Hello stranger, como vai você?
Era pra essa newsletter ter chegado pra você na quarta, mas acontecem coisas. Ou melhor, não acontecem, no caso das luzes do meu modem de internet que de repente resolveram apagar para nunca mais. Queria ter enviado a cartinha na quarta porque dia 20 de julho foi dia do amigo e também aniversário do dia que o homem pisou na lua pela primeira vez, em 20 de julho de 1969.
Esse acontecimento motivou um médico argentino a escrever cartas para seus amigos, milhares delas, espalhando uma mensagem de inspiração pelo mundo. A ideia dele: se o homem (o homem!!!) foi capaz de chegar na lua (na lua!!!), então o impossível não existe e a gente pode fazer muito mais por nós e pelo mundo. É por isso que no Brasil, na Argentina e no Uruguai o dia 20 de julho é considerado o dia do amigo - mais um entre tantos outros dias do amigo que temos no ano.
Não é uma história bonitinha? Assistir Bem Estar nem é tão ruim quanto parece (é sim). No rascunho do início da semana, complementava essa informação com a reclamação de que eu precisava de um emprego logo e, ei, não é que eu arrumei um? Não um emprego, mas um frila grande que vai me manter ocupada (e, mais importante, assalariada) nos próximos dois meses - justamente o tempinho que eu estava precisando para colocar minha vida no lugar e planejar o que fazer com o resto dela, mas sem estar presa em casa (pois é, eu sou esse tipo insuportável de pessoa que enlouquece se fica muito tempo parada).
É o que eu sempre digo: o Segredo é real.
Não estou reclamando, mas é que eu tinha feito muitos planos pra esse meu período de desemprego, planos esses que, juro, incluíam muito mais do que ler e assistir todas as coisas que deixei de ler e assistir nesse período em que minha vida esteva doida demais (mas sim, a parte mais legal e importante deles era ler e assistir um montão de coisas). Sinto que entrei numa espiral de insanidade que misturou faculdade, trabalho, TCCs e também muitas viagens com amigas e diversão, mas pouco, ou quase nenhum, tempo de descanso pleno. Uma coisa é sucumbir à exaustão por um feriado ou uma exígua semana de férias, outra bem diferente é de fato descansar e ter tempo para as coisas. Isso eu definitivamente não tenho desde 2014 e aparentemente não terei pelos próximos meses. Oh the irony. Não estou reclamando.
Comecei a trabalhar na quinta, mas já na segunda consegui sair do meu estado de catatonia. Desfiz minhas malas (uma semana depois de voltar de viagem, pois é) e comecei a lavar todas as roupas - processo que só foi completamente concluído na quinta, com a vinda da passadeira e o retorno das roupas para o armário. Meu sono também voltou ao normal, o que adicionou doses muito bem-vindas de sanidade mental à cabeça dessa que vos escreve: por causa do colchão novo e uma misturinha de ansiedade e mudanças bruscas de ritmo de vida, eu não estava dormindo. De início era um sono leve e despertava várias vezes durante a noite, depois comecei a perder o sono às 5h da manhã pra não dormir mais e na segunda bati o recorde indo dormir às 6h. Sei que muita gente convive regularmente com insônia e sono instável (pra vocês toda a minha compaixão), mas esse não é um problema que eu estou acostumada a lidar. Não dormir (ou até mesmo dormir mal) é algo que transforma minha vida num inferno completo porque em poucos dias consegue me destruir emocionalmente. Não é à toa que a vida começou a melhorar exatamente quando eu comecei a dormir melhor.
Voltar pra casa foi um baque estranho que eu não estava esperando. O tempo todo que estive em São Paulo repetia para mim mesma que aquilo não era a vida real (e não era mesmo), mas isso não fez a volta menos difícil. Foi um período ao mesmo tempo muito longo e muito curto para estar completamente imersa numa realidade que acabou de repente e me jogou de volta pra minha vida real como se nunca tivesse existido. Não falo só do trabalho e da cidade, mas também de pessoas: nas minhas duas últimas semanas lá saí praticamente todos os dias e tinha que fazer uni-duni-tê pra escolher onde ir e com quem. Não teria fôlego (nem dinheiro!) pra viver muito tempo nesse ritmo e sei que não era um esquema vida real (mesmo se eu morasse lá), mas não deixa de ser estranho (e dolorido) perder tudo e todos. Estar perto não é físico e a internet faz milagres e coisas lindas, mas a vida real ainda é a vida real.
Pessoas da vida real, um apelo? Vamos tomar um café, uma coca-cola, uma cachacinha (e por que não uma cevecinha?) (antes que eu volte ao meu estado normal e lembre que eu não tomo cerveja), um vento no rosto, o que seja, estou querendo ver e falar com pessoas. Eu, logo eu. Francisco, o poodle, emagreceu de tanto andar comigo por aí quando eu precisava desesperadamente sair de casa e me afogar em autocomiseração ouvindo o primeiro disco da Taylor Swift, todos os dias, três vezes ao dia. Que fase, amigas, que fase. Não vai durar muito, eu espero. Aliás, ainda bem que saímos de câncer, entramos em leão e minha TPM passou, sinto que é minha chance de cura de toda essa carência e autopiedade.
Minha mãe esteve de folga em casa nos últimos dias, o que também deixou pouco espaço e tempo para a bad assentar. Estamos, aparentemente, numa fase de renovação: além de trocar os colchões, minha mãe comprou também uma enorme cômoda, o que significou um processo de remanejamento de coisas do-armário-pra-cômoda-e-da-cômoda-do-armário. Essa mulher é imparável e sobrou pra mim, claro. Pelo menos aproveitamos o gás para finalmente pendurar meu espelho, que foi comprado há mais de um ano (!) e até agora nenhuma donzela tinha se mobilizado para instalar adequadamente. Na dança de armários e cômodas, encontrei um pijama de seda que mamãe ganhou antes de se casar (!!!) e nunca usou, então agora eu tenho um robe florido de seda, nesse meu eterno exercício de ser sempre um pouco mais ridícula e caricata.
Agora eu fico perambulando pela casa de madrugada com meu robe de seda florido enquanto tomo chá, não é maravilhoso????
Agora também quero organizar as coisas. Comecei com essa conversa ainda no ensino médio, prometendo que assim que eu passar no vestibular, vou organizar minhas coisas. Aí eu passei no vestibular, comecei a faculdade e coisas aconteceram. A promessa de arrumação se repetia a cada fim de semestre, e ano passado eu jurei que assim que eu me formar, vou organizar minhas coisas. Risos. Risos eternos. Arrumando as malas para São Paulo, fiquei com vergonha: tirei duas malas cheias de roupa do meu armário e ele ainda estava abarrotado de coisas. Assim que voltar de São Paulo, vou organizar minhas coisas. Agora que cheguei, as roupas simplesmente não cabem mais. Os livros vão me engolir viva qualquer noite dessas e eu não aguento mais tanto papel, tralha e bagunça.
Comecei hoje, de leve, dando fim a um emaranhando de fios que foi se acumulando atrás da minha escrivaninha e a paz de espírito já foi enorme. Também comprei o livro da Marie Kondo, porque eu sou ridícula, e estou relendo o Vida Organizada que eu comprei em 2014 (!), uma lembrança amarga de que esses meus ímpetos de arrumação não são novidade e normalmente não dão em lugar nenhum. Coloquei como objetivos principais desafogar meu armário e dar um jeito nos meus e-mails, que saíram completamente do controle nessa temporada paulistana. Me desejem sorte? (e se você tiver algum método, artigo, livro pra indicar ou uma história de sucesso, por favor, compartilhe?)
Eu não ia escrever nada disso, eu ia enrolar vocês falando sobre literatura porque não tinha nada de interessante pra dizer porque não fiz nada de interessante pra contar, aí abri a última edição da newsletter da Aline Valek e me deparei com isso:
Na vida, durante a maior parte do tempo, nada surpreendente acontece. E a gente fica tão ansiosa olhando as timelines alheias, as pessoas todas sendo tão legalzonas e ativas e fazendo coisas e indo a lugares diferentes, que a gente dá um jeito de se editar, porque também temos que surpreender e ser tão interessantes quanto um blockbuster, porque de certa forma estamos concorrendo com tudo isso – do último lançamento da cinema à treta de celebridades da vez – pela atenção umas das outras.
Impossível ser interessante o tempo inteiro, para sempre. Mas nos descabelamos pra ser, porque precisamos dos corações virtuais – e ficamos no aguardo deles, só mais um estímulo para nos viciar, desses que agem rápido e logo nos fazem querer mais.
E para consegui-los, estamos dispostas a criar ficções de nós mesmas. Uma ficção em que sempre temos algo espirituoso, engraçado e inteligente a dizer numa conversa. Uma versão nossa para impressionar os outros, como nós mesmas exigimos de cada personagem das histórias que consumimos.
Mas esse impressionar e surpreender o tempo inteiro a longo prazo satura. É insustentável.
A minha vida sempre foi meio monótona e eu nunca tive problemas com isso, até que ela não foi mais e eu não soube como lidar. Por isso, escrevi todas essas coisas desinteressantes como uma celebração dos nossos dias chatos e da nossa vida comum (a Aline fez isso em vídeo e ficou muito legal!).
Na última edição, brindei os fins apoteóticos e grandes recomeços, e sei que comecei essa newsletter falando sobre o homem na lua e sobre fazer mais e melhor por nós e pelo mundo, mas, hoje, vamos brindar o comum com o café coado de sempre? Estou precisando. Sem açúcar, por favor.
você diria não para essa mulher????
O season finale da minha temporada na Folha de São Paulo aconteceu oficialmente no último sábado, com a publicação da reportagem especial que fizemos durante o treinamento. Não lembro se comentei sobre isso aqui, mas a ideia era fazer uma radiografia da saúde municipal e levantar desafios (e soluções) que devem ser enfrentados pelo próximo prefeito de São Paulo.
Foi um trabalho difícil (uma cortesia da Luisa, que deu a ideia), porque a cobertura de cidade não é minha coisa favorita no mundo e falar de saúde pública, principalmente num contexto pré-eleições, é também fazer um trabalho de investigação. A apuração foi trabalhosa, truncada, que me colocou numa paranoia constante de que eu estava sendo enganada. Felizmente consegui emplacar minha pauta de saúde mental, um tema que gosto muito, conheci alguns CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da cidade e aprendi um monte sobre a Reforma Psiquiátrica, que visa fechar os hospitais psiquiátricos do país.
É engraçado (pra não dizer deprimente) ver um trabalho de semanas virar uma minhoquinha de texto em uma única página de jornal, mas também é muito engraçado (pra não dizer maravilhoso) ver seu nome assinando uma matéria no maior jornal do país. Então é, foi daora.
Dá pra ler o especial online e também a coletiva que conseguimos com o Haddad pra falar sobre o tema (que não deu pra eu participar porque já tinha voltado pra Uberlândia) (perdi a chance de conhecer o Prefeitão).
Mas Anna, o que você fez nessas duas semanas de tédio e insônia?, você provavelmente (não) está se perguntando. Eu respondo:
1) Assisti Sense8
Tento assistir Sense8 desde que a série estreou, mas nunca conseguia vencer o primeiro episódio. Ou era vencida pelo sono, ou pelo tédio. Na maioria das vezes, os dois. Todos os fãs falam que o piloto é mesmo confuso e insuportável, alguns até me encorajaram a simplesmente pular o episódio e seguir em frente. Isso eu não admitia, então vivi mais de um ano de amor platônico pela série porque meudeusdocéu que elenco maravilhoso. Então, numa dessas noites em que eu não conseguia dormir de jeito nenhum, pensei: vou assistir Sense8! Posso acabar dormindo, o que vai ser ótimo, e se não dormir vou vencer o primeiro episódio e engatar a série.
Foi mais ou menos isso que aconteceu: dormi ainda no primeiro episódio (risos) (eram 6h da manhã), mas me envolvi o suficiente pra acordar com vontade de ver o resto, e foi isso que eu fiz. Matei a série em menos de uma semana, o que é um milagre para os meus padrões de telespectadora relapsa que ainda não terminou a terceira temporada de Orange Is The New Black. Agora posso atestar que o primeiro episódio de Sense8 é mesmo horrível e completamente dispensável e a maioria das pessoas me prometeu que ela ficava boa mesmo a partir do quarto, mas a série já me ganhou no segundo.
O ritmo dela é meio irregular e costuma intercalar episódios bons com episódios chatos, ou episódios com momentos excelentes e outros horríveis, mas, de modo geral, é um seriado bem legal. Não sou fã de sci-fi e morria de preguiça das tramas rocambolescas das irmãs Wachowski, mas Sense8 me ganhou. Quando você pega a premissa da série, ela se torna muito intrigante e você precisa ver como a história vai se desenrolar. Também tem o negócio do coração: é uma série sobre empatia, oito pessoas literalmente dividindo o seu ~ser~ umas com as outras e tendo que se ajudar e viver altas aventuras. Às vezes ela parece meio bobinha, com Super Vilões e Grandes Conspirações contra os sensates que são tudo Coração Bão, mas é um maniqueísmo que não me ofende. Sei lá. Eu abracei a proposta, me envolvi com os personagens e até a farofa virou uma parte positiva da experiência pra mim.
E eu já disse que as pessoas são lindas? Porque elas são muito lindas.
Muito. lindas.
2) Maratona das Belas, Poderosíssimas e Falantes Mulheres
Depois de passar o dia e boa parte da noite intercalando episódios de Gilmore Girls com Broad City, resolvi transformar a experiência numa festa temática pra que eu não me sentisse tão mal por ter passado tantas horas na frente do computador (como transformar uma tarde/noite com o notebook na barriga em uma festa? dê um nome a essa experiência e adicione um chocolate e uma taça de vinho!). Surgiu assim a Maratona das Belas, Poderosíssimas e Falantes Mulheres - qual a forma melhor de resumir minhas duas duplas favoritas da televisão americana, Lorelai & Rory Gilmore e Abbi Abrams & Ilana Glazer?
Resisti à tentação de recomeçar Gilmore Girls do zero e retomei meu rewatch de onde parei, o início da quinta temporada (não sei antes rever o finale da quarta umas duas vezes, por #motivos). A quinta temporada marca o início da fase Logan e estou achando interessante redescobrir esse garoto, já que ele é o Gilmore boy que eu menos me recordo. Com essa brincadeira, percebi que gosto dele muito mais do que me lembrava ou talvez a sabedoria dos anos me fez enxergar nele coisas que não saquei logo de primeira.
Ou talvez seja só o sorriso do Matt Czuchry que é lindo demais e atrapalha meu julgamento. Não seria a primeira vez.
Além do óbvio You Jump, I Jump, Jack, a quinta temporada tem muitos episódios ótimos, como o da renovação de votos de Emily e Richard, um episódio com momentos doloridos (ai, Luke!), mas com uma das melhores cenas da Rory de todos os tempos. Aliás, Rory Gilmore, que mulher. Quanto mais ela sai da casca e surpreende as expectativas (ainda que às vezes cometa cagadas celestiais nela mesma), mais eu me apaixono e tenho esperanças de um futuro melhor para mim.
"Your grandmother wants a picture"
"Of THIS?"
<3
E aí tem Broad City, esse pedacinho perfeito de seriado no mundo da televisão. Acho que passo mais tempo lendo recaps de Broad City do que assistindo a série, mas é porque o complemento perfeito para os episódios são os textos do AV Club e sua preciosa caixa de comentários. Já tinha recomendado aqui anteriormente os recaps do site para Mad Men, mas os de Broad City ganham nos comentários.
Meu episódio favorito da série até agora (e pensar que ainda não terminei e ela provavelmente rendeu episódios AINDA melhores que me aguardam me deixam fazendo twerk de empolgação) é o Knockoffs, da segunda temporada. Absolutamente tudo a respeito dele é perfeito, pois envolve: Abbi em situações especialmente ridículas, vários tabus sobre sexo quebrados de um jeito cômico e perfeitamente natural e sex-positive, Ilana e seu infinito amor pela Abbi, a família da Ilana, momentos familiares engraçados, constrangedores e emocionantes. TUDO ISSO NUM EPISÓDIO DE 20 MINUTOS.
Seguindo a temática do episódio, os comentários do AV Club têm threads enormes e aprofundadas sobre temas como a importância de dildos ergonômicos e personalizados, um debate real e sério sobre isso. Como não amar esse site? Como não vender a alma pra internet? Eu amo viver no século XXI.
3) Li fanfics
Ok, foi uma única fanfic, mas ela foi lida várias vezes e ofereceu o conforto emocional que eu precisava depois de rolar na cama até às 4h da manhã. No meu último dia em São Paulo tive um maravilhoso date com a Clara, um brunch que terminou no horário do café da tarde. Nele falamos sobre todas as nossas obsessões pessoais, sendo Parks and Recreation uma delas - e Ben Wyatt um desdobramento importantíssimo dessa obsessão.
A Clara me recomendou essa fanfic que se passa num alt universe em que o elenco de Parks and Rec é adolescente, Leslie e Ben são vizinhos e melhores amigos e acontecem coisas, as they must. É tudo perfeito: a adaptação dos personagens para o universo adolescente, todos os milhões de pequenos e perfeitos detalhes (a inserção das experiências amorosas erradas da Leslie), os diálogos, a ideia de um Ben adolescente que ia fumar maconha e jogar videogame na casa do Andy pra ignorar o fato de que é completamente apaixonado pela Leslie E ETC. Se isso não te convenceu, vou usar a mesma estratégia que a Clara: a primeira frase (que ela recitou de cabeça, pois maravilhosa) da história.
The first time Ben thinks about kissing Leslie, they're eating tacos on the back of his car at ten thirty on the Friday night before the start of senior year.
Leiam Neighbors e por tudo que é mais sagrado na vida de vocês ASSISTAM PARKS AND RECREATION.
Disco da Semana
Taylor Swift (2006): Há algumas semanas, o primeiro álbum de nossa amiga Taylor Swift completou dez anos de lançamento. Eu tenho um carinho gigantesco por esse cd porque o coração de Taylor Swift está aqui: lançado quando ela tinha 16 anos (!) o disco traz músicas autorais que ela escreveu entre os 13 e 15 anos e fala, com muito sentimento e drama, EXATAMENTE COMO DEVERIA SER, sobre garotos, amores, e crescimento. É tão honesto e doce, tão sofrido, tão real que não tem como não se apaixonar por ela depois de ouvir (realmente ouvir) profundamente essas músicas. Superar é tudo de bom, mas cantar Invisible no banho com as mesmas notas de sofrimento propiciadas pela maravilhosa acústica do meu banheiro é maravilhoso demais.
Além das ótimas letras, na minha opinião esse é seu único álbum realmente country e se essa é sua praia, segura na mão da nossa senhora dos banjos e vai.
Músicas favoritas: todas, mas principalmente Tim McGraw, Picture To Burn, Stay Beautiful, Mary's Song, Invisible e Our Song (ESSE CLIPE É EXTREMAMENTE RIDÍCULO E VOU PROTEGÊ-LO COM A MINHA VIDA SE NECESSÁRIO) (eu avisei).
Essa newsletter não vai se pronunciar sobre a questão Taylor-Kim-Kanye porque essa é a treta mais chata da história e todas as reações de comentaristas de Papel Pop só aumentam a minha má vontade de pensar a respeito e formar uma opinião - e graças a Deus eu não tenho nenhuma, só estou aqui pelas risadas e pelo interesse narrativo. Nesse aspecto, achei que essa análise da Pitchfork mandou bem.
Links, links, links
A brief history of celebrities using the notes app to share their thoughts with the world: título autoexplicativo, que faz um histórico do uso do app de notas pelas celebridades (é só isso e eu juro que é interessante);
Donald Trump ghost writer tells all: minha obsessão pelas eleições americanas voltou com tudo e quanto mais eu leio sobre o Trump (e eu não consigo parar de ler sobre o Trump) mais certeza eu tenho que estamos vivendo a distopia - ou nos escombros do mundo, desde que ele acabou em 2012;
Por que a música é central nos filmes de David Lynch: esse texto me deixou com muita saudade de voltar a escrever sobre trilhas sonoras (e de ver filmes do David Lynch, esse meu grande amor);
Do que a gente fala quando fala de machismo no mercado de trabalho: textão da Analu sobre machismo no mercado de trabalho, um texto que eu queria muito ter escrito (infelizmente, porque eu não aguento mais falar sobre isso), mas lógico que a Analu escreveu;
Isso não é Admirável Mundo Novo, vocês não são O Selvagem: mais um texto sobre millennials, mas ouso dizer que é o texto definitivo sobre millennials, de minha maravilhosa amiga Paloma, pois só tenho amigas incríveis;
Previsões sociológicas se dividiram sobre se seríamos uma geração extremamente narcisista ou especialmente socialmente engajada. O que ninguém percebeu foi o que o nosso contexto permite que nós sejamos as duas coisas ao mesmo tempo e eu acho isso incrível.
Por último, queria recomendar (de novo e sempre) as newsletters da Milena e da Clara, porque elas são lindas e especiais e porque elas andam especialmente lindas e especiais nas últimas semanas - Milena fazendo relatos de sua viagem ao Chile e Clara falando de Harry Potter, política e Jesus Cristo.
Ufa, agora acabou!
Hoje não é dia do amigo e nem aniversário do primeiro passinho do homem na Lua, mas hoje, 23 de julho, o One Direction faz seis anos e isso não for um grande dia, minhas amigas, eu não sei mais o que é importante nesse mundo. Que os fantasmas de Liam, Louis, Harry, Zayn e Niall do passado, com seus respectivos labradores, iluminem o resto do final de semana de vocês.
Façam como eles: stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
p.s: já faz um tempo que não envio as newsletters regularmente e para retomar o ritmo queria saber qual dia vocês preferem receber a No Recreio em suas digníssimas caixas de entrada. Eu gosto do simbolismo das segundas, mas segunda já chega tanta coisa na minha caixa de entrada (não estou reclamando) que pensei em mudar o dia para concorrer com menos pessoas interessantes na sua caixa de entrada. Qual dia é mais legal? Mantemos a segunda? Quando me der na telha? Na madruga boladona? Não faz diferença?