Hello stranger, como vai você?
Então o Trump venceu,
o Leonard Cohen morreu,
as pessoas estão usando tudo como desculpa pra ser mais horríveis do que o normal,
(não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?)
a gente continua aqui com o Temer,
um golpe que ninguém entendeu direito como é o que foi o que aconteceu nas costas,
e eu sem emprego e com aquelas mesmas 699 palavras no Nanowrimo, (para onde, José?)
mas essa não é uma newsletter de bad.
Ou não deveria ser.
Semana passada o Antonio Prata (eu voltei a ler o Antonio Prata) escreveu que queria fazer uma crônica definitiva sobre a vitória do Trump que "seria um retrato tão amplo do nosso tempo que traria, no vácuo, explicações para a vitória do Dória e do Crivella, o impeachment da Dilma, os caninos do Bolsonaro, o silêncio da Marina e revelaria o sentido oculto de 2013." Ele segue o texto empilhando toda a desgracêra e confusão que marca nosso zeitgeist nacional e global e segue num crescendo, e eu ia lendo tudo atropeladamente, ansiosa pra chegar no final, esperando a hora em que ele quebraria a expectativa pra admitir que a única coisa que ele realmente ia escrever era: que semana de bosta.
Porque essa era a única coisa que eu quis escrever aqui nos últimos dias. Que semana de bosta, né menina? Mas essa não é uma newsletter de bad. E agora, José?
Então eu fui assistir Animais Fantásticos e Onde Habitam. Sábado, sessão das 23h30, eu morrendo de medo de dormir no meio, desanimada diante da ideia de passar mais de duas horas com óculos 3D vendo um filme que poderia ser barulhento, achei o trailer chato, tinha tudo aquilo do Johnny Depp, zero no clima, baita preguiça. Mas HA. HA.HA.HA.HA.HA. Esse é o momento que um narrador onisciente contradiz minhas expectativas amargas dizendo em off para o público que "Anna Vitória não sabia o que a esperava", num desses raros momentos em que a vida surpreende pra melhor.
Não é só que eu amei o filme. Eu AMEI o filme, mas teve algo a mais nessa história. Animais Fantásticos conseguiu salvar algumas coisas aqui dentro. Assim como os tempos que estamos vivendo agora, o filme se passa num momento sombrio, entre a I Guerra e a Grande Depressão, com a comunidade bruxa sendo hostilizada e ameaçada e um clima péssimo de perseguição no ar. Tem violência, forças ocultas e umas cenas de abuso que me causaram mais desconforto que todos os momentos ruins dos oito filmes originais de Harry Potter juntos. Mas tem humor, bichinhos mágicos, estranhos e lindos, mulheres maravilhosas e Newt Scamander como o único herói possível. É um filme feito com coração e boa vontade, um statement lufano que a franquia ainda não tinha oferecido e que a gente precisava demais nesse momento.
Newt é da Lufa-Lufa, a casa da gentileza, da lealdade, da justiça e das pessoas que vem pra ficar. Nunca fiz um teste de Chapéu Seletor em que não acabasse na Corvinal (e acredite, já fiz TODOS os testes de Chapéu Seletor da internet), mas me sinto no direito de cometer apropriação cultural lufana porque sou uma pessoa que acredita nas coisas. Que precisa acreditar pra viver. Que chega a ser meio tonta por causa disso, mas tudo bem. Posso ter sangue Corvinal, e com orgulho, mas sou pisciana até nas tripas e aí virou isso. Eu sempre me assusto quando me dou conta que existe gente ruim, muito ruim, de verdade nesse mundo, eu me sinto impotente diante da realidade, eu tenho medo, quero me esconder, quero que todo mundo fique bem e se eu não acreditar em algo melhor eu não vou conseguir mais sair de casa.
Vários momentos me deixam com a sensação de que isso é uma espécie de fraqueza, mas Animais Fantásticos me lembrou que não. Newt Scamander é tímido e desajeitado do tipo que mal consegue olhar os outros nos olhos, mas tira uma coragem e uma ousadia do rabo pra resgatar suas criaturas mágicas que se perdem em Nova York. Eu quis levantar da poltrona pra fazer carinho no telão na sequência que mostra o Newt dentro da maleta tratando dos seus bichos, e a cena dele fazendo a dança do acasalamento pra sua erumpente fêmea foi a coisa mais ridícula, divertida e fofinha que vi no cinema em muito tempo. Quando a coisa fica séria, ele vira herói porque tem um coração tão aberto que consegue atingir o que existe de humano numa força sombria, ele faz uma ponte entre a luz e a sombra e isso liberta. Eu amei esse filme porque ele diz que vale a pena ser do bem.
A gente tem adorado se debruçar sobre os anti-heróis da ficção e virou praticamente um lugar comum elogiar alguma obra ou a construção de um personagem com base numa moralidade flutuante e ambígua, e eu entendo isso. Entendo de verdade e gosto. Eu amo Breaking Bad, Mad Men atropelou tudo se tornando uma das minhas séries favoritas muito rápido, e às vezes me sinto mal por amar, entender e me envolver tanto com pessoas tão horríveis, e essa proximidade só mostra o quão incríveis são essas séries, mas isso cansa. Depois de um tempo isso deprime. Às vezes eu quero uma galera de coração bão pra torcer, pra me inspirar, pra me dar força nessa escolha difícil e diária que é me importar demais e ser gentil comigo e com os outros. Eu acho Mad Men perfeita, mas Parks and Recreation ainda é minha série mais favorita.
Até ia falar um pouco sobre ela aqui, já que ando reassistindo, aí lembrei que a Clara (CLARO) já escreveu sobre isso:
Coragem, ambição e mesmo inteligência, de certa forma, são pontos cruciais para se chegar em metas. Mas trabalho duro, lealdade e gentileza são pontos cruciais para se manter vivo. Essas coisas não sobre o fim, mas sobre o meio. E, no fundo, nós todos somos o meio. Poder admitir isso e continuar lutando pelo que acredita é a coisa mais hardcore que existe no mundo. Seguir seus princípios quando tudo na vida te faz querer desistir é a coisa mais rebelde que você pode fazer. E essas coisas, meus caros, são atitudes de lufanos. São também as atitudes que permeiam todo Parks and Recreation. São os princípios que levo comigo.
E que eu levo comigo, do mesmo jeito que Newt leva consigo na sua maleta cheia de animais fantásticos. Recomendo o filme pra todo mundo, principalmente o efeito colateral que é sair dele querendo rolar na grama com Newt Scamander, seus tronquilhos, o demiguise e ter muitos filhos. Conversando com a Clara, ela disse que só não gosta desse filme quem odeia se divertir e não tem coração para amar o personagem e os bichinhos. Não seja essa pessoa.
+ Para saber mais sobre o filme, saiu ontem a crítica mais ou menos séria que fiz junto com a Sharon lá no Valks;
++ Eu e a Clara somos pessoas que pensam obsessivamente sobre ideais e filosofias de vida, então recomendo dois textos dela sobre essa coisa doida que é acreditar: Meu coração amarelo e preto é só parques e recreação e Ainda vai nos levar além;
+++ Tony Soprano está no poder: Antonio Prata escreveu essa semana sobre o endeusamento de anti-heróis como Walter White e Tony Soprano é a celebração da vitória de homens maus;
++++ How to hold anger and summon empathy: entrevista ilustrada com uma psicóloga sobre como administrar a raiva e estimular a empatia;
Arte por Lora Mathis
Disco da Semana
Made In The A.M. (One Direction): Semana passada o derradeiro disco do One Direction fez um ano de lançamento e eu ainda não acredito que esses meninos inventaram a felicidade. Ele segurou o maior canhão pra mim ano passado, já que foi lançado num momento crítico em que a vida estava longe de ser legal, e não confirmo nem nego que cheguei a desenhar barquinhos em momentos de desespero porque tem essa música que eles dizem que vão construir um barquinho pra nos salvar do afogamento, o que pode parecer idiota, mas quando você tá doida da cabeça afogada em si mesma isso faz milagres. Ouvir o melhor trabalho dos meus meninos que é puro sentimento, gracinhas e curtição foi um presente do universo. Foi o meu álbum do ano de 2015, porque sim, porque óbvio, POR QUE NÃO? e o mundo seria um lugar melhor se todos ouvissem One Direction porque eles são um presente de amor pra humanidade e eu sinto saudade todos os dias.
A coisa mais maravilhosa de todas é que eles lançaram o melhor álbum depois que o garoto normal de 23 anos saiu da banda, porque não tem como aquela energia arrogante e vaidosa coexistir com esse docinho de pavê que é o Made In The A.M.
I want to build you a boat
One as strong as you are free
So anytime you think that your heart is gonna sink
You know it won't
I want to build you a boat
Músicas favoritas: todas, óbvio, mas principalmente Perfect, End of the Day, Never Enough, Love You Goodbye, I Wanna Write You a Song, Temporary Fix (MINHA MÚSICA), History e A.M.
+ Vou cometer um merchã sem vergonha e deixar aqui links pra dois textos meus do One Direction, minha ode à boy band e o faixa a faixa que fiz do disco na época do lançamento (que já não me representa mais porque amo todas as músicas, mas tem gifs lindos);
++ Alguém apresenta One Direction pra Dilma: se fizessem um teste no Buzzfeed "qual texto de Clara Browne é você?" eu definitivamente seria esse (mentira, eu sou aquele de Parks and Recreation, mas super iria roubar nas respostas pra ser esse);
E oportunamente hoje o clipe Night Changes faz dois anos! Acho muito sério afirmar que Night Changes é minha música favorita deles, ainda que seja uma das, mas é de longe o melhor clipe do One Direction e - atenção - meu clipe favorito de todos os tempos. Eu pensei que fosse impossível amar algum vídeo mais do que eu amo Crazy, mas vocês já viram o Harry patinando no gelo? POIS É.
Meninos que são o Harry Styles, PELO AMOR DE DEUS me add.
~*~ Cantinho dos Leitores ~*~
Na última edição falei sobre meus começos de livro favoritos e fiquei muito feliz quando vocês me mandaram de volta os seus inícios favoritos também. Gostei tanto que vou compartilhar meus preferidos agora:
Numa toca no chão vivia um hobbit. Não uma toca desagradável, suja e úmida, cheia de restos de minhocas e com cheiro de lodo, tampouco uma toca seca, vazia e arenosa, sem nada em que sentar ou o que comer: era a toca de um hobbit, e isso quer dizer conforto.
O Hobbit (J.R.R.Tolkien) - Enviado pela Aline e citado pela Isadora
Eu não tenho o menor interesse pela obra do Tolkien, Terra Média e afins, mas esse começo é tão aconchegante que dá vontade de deitar num sofá bem confortável e passar um tempo com o livro e essa história.
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mais um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.
Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) - Enviado pelo Marco
Memórias Póstumas é um dos meus livros favoritos e até pensei em colocá-lo na minha lista inicial, mas meu começo favorito não é exatamente o início do livro, mas sim sua dedicatória. Acabei deixando ele de fora pra não roubar, então fiquei bem feliz que o Marco lembrou do Brás Cubas e agora posso colocá-lo aqui.
It was the best of times, it was the worst of times.
A Tale of Two Cities (Charles Dickens) - Enviado pela Camila
Fã de começos que sou, sempre leio toda lista que sai com os melhores começos da literatura e sempre me deparo com esse do Conto de Duas Cidades e com razão. Não dá vontade de descobrir que tempos doidos são esses? Só que agora tenho uma confissão a fazer: nunca li Dickens e confesso que nunca tive uma super vontade. Deveria? Tô perdendo muita coisa? Começo por onde?
No final ela morre e ele fica sozinho, ainda que na verdade ele já tivesse ficado sozinho muitos anos antes da morte dela, de Emilia. Digamos que ela se chama ou se chamava Emilia e que ele se chama, se chamava e continua se chamando Julio. Julio e Emilia. No final, Emilia morre e Julio não morre. O resto é literatura:
Bonsai (Alejandro Zambra) - Enviado pela Clara
Eu também nunca tive vontade de ler Alejandro Zambra, mas assim que recebi esse trecho consegui ficar obcecada e deprimida, já que Bonsai, filho orfão da Cosac Naify, está esgotado para todo o sempre amém. Comprei pro Kindle, mas não é a mesma coisa. Olha esse começo, gente. Que começa contando o fim e coloca esses dois pontos deixando o resto em aberto, isso tem que ser grifado na vida real com a caneta mais bonita de todas.
Quando eu era mais jovem e mais vulnerável, meu pai me deu um conselho que muitas vezes volta à minha mente.
– Sempre que tiver vontade de criticar alguém – recomendou-me–, lembre primeiro que nem todas as pessoas do mundo tiveram as vantagens que você teve.
O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald) - Enviado pela Duds
Amei que a Duds comprou tanto a minha pira que postou sobre isso no Facebook e isso gerou toda uma thread sobre começos inesquecíveis. O que ela escolheu foi um que me fez bater com a cabeça no teclado de raiva por ter deixado de fora da minha lista, porque claro que amo O Grande Gatsby e claro que esse começo mata a pau.
Does such a thing as 'the fatal flaw,' that showy dark crack running down the middle of a life, exist outside literature? I used to think it didn't. Now I think it does. And I think that mine is this: a morbid longing for the picturesque at all costs.
The Secret History (Donna Tartt) - Enviado pela Lara, amiga da Duds
Roubei esse dos comentários no post da Duds porque 1) é muito muito muito incrível 2) fica como lembrança de que preciso URGENTEMENTE ler A História Secreta, eu honestamente não sei o que eu tô esperando OLHA ESSE COMEÇO!!!!!!!
É o primeiro dia de novembro, então, hoje, alguém vai morrer.
A Corrida do Escorpião (Maggie Stiefvater) - Enviado pela Barbara
Encerro com essa porque eu, caricatura de mim mesma que sou, tinha separado justamente esse livro pra começar a ler no início de novembro, obviamente por causa dessa frase. Tirei foto, postei no Instagram, li o primeiro capítulo e abandonei a leitura porque tinha uma Anna Karienina acontecendo e meus russinhos exigem dedicação. Mas olha só esse começo, pelo amor de Deus. Maggie, te amo.
Obrigada pelas respostas e pelo entusiasmo, é um prazer inenarrável trocar figurinhas com vocês <3
Links, links, links
- Especial eleições americanas 1: Por trás do turbilhão de 2016, uma crise na identidade branca: A Barbara foi maravilhosa demais ao traduzir uma análise sobre a vitória do Trump que saiu logo depois dos resultados, quando todos estávamos atônitos, e fala sobre a incômoda questão da identidade branca e das discussões de raça nos Estados Unidos;
- Especial eleições americanas 2: The Ivanka Voter: sobre o papel decisivo que as mulheres brancas tiveram na vitória do Trump;
- Especial eleições americanas 3: Para ler Mr. Donald sem simplificações: o título é de gente insuportável de quem abre textão no Faces falando "Ok, então vamos lá", mas essa análise desmancha alguns lugares-comuns que tem aparecido em muitas análises sobre a vitória do Trump e dá uma pincelada na política e na história americana do século XX pra cá;
- Especial eleições americanas 4: Les temps sont durs pour les rêveurs: Essa edição da newsletter da Odhara me deu uma chacoalhada, falando sobre a necessidade de ação da nossa parte e que, até onde for possível, é hora de parar de evitar a fadiga e conversar com as pessoas que acreditam em coisas diferentes, principalmente aquelas que reproduzem discursos de ódio;
- Especial eleições americanas 5: A única coisa que me fez rir a respeito desse assunto foram os memes do Joe Biden com o Obama. Não seria discípula de Leslie Knope se não fosse eu mesma fanzoca do Biden e esses diálogos e esse bromancezinho gostoso me deram vida (+ 23 momentos deles sendo BFF goals). *aggresively wears friendship bracelet*
- Vida de Empreguete e 500 anos de história do Brasil: Lá no Valkirias escrevi sobre minha atual novelinha do coração, Cheias de Charme, com foco na questão das empregadas domésticas no Brasil e os privilégios entre mulheres negras e brancas. Prestigiem que esse deu trabalho, bjs.
- The Crown e a solitária rainha Elizabeth: Estou OBCECADA por The Crown. É meu único assunto, ninguém me aguenta mais falando sobre monarquia, e a série nem era uma prioridade na minha vida até eu ler essa resenha da Thay. (SIM, É VERDADE QUE SOU VICIADA NO MEU PRÓPRIO SITE)
- Entre bolos e abraços: The Great British Bake Off: Gente, como ninguém nunca me contou da existência desse reality? É sobre confeitaria, é inglês, excêntrico e, de acordo com a Barbara, é totalmente baseado em amor e compreensão (afinal BOLOS!!!!). Ainda não comecei a assistir, mas sei que é o próximo programa da minha vida.
- Lane Kim merecia mais: Tô terminando a 7ª temporada de Gilmore Girls e, portanto, estou há alguns dias enfrentando a realidade da gigantesca cagada que fizeram na vida da Lane. Não vou entrar em detalhes porque pode ser spoiler, mas ela definitivamente merecia mais e esse texto é sobre isso.
- A peculiar família Danes: Falta MENOS DE UMA SEMANA pro revival de Gilmore Girls e a Pólen começou uma semana especial de aquecimento. Esse texto é bem divertido e destaca coisas curiosas da família Danes.
- O corpo humano, né menina? Estou sempre às turras com a Jout Jout e esse vídeo me fez gostar TÃO MAIS dela porque é ela entrevistando o Drauzio Varella (que já é uma atração por si só) fazendo perguntas cabeludas sobre o corpo (tipo sobre morte súbita) e interrompendo ele pra perguntar sobre as séries que ele assiste. Sério, é muito bom.
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui. Essa não é uma newsletter de bad e o título No Recreio não veio por acaso: a gente precisa parar de vez em quando, tomar uma Coca-Cola, jogar conversa fora e pensar na vida. Pra então levantar e tocar ela pra frente. Coragem, meus queridos, e na dúvida ouçam One Direction.
Três pessoas diferentes me mandaram essa foto, poucas vezes fui tão amada e compreendida pela rede mundial de computadores. Fanfics #harack (#obyles? #obarry?), quando vai vim?
Stay SOFT!
Yours truly,
Anna Vitória
Sempre que quiser, responda essa newsletter como um e-mail normal e escreva para mim, vamos continuar conversando depois que o sinal bater.
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