanto que preste atenção.
Enfim, acho que me perdi um pouco nesse assunto, talvez porque eu não tenha nenhuma conclusão a respeito dele (você tem alguma? vamos conversar!). Tenho pensado em estudar marketing digital pra escrever uma tese sobre as Kardashians e acho que esse texto no fundo é uma tentativa de convencer o meu pai de que isso é uma boa ideia.
Alguns textos de gente que parou pra pensar por mais tempo que eu sobre internet:
Juvenoia e a cultura de celebridades do Youtube: sobre jovens na internet, conflito de gerações e o apelo dos youtubers.
Nenhum desses youtubers inventou a cultura do “fã-histérico-ídolo-supremo”, mas é compreensível que ela se materialize de um jeito tão intenso com eles. Como eles são vistos por seus fãs como pessoas iguais, próximas, reais e possíveis, a relação de identidade e representatividade que criam com suas comunidades é muito profunda, quase simbiótica. Pra esses “fãs-histéricos”, amar youtubers é como amar a si mesmo, porque isso que eles amam é parte do que eles são. O coração da cultura jovem já foi a música. Hoje em dia é a web. É simples assim!
ThaynaraOG busca fama de subcelebridade e coisas grátis: um monte de gente me recomendou seguir a Thaynara no Snapchat e eu não aguentei dois dias, ela é um exemplo do tipo de excesso que eu não aguento mais na internet (perdão migas maranhenses), mas esse texto analisa o caso dela com o coração aberto e entusiasmo e eu não consigo discordar;
Where would the Kardashians be without Kris Jenner?: perfil da Kris Jenner no NY Times falando um pouco de como ela transformou a família num império (eu sou a pessoa com menos senso de negócio e oportunidade DO MUNDO, então acho fascinante ler sobre pessoas que tem isso como dom);
Money for nothing - The lucrative world of club appearances: uma matéria sobre o sub-mundo das pessoas que ganham milhares de dólares para dar pinta na balada (eu digo angústia! vocês dizem existenciaaaaaaal!)
This is how Paris Hilton fooled the entire United States of America: perfil da Paris Hilton mostrando como, de forma bem similar à Kim, ela conseguiu transformar a atenção em torno de si (e às vezes o ódio) em milhões de dólares.
Disco da Semana
Artangels, da Grimes. Nunca fui fã de música eletrônica, inclusive sempre odiei. Aí não sei o que aconteceu que ano passado comecei a ouvir umas coisas de gente moderna, electro-pop, synth-pop, dream-pop, sei lá como vocês chamam isso, e amei? Já tinha tentado ouvir a menina Grimes várias vezes porque adoro umas cantora doida, mas ela era doida demais pra mim até o Artangels, disco que saiu no fim do ano passado. É essa coisa esquisita, jovem e moderna, mas com uma coisinha de pop que faz o álbum ser viciante. Um monte de fã torceu o nariz e diz que a Grimes tá comercial demais, eu achei foi ótimo. Grimes, please come to Brazil!!11
Tô ouvindo ele sem parar desde o lançamento, mas essa semana o amor se intensificou porque tô fazendo umas horas-extras malucas pra conseguir enforcar o feriado na firma e precisei de uns batidão pra não morrer tendo minha alma sugada pelo ambiente corporativo. Esse tipo de música me deixa mais concentrada. Vai entender.
Minhas favoritas: Flesh Without Blood, Venus Fly e Butterfly.
- Pra não morrer eu também juntei as músicas da trilha sonora de Velho Chico numa playlist lá no Spotify. É muito raro eu não odiar uma trilha de novela, então se até playlist eu me dei ao trabalho de fazer é porque as músicas são show. Só canções nordestinas, aquela brasilidade gostosa e todo charme do mundo com Gal Costa, Maria Bethânia e Elba Ramalho. Como faltou tempo e sobrou trabalho, tá tudo meio jogado lá, mas vou ver se essa semana coloco ela numa ordem bonitinha.
Já faz duas semanas que terminei de ler A Trama do Casamento, do Jeffrey Eugenides, e ainda não tinha falado dele por aqui. Acho que é porque eu não sei muito bem o que falar. No começo fiquei de quatro pelo livro, devorei as páginas com requeijão e geleia e morri de identificação com a personagem principal. Mas depois, sei lá. Não vou dar spoilers, mas a sensação que tive foi que a Madeleine se perde na história, ela, que é protagonista, enquanto os dois caras que compõe o triângulo amoroso do qual ela participa têm uma voz e uma construção muito mais clara. Embora tenha meio que odiado os dois, ambos são personagens completos, enquanto ela me parece aquela garota que gosta de livros, cuja história gira em torno do seu amor por um desses caras - ou da busca pelo amor, de modo geral. Não que isso seja ruim (é? não sei?), mas é um rumo inesperado pro livro. Gostei bastante do final, o que me deixou com uma impressão geral boa, mas SEI LÁ. Se você já leu A Trama do Casamento, responda esse e-mail e, por favor, vamos conversar.
Vou deixar aqui um trecho da primeira página, que me ganhou completamente, pra não dizer que só reclamei:
Lá estava, em resumo, uma biblioteca de tamanho médio, mas ainda portátil, que representava basicamente tudo que Madeleine tinha lido na universidade, uma coleção de textos, aparentemente escolhidos de maneira aleatória, cujo foco lentamente se fechava, como um teste de personalidade, um teste sofisticado em que você não consegue trapacear ao perceber as implicações das questões e em que finalmente você ficava tão perdida que o seu único recurso fosse responder a verdade pura e e simples. E aí você ficava esperando o resultado, torcendo por "Artística" ou "Passional", pensando que podia aceitar "Sensível", temendo secretamente "Narcisista" e "Caseira", mas recebendo finalmente um veredito de dois gumes que lhe causava sensações diferentes dependendo do dia, da hora, ou do cara que por acaso você estivesse namorando: "Romântica Incurável".
Agora estou lendo Carry On, da Rainbow Rowell, e nossa, como eu amo essa mulher! Ali pela terceira página eu já estava sorrindo e vibrando, rindo sozinha, matando as saudades depois de mais de um ano sem ler nada dela. Ainda tô no início, mas está sendo incrível <3
Faz tempo que não falo de séries por aqui, então deixa eu registrar que terminei a quarta temporada de Mad Men, que foi minha favorita até agora. Achei o finale meio estranho (precisamos falar sobre Megan), mas isso não muda o fato de que terminei todos os episódios suspirando, meio chorando por dentro (às vezes por fora também) e pensando DAMN GOOD WRITING ou JON HAMM DONO DO MEU CORPO ou PEGGY OLSON EU TE AMO ou outras coisas que não lembro agora. Não tenho o perfil binge-watcher, então quando termino uma temporada, principalmente uma densa dessas, preciso de um tempinho de respiro. Aí essa semana voltei a assistir The Middle, uma comédia delícia que eu tinha largado porque comecei a achar muito repetitiva, mas bateu saudades e fui visitar a família Heck. Assisti toda a quarta temporada entre sexta e hoje (domingo) e ADOREI. Comédia de família divertida e despretensiosa, recomendo bem.
Links, links, links!
Ctrl + Alt + Delete: A estreia do podcast da Emma Gannon foi definitivamente a coisa mais legal da semana! A proposta dele é receber convidados para conversar sobre internet e experiências online, mas também sobre feminismo, escrita e tudo de legal. A primeira entrevistada foi a Elizabeth Gilbert, autora de Comer, Rezar, Amar e nossa, fiquei ainda mais apaixonada por ela (e pela Emma!). A Liz (sim, sou íntima) tem uma voz calma e grave, como se ela fosse uma espécie de guru, e eu ouvi tudo que ela disse como se fosse uma pregação (aloka). Nesse episódio elas falam sobre escrita, criatividade e (tcharã!) vulnerabilidade. Foi tão inspirador que até pensei em transcrever meus trechos favoritos aqui, mas essa cartinha já está longa (e eu estou com preguiça). Então não deixe de ouvir! O segundo episódio já está no ar e a convidada foi a Zoella, mas ainda não prestigiei;
Minhas Refeição (sic): Eu sou preguiçosa, então é muito raro descobrir um blog/site legal e ler ele inteiro logo de cara, por melhor que seja. Aí ontem eu li esse Tumblr todo de uma vez. No Minhas Refeição o Rômulo faz resenha dos PFs que come por aí, sempre guiado pelos princípios do quanto mais comida pelo menor preço, melhor. Esbocei um bocado. Pra começar, sugiro a gestalt do PF e o dia que ele foi convidado a ir comer num restaurante chique (me senti representada);
Tudo mais ou menos gostoso: você já deve conhecer, mas essa semana o Gabriel, meu amigo do trabalho, me mostrou essa página e a gente passou a tarde inteira rindo dos shades atirados nos comentários do Tudo Gostoso;
Essa semana o pessoal do Buzzfeed tentou explodir uma melancia usando elásticos e transmitiu a experiência ao vivo pela internet. Mais de 800k pessoas assistiram e eu obviamente fui uma delas;
Depoimento muito interessante de um professor senegalês que mora no Brasil falando sobre o racismo e a generosidade das pessoas daqui;
Maisie Williams, a Arya, de GoT, disse recentemente que deveríamos parar de chamar atenção pro fato de as pessoas serem ou não feministas e começássemos a questionar aquelas que são sexistas. O argumento dela é de que não existe uma palavra que diga que uma pessoa não é racista ou homofóbica, justamente porque é o que se espera de qualquer pessoa razoável, e o mesmo deveria ser verdade pro feminismo. O The Mary Sue fez um texto bem legal sobre isso e a Stephanie, lá no Petiscos, também;
A diferença entre argumentos e a lacração: texto bem ótimo da Priscilla sobre a hostilidade nas discussões feministas, que já conversamos aqui antes;
There's a wild conspiracy theory that Louis Tomlinson's baby is fake!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!: GENTE. Esse foi, de longe, o melhor link da semana. Mistura One Direction + fandom + teoria da conspiração, ou seja, não existe nada mais feito pra eu amar no mundo do que isso. O Babygate é a teoria da conspiração que especula se 1) o baby Freddie é realmente filho do Louis e 2) se o baby Freddie sequer existe. Observações apontam que o bebê pode ser um boneco e tudo isso foi armado pra disfarçar o fato de que Louis e Harry vivem um romance secreto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! EU AMO VIVER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Repito aqui o que disse pras migas: uma teoria da conspiração fascinante era a última coisa que faltava pra gente aceitar que One Direction são os Beatles do século XXI
Depois dessa, me retiro.
Essa newsletter ficou um pouco grandinha, acho que me empolguei além da conta. Paciência. Como sempre, obrigada por ter chegado até aqui e por acompanhar essa empreitada maluca. Não tenho como agradecer o suficiente pelas respostas da edição passada, juro que vou responder todo mundo e se não te respondi ainda é porque, como eu disse, estou trabalhando horrores e nas horas vagas sendo consumida pelos meus Projetos Pessoais™. Como dizem as blogueiras: vem coisa boa por aí.
Tenha uma excelente semana, é o que desejam Kylie, Bambi e Norman:
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
p.s.1: Essa semana foi Dia do Jornalista, então feliz dia para os jornas que me leem! Não fui convidada para a feijoada dos jornalistas da cidade, mas como essa semana morei no escritório, participei de todas as três celebrações que rolaram e comi muito bolo na firma. Espero que tenha sido um dia feliz pra todos!
p.s.2: Não consegui de jeito nenhum pensar num título, desculpa por essa lambança;