Hello stranger, como vai você?
Segunda-feira coloquei um fim definitivo no meu blog, lugar que foi minha casa e minha penseira nos últimos 8 anos, quase 9. É muito tempo. Há 8 anos, quase 9, eu não gostava de café, nunca tinha beijado um garoto, The O.C. ainda passava na Warner e Piratas do Caribe era um dos meus filmes favoritos, como uma amiga adora lembrar. Nessa época eu dizia pra todo mundo que ia estudar medicina. Em Oxford! O blog começou numa era distante em que esse tipo de ideia parecia razoável, e juro que a parte de Oxford é a que agora me soa menos delusional. Tudo que eu vivi de lá pra cá está dentro daquele blog, cujo título eu comecei a odiar uns 15 minutos depois de tê-lo criado.
Os motivos do fim estão explicados no texto que escrevi lá usando várias metáforas cafonas, mas a versão condensada é mais ou menos essa: 1) eu mudei e 2) deixou de ser legal. Isso tá bem resolvido na minha cabeça, mas não me canso de pensar sobre essa coisa doida que é a mudança, um tema que nunca realmente se esgota pra mim. Ou pra Taylor Swift:
The debate over whether people can change is an interesting one for me to observe because it seems like all I ever do is change. All I ever do is learn from my mistakes so I don’t make the same ones again. Then I make new ones. I know people can change because it happens to me little by little every day. Every day I wake up as someone slightly new. Isn’t it wild and intriguing and beautiful to think that every day we are new?
A gente muda um pouco todos os dias pela forma como somos afetados pelas circunstâncias da vida, as pessoas ao nosso redor, as experiências que vivemos, tudo que a gente lê, ouve, assiste e consome. São pequenas coisas que vão acontecendo até que chega aquele dia em que a gente acorda e percebe que cor-de-rosa não é mais nossa cor favorita; que a gente nunca gostou de decotes, mas agora está com vontade de sair com a barriga de fora; que aquele cabelo grande ou curto não representa mais a pessoa que vemos quando olhamos no espelho; que a gente quer ser mãe, gosta de música pop, cansou do Tarantino e de repente acha o Chris Evans uma graça. Um dia a gente acorda e o antigo blog não é mais a nossa casa.
Sabe, mudar não é fácil. Cortar o cabelo pode ser dramático, você pode decidir, de um dia pro outro, ser mais pontual, ler poesia ou comer couve, mas não é como se a gente tivesse algum controle sobre crescer. Eu, pelo menos, não tive e nem tenho, foi algo que passou por cima de mim como um rolo compressor sem perguntar se eu estava pronta ou se eu aceitava antes um café. Percebi que esse é um processo que nunca realmente chega ao fim, só quando a gente morre, ou quando a gente para, que é o que acontece quando a gente morre por dentro. We are never out of the woods, because we are always going to be fighting for something.
Ano passado eu escrevi 21 coisas que aprendi com 21 anos e esse ano pretendia adicionar um item nessa lista, aprendido no ano que vivi até chegar nos 22. Essa coisa é: está permitido mudar. Preciso me lembrar disso com frequência porque esse discurso bonito que fiz agora sobre a impermanência de todas as coisas é uma fachada que esconde como por dentro eu ainda me digladio com crises de ansiedade sérias e algumas também ridículas.
Tenho dificuldade de me desfazer de embalagens quando elas são muito bonitas, tenho guardadas minhas coisas de escola da época do jardim de infância, bilhetinhos trocados em sala de aula, um baú inteiro de revistas e jornais velhos. Dormi no mesmo colchão por quase 20 anos e dormiria nele até hoje, não fosse minha mãe pra trocar o referido logo que meu ônibus pra São Paulo passou do trevo de Uberlândia (era um colchão maravilhoso). Sempre preciso de uma boa dose de coragem para um dia acordar e assumir que eu, logo eu, sou outra, para tomar responsabilidade sobre essa pessoa e essa vida e fazer o que é preciso pra que todo o resto seja coerente com a realidade aqui dentro.
Isso nem sempre fica claro pra todo mundo, revoluções pessoais costumam ser silenciosas no início. As pessoas questionam. A única constante na nossa vida é a mudança e mesmo assim a gente se agarra a essa falsa ideia de que tudo pode ser do mesmo jeito pra sempre, principalmente os outros, já que a vida dos outros é muito mais fácil e melhor de ser controlada do que a nossa. Sempre tem aquela galera do tipo noooossa que vai questionar nossas mudanças e dizer que elas não são válidas, porque muita gente trata mudança como um crime de atentado à ordem estabelecida das coisas, mas olha: foda-se. Foda-se, foda-se, foda-se.
É o que eu repito, pra mim e pros outros. Então eu saio correndo, adiante.
Acho que vem daí essa necessidade (minha, pelo menos) (e da Taylor Swift) de sinalizar externamente as nossas próprias mudanças, porque pelo menos não precisamos apontar o óbvio. Aqui se opera uma mudança, desculpe pelo transtorno. Eu tenho essa teoria de que nunca é só um corte de cabelo ou uma limpa no guarda-roupa, mas sim um voto de confiança e boas vindas a essa nova pessoa e a essa nova vida que está chegando. Porque foi um caminho longo e dolorido pra que ela chegasse aqui, é bom que a casa esteja arrumada. Todo mundo adora um lençol recém-trocado.
I’ve told you my stories for years now. Some have been about coming of age. Some have been about coming undone. This is a story about coming into your own, and as a result…Coming alive.
Numa dessas o blog foi embora. Eu chorei horrores escrevendo aquele post, depois chorei de novo quando os comentários começaram a chegar, mas não me arrependi. Ainda continuo apaixonada pela ideia de documentar a minha vida e de dividir isso com as pessoas, mas agora posso pensar em novas formas de fazer isso. Essa newsletter não é uma novidade (estamos, afinal, na 24ª edição, salve salve) e ainda não estou completamente satisfeita com o seu formato, mas é o jeito que encontrei de estar em casa.
Fiz um cabeçalho e uma assinatura, o melhor que pude pra abraçar direito essa nova pessoa, fase, vida, frescura do momento, sei lá. Espero que, onde você esteja, qualquer que seja a mudança, você tenha disposição de abraçá-la também - mas se envolver um colchão, cuidado com as costas. Se começar a pensar demais e quiser desistir, não esquece do mantra: foda-se. Foda-se, foda-se, foda-se. E publique aquele texto, corte o cabelo e saia de casa.
I hope you know that who you are is who you choose to be, and that whispers behind your back don’t define you. You are the only one who gets to decide what you will be remembered for. From the girl who said she would never cut her hair or move to New York or find happiness in a world where she is not in love...
Nesse novo início de história, sou uma pessoa que quer tomar menos café, adora chá (quente e gelado), já beijou alguns garotos, não assiste mais TV e ficou realmente feliz quando percebeu que Mensagem Pra Você é um de seus filmes favoritos. Já fui aquela menina do blog, e hoje escrevo por aí e não peço mais desculpas por ser cafona demais. Espero que seja uma história pelo menos engraçada.
still trying
Referências:
- As citações que aparecem no meio do texto são do encarte do 1989, da Taylor Swift. Eu consegui não falar dela ou desse texto no post do blog, a newsletter não teve a mesma sorte.
- Para reflexões sobre mudanças, amadurecimento e recomeços, recomendo os vídeos da Ariel Bissett, uma youtuber canadense que é mais nova que eu, mas que vejo como a irmã mais velha muito mais legal do eu jamais serei: I cut my hair off, The new notebook feeling, Make up, Growing out of YA?!, No longer a student.
Interlúdio
Semana passada eu e Analu fizemos um Skype que durou umas cinco horas madrugada adentro. Era mais ou menos 1h - a terceira hora da nossa festa - quando começamos um campeonato pra ver o estômago de quem roncaria alto o bastante pra outra ouvir no microfone. Estávamos eu e ela morrendo de fome e paralisadas pela preguiça e pela má vontade. Estávamos com fome de qualquer coisa que não tinha nas nossas cozinhas e por isso continuávamos a emendar uma conversa na outra, usando as pausas para reclamar da fome.
Quando não deu mais pra suportar, fomos cada uma para nossas respectivas cozinhas - uma em Uberlândia e outra em Curitiba - procurar algo pra comer. Como se combinado, voltamos comendo sanduíches. Duas garotas de vinte e poucos, de pijama e coque no cabelo, na frente da webcam comendo misto quente (o meu sem presunto, o dela sem queijo) (não tinha presunto na minha casa, não tinha queijo na casa dela) e bebendo suco. "Estamos jantando!", ela disse. Agora não lembro se estendi o copo pra ela propondo um brinde ou se a ideia só ficou na minha cabeça.
Depois de engolir o último pedaço de sanduíche, Analu falou:
- Amiga, será que algum dia a gente vai crescer?
Estou pensando nisso até agora. Já desisti de descobrir essa resposta porque no fundo eu sei que não, mas agora fico pensando se isso é bom ou ruim.
Nesse clima de novo semestre, nova fase, nova vida, comecei um bullet journal. Essa coisa de organizar a casa não é apenas metafórica: tenho sentido uma vontade (e necessidade) real de me organizar e mudar algumas coisas. Então fiz o que toda pessoa responsável e nem um pouco acumuladora de cadernos e utensílios mais ou menos inúteis de papelaria faria: comprei um novo caderno.
Já tinha tentando me adaptar ao bullet journal (uma espécie de híbrido entre agenda, diário e caderno de anotações que você constrói de forma orgânica conforme suas necessidades e rotina) antes, mas do jeito errado. Ficava paralisada de ansiedade só de olhar para os bujos elaborados do Pinterest e do Tumblr (como vivem essas pessoas?) e aí tentava fazer uma versão simplificada, mas, em vez de dispensar as frescuras e me ater ao método, jogava o método pela janela junto com as frescuras e o resultado era péssimo. Semana passada a Lore indicou dois links muito bacanas para quem deseja começar a brincadeira: um tutorial de como começar feito por uma pessoa normal que vive fora do mundo crafty do Pinterest e a experiência de uma redatora do Buzzfeed que usou o bullet journal por um mês e testou vários métodos e funcionalidades.
No dia seguinte lá estava eu na Kalunga comprando mais um caderninho para minha extensa coleção. Fiz o bujo exatamente como manda o tutorial do The Lazy Genius e estou usando há: 02 dias. Semana que vem conto o que virou.
Lendo & Assistindo
Terminei de ler Exames de Empatia, da Leslie Jamison. É uma coletânea de ensaios sobre... empatia! Achei ele lá na Folha, uma prova que o jornal recebeu pra resenha, e estava ali meio jogado. Era um livro que eu queria há um tempo, graças às recomendações veementes de Milena, e todos os dias dava uma namoradinha nele pensando se teria coragem de roubá-lo ou pedir pra levá-lo pra casa. No meu penúltimo dia, falaram que a gente podia pegar os livros que quisesse e enquanto todo mundo correu para as edições bonitas da Companhia, voei naquele xerox encadernado. Desde o primeiro dia aquele livro era meu.
Não foi uma leitura catártica como eu esperava, mas sim bem reflexiva. Tipo, muito reflexiva. Ainda quero escrever sobre ele direito, mas antes preciso pensar um pouco mais sobre os textos. Gosto principalmente dos ensaios em que a Leslie coloca a empatia também como uma espécie de vaidade, nas situações-limite em que olhar para o outro é uma forma de privilégio e como esse ato não é lá tão abnegado como parece. Ao mesmo tempo, ela fala que a empatia é positiva mesmo quando não é automática, mesmo quando a gente precisa se esforçar para olhar o outro, porque essa intenção significa que estamos abandonando nossos antigos eus rumo a eus um pouco melhores. O tipinho de coisa que eu adoro mesmo.
Acho que a possibilidade de fetichizar a dor não é razão para deixar de representá-la. A dor representada ainda é dor. A dor que se torna trivial ainda é dor. Acho que nossas acusações de serem clichê oferecem álibis demais a nossos corações fechados, e quero que nossos corações estejam abertos. Foi só o que escrevi. Quero que nossos corações estejam abertos. De verdade
Agora estou lutando para terminar Flores, do Afonso Cruz, para poder ler logo Alucinadamente Feliz, que minhas amigas estão bichando e eu já estou dois dias atrasada.
Assim como todo mundo, também fui mordida pelo monstro de Stranger Things. Você provavelmente não está aguentando mais ouvir sobre os anos 80 e as referências da série e eu também não, então só vou dizer que depois de assistir o finale ontem fiquei pensando que a série conseguiu juntar o melhor de dois mundos: ela mistura e simplicidade e até mesmo o certo maniqueísmo das tramas dos blockbusters clássicos da época, mas se aprofunda nos personagens, que são redondos e interessantes, e vão além das expectativas criadas pelas tropes clássicas que a série se inspira.
De modo geral achei a série divertida, adorável e um tanto toscona às vezes, mas tomei como parte da proposta e não me incomodei. Acho que tudo já foi dito sobre ela, então vou compartilhar alguns links legais e menos óbvios (espero) caso você ainda esteja na fissura. E como sempre fica minha mensagem para a posteridade: assista Twin Peaks. Sério, é a melhor série.
Stranger Things e o resgate do impossível: um texto que fala sobre como a década de 80 é mais do que um charme nostálgico, mas um elemento essencial pra que a premissa da série funcione;
Stranger Things e outras nem tanto: miga Creide falou no Valkirias sobre as personagens femininas da série e como elas subvertem os padrões esperados e fogem do lugar-comum das mulheres nos filmes dos anos 80;
This 19-year old unknown actress just became an 80's cult icon: entrevista com Shannon Purser, a Barb de Stranger Things, porque Barb é todos nós;
In praise of Barb, the best character on Stranger Things: o título é autoexplicativo, mas esse texto é realmente muito bom e diz exatamente por que a Barb é a personagem mais legal da série e porque, de novo, somos todos Barb;
Font nerd goes nuts explaining the Stranger Things credits: espero não ser a única obcecada por tipografia por aqui, esse post é uma preciosidade;
Disco da Semana
We Are The Pipettes (The Pipettes): Dessas coisas que a gente não supera, está o meu amor pelas Pippettes. Se hoje amo The Ronettes, The Shirelles, The Marvelettes (melhores nomes) é porque em alguma esquina do LastFm (a Tati escreveu um texto bem bom sobre o LastFm e outros sites que deivam de nos amar como deveriam) topei com esse girl group que é basicamente um pastiche daqueles dos anos 50, só que com garotas brancas (?), do século XXI, cantando sobre sexo casual num ritmo que antigamente era usado só pra amor verdadeiro, amor eterno e um pouco abusivo.
Eu gosto demais da estética pessoal meio toscona delas, com umas roupas que parecem ter sido feitas pela costureira do bairro que não era lá muito boa nisso (tipo, olha esses cintos da capa). Gwenno, Rose e Rebecca parecem personagens do The Office UK que compartilham do mesmo amor pelas Ronettes e everything 50's e resolveram montar uma banda no final do expediente, e eu gosto muito mais delas por causa dessa história de origem que eu mesma inventei. É tudo meio amador, mas o som é ótimo, as harmonias são adoráveis e os clipes são muito divertidos.
A banda hoje respira com ajuda de aparelhos. Depois da saída de duas pessoas da formação original, elas lançaram um disco meio estranho em 2011, com batidas eletrônicas e uma pegada latina. A gente resolveu fingir que isso não aconteceu pra viver sempre com as doces memórias do glorioso álbum de estreia, que vai viver pra sempre em 2006 e nos nossos corações.
Músicas favoritas: Pull Shapes, Judy, Because It's Not Love (But It's Still a Feeling), Sex.
Links, links, links
- A diamond and a kiss: the women of John Hughes: Esse texto desgraçou minha cabeça ao desconstruir, minuciosamente, as personagens femininas dos filmes do John Hughes, em especial as interpretadas pela Molly Ringwald - que por tanto tempo considerei minhas heroínas pessoais. Ele mostra basicamente como todo o aparente discurso de juventude e não-conformismo dos seus filmes (que eu já disse tantas vezes que queria que fossem a minha vida) na verdade é bem conservador ao dar às suas heroínas um final feliz que sempre envolve ganhar o coração de um garotão rico e um makeover inspirado (Allison Reynolds chora). Perceber isso é realmente uma forma de destruir minha adolescência.
- Winona Ryder on Stranger Things, nostalgia e Johnny Depp: entrevista com Winona Ryder em que ela é maravilhosa como de costume e fala sobre teorias da conspiração e como Hollywood é uma bosta pra mulheres.
- This guy replaced family photos with pictures of Steve Buscemi and his mom didn't notice: ídolo.
- Margem de erro: para todas as ex-crianças prodígio que chegaram na vida adulta e perceberam que esse mercado está meio saturado.
- A outra literatura: a gente pensa que já leu de tudo sobre a problemática dos ~livros de mulher~, aí vem esse texto da Helena Zelic pra mostrar que não esgotamos o tópico.
- Na editoria #colonizada da semana: discurso da Hillary Clinton na convenção democrata, discurso da Michelle Obama na convenção democrata (QUE MULHER) e a história da mulher que o escreveu, por que a candidatura de Hillary incomoda as mulheres negras, a eleição não é sobre democratas x republicanos, mas sobre o normal contra o anormal, Lena Dunham e America Ferrera contra Donald Trump, e Hillary e Bill Clinton se divertindo com os balões.
- Mais sangue na pele: costumo dizer que não tenho medo de envelhecer, porque não tenho mesmo, até que vem um texto como esse e desgraça minha cabeça.
Quando eu era mais nova, na verdade até outro dia, era misterioso para mim que adolescentes e pessoas de vinte e poucos fossem consideradas mais bonitas do que as de 30 ou 40. Com trinta me parecia que as pessoas tinham um domínio melhor do corpo, além de melhores maneiras, assuntos e hábitos de higiene. Mas é o tipo de coisa que talvez você só seja capaz de perceber quando perde. Há uns meses, eu estava na fila de espera do médico e tinha esse garoto muito novo e muito bonito. Olhando para ele, eu entendi que a graça das pessoas jovens, ou pelo menos a graça das pessoas jovens para mim, é que elas parecem ter mais sangue na pele. Elas ficam vermelhas espontaneamente, depois desficam, ficam de novo. Um jogo de sangue que sobe e desce com o calor, com a risada, com quase qualquer coisa.
- Lula preso amanhã: nova novela do Fransuel direto no Twitter (aconselho não ler em público se você não quiser explicar por que está chorando de rir de uma bobagem brilhante desse tamanho)
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e, caso você tenha chegado agora, seja muito bem-vindo. Espero que você possa se encontrar no meio dessa bagunça e continue passando os recreios comigo.
Stay beautiful, é o que desejam Dustin, Lucas e Mike, os shibas que enfiaram suas cabeças no buraco.
Yours truly,
Anna Vitória
Sempre que quiser, responda essa newsletter como um e-mail normal e escreva para mim, vamos continuar conversando depois que o sinal bater.
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