Hello stranger, como vai você?
Fui uma das vítimas do mercúrio retrógrado, que nesse fim-início de ano resolveu me bater com força. Começou comigo derrubando chá quente no meu notebook. Dia 29 de dezembro, previsão de conserto - se é que vai ter conserto - só depois do recesso. Suspiro. Graças a Deus sou muito #MILLENNIAL e minha dignidade é bem maleável, de modos que textos foram digitados no Evernote e no segundo dia as famosas séries já estavam sendo assistidas pela tela do celular. This is fine.
Aí meu celular resolveu bater o pino.
Primeiro foi a bateria arriando, ele desligava do nada, mas não é como se eu não estivesse acostumada com isso. Aí o botão de início parou de funcionar. E, no dia seguinte, acordei com um celular INCHADO. Com risco de EXPLODIR.
Aparentemente é um defeito de fábrica do iPhone e a Apple até oferece recall, mas já troquei a bateria uma vez e violei a garantia, então pouca coisa pode ser feita. Se eu estivesse em São Paulo poderia passear de novo na Santa Ifigênia, lá no famigerado Rei do iPhone, porque o conserto de lá está na garantia e tenho certeza que aqueles árabes maravilhosos iam resolver meu problema rapidinho enquanto eu tomaria café e comeria bolo, mas né, São Paulo. Então estou sem computador e sem celular, vivendo num episódio de Black Mirror em que tudo que preciso resolver envolve um desses dois aparelhos, com serviços querendo me enviar SMS de confirmação para agilizar processos, sem conseguir falar com ninguém porque não sei o telefone de ninguém e não consigo me autenticar no Facebook pra usar o chat, e sexta-feira tentei chamar um táxi e levei mais ou menos 40 minutos. Foi interessante.
Se alguém um dia tropeçar no fio que liga a internet do mundo nós estamos fodidos. Tomem cuidado.
Num momento de desespero, resolvi tentar reviver o meu antigo computador. Tenho um computador desktop sem uso no meu quarto, encostado lá juntando poeira porque nunca soube direito o que fazer com ele. Foi mais ou menos uma hora juntando cabos, procurando adaptadores, fazendo gambiarras e conectando fios para que ele ligasse de novo depois de quase cinco anos sem funcionar. Não sei se a culpa foi da TPM, o início de ano ou se é o apagão tecnológico da minha vida que está me afetando mais do que deveria, mas fiquei estranhamente comovida vendo aquele computador ligar de novo naquela inicialização do Windows XP (!).
Foi um gatilho emocional muito, muito forte, uma onda de nostalgia que me atingiu ainda na parte do log-in, quando vi meu nome, o avatar da Audrey Hepburn, e a senha antiga que eu lembrei mais por reflexo do que por memória. O papel de parede era uma colagem que fiz com a capa do Sky Blue Sky, do Wilco. Suspiros.
Não consegui fazer a internet funcionar, o sistema todo estava lento, se arrastando, com erros bizarros, e a CPU fazia um barulho altíssimo, parecendo o motor de um avião prestes a levantar voo - que sempre denunciava para minha mãe quando eu estava na internet de madrugada, escondida. Mesmo assim perdi umas boas horas fuçando em todos os arquivos, inchada de tanto chorar revendo todas aquelas coisas depois de tantos anos, nem tive coragem de olhar as fotos.
Ganhei esse computador quando tinha 13 anos. Foi o primeiro computador que foi meu, que ficava no meu quarto e eu não dividia com mais ninguém, e usei ele até os 17 anos. Acho que fiquei comovida assim porque senti que foi nele que me tornei muito do que sou hoje e é nele que estão armazenadas - muitas vezes literalmente - as referências e memórias da pessoa que eu era, aquela Anna Vitória adolescente cujas pernas me trouxeram aqui. Tudo que faço hoje no meu trabalho eu aprendi sentada naquele computador, não na faculdade.
Fucei em todos os documentos, principalmente nos textos, e encontrei uma infinidade de listas, inspirações, referências, filmes que eu queria ver, livros que eu queria ler, discos que eu queria amar, pessoas que eu queria me tornar. Lembro exatamente do que me fazia acumular tanta coisa, uma bagagem tão grande de gente pra ser porque passei o fim da infância e a adolescência inteira fantasiando pessoas que eu queria ser e vidas diferentes que queria viver.
No epílogo de Como Ser Mulher, a Caitlin Moran fala justamente sobre esse sentimento, que também a acompanhou durante a adolescência, de querer ser outra pessoa - uma mulher de verdade, fabulosa e bem-acabada, como descreveu tão bem a Laura Viana na última edição da Mulheres Que Escrevem.
When I thought of myself as an adult, all I could imagine was someone thin, and smooth, and calm, to whom things... happened. Some kind of souped-up princess with a credit card. I didn't have any notion about self-development, or following my interests, or learning big life lessons, or, most important, finding out what I was good at and trying to earn a living from it. I presumed that these were all things that some grown-ups would come along and basically tell me what to do about at some point, and that I shouldn't worry about them. I didn't worry about what I was going to do.
What I did worry about, and thought I should work hard at, was what I should be, instead. I thought all my efforts should be concentrated on being fabulous, rather than doing fabulous things.
Nessa parte ela explica que o título do livro é uma ironia, já que ele não é um manual sobre como ser uma mulher apropriada, o que quer que isso seja. Eu nem gostei da leitura, mas fiquei com a sensação de que teria adorado se tivesse lido com uns 16 ou 17 anos, quando estava descobrindo o feminismo, e precisasse do empurrão de uma pessoa divertida como a Caitlin para me ajudar a desconstruir hábitos, ideias e aspirações, me aliviando justamente do fardo de ser apropriada. É irônico também pensar que um livro com esse título, principalmente se fosse o manual que a autora tanto desacredita, seria uma leitura que eu adoraria aos 14, 15 anos, por todos os motivos errados.
Fui uma consumidora ávida desses livrinhos, muito populares entre adolescentes dos anos 2000. Queria que me ensinassem a ser uma adolescente descolada, a ser uma mulher sofisticada, e ainda lembro de um livro que eu queria demais e minha mãe se recusou a me dar por achar muito fútil. O título era Como Andar de Salto Alto (ele existe!) e não era uma ironia (mesmo). Ele prometia ensinar a andar de salto alto, dentre outras lições de etiqueta moderna, o manual da mulher bem-acabada ou da Cinderela moderna, como está escrito na capa.
Achei no computador uma lista de resoluções de ano novo que fiz em 2009, então com 14 anos. O primeiro item era sério ("Controlar minha ansiedade"), mas o que se seguia eram aspirações a coisas que eu acreditava que me tornariam essa mulher fabulosa:
Lavar o rosto todos os dias de manhã e à noite e usar os produtos apropriados;
Passar hidratante todos os dias;
Parar de roer as unhas;
Emagrecer 4kg (lembro de ler num desses livros que toda mulher sempre estaria melhor com 4kg a menos);
Continuar sem tomar refrigerante;
Me matricular em uma academia;
Dormir cedo;
Assistir Twin Peaks;
Objetivamente não tem nada de errado com nenhuma delas, só com o fato de que não queria nada disso para ter uma pele melhor, ser mais saudável ou saber quem matou a Laura Palmer, mas essas eram coisas que eu acreditava que poderiam me tornar essa mulher - que não era eu - que eu queria ser, porque de certa forma eu acreditava nesse lugar mágico onde, com algum esforço e uns quilos a menos, a gente poderia chegar e receber uma faixa, medalha, ou sei lá que dissesse que vencemos, somos mulheres fabulosas, sofisticadas e completas. Vimos todos os filmes, lemos todos os livros, aprendemos a passar delineador e a andar de salto alto, agora as coisas vão começar a acontecer.
Caitlin diz no livro que essa urgência em ser em vez de fazer é algo muito feminino, visto que, no geral, somos menos condicionadas e encorajadas a tomar as rédeas do nosso destino. Por séculos, essa possibilidade nos era formalmente restrita - e aí só restava àquelas mulheres (pelo menos à grande maioria das mulheres brancas) se concentrar em ser maravilhosa, aquela mulher com quem os homens se casariam, enquanto esperam passivamente por eles e (com sorte) uma possibilidade de vida e ação.
The way women feel that they are not so much well-meaning human beings doing the best they can but, instead, an endless list of problems (fat, hairy, unfashionable, spotty, smelly, tired, unsexy, and with a dodgy pelvic floor, to boot) to be solved. And that, with the application of a great deal of time and money - I mean a great deal of time and money (...) we might, one day, 20 years into the future, finally be able to put our feet up and say "For nine minutes today, I almost nailed it".
Before, of course, starting up the whole grim, remorseless, thankless schedule the next day, all over again.
Queria conseguir me lembrar de como me livrei dessa fantasia exaustiva e parei de querer ser outra pessoa. Acho que é porque a gente não consegue escapar de ser quem é. O que nos define não é ter lido todos os livros, nem ter visto todos os filmes, nem ser magra ou fazer academia, muito menos a ideia de ser uma pessoa completa - porque isso não existe. Saber disso foi o que fez de mim uma pessoa mais legal e que até sabe um pouco das coisas, tipo quem matou a Laura Palmer. Em 2017, espero ver Twin Peaks pela terceira vez.
Paulo Leminski
Essas lembranças foram tão catárticas também porque na semana passada, alguns dias antes, escrevi resoluções de ano novo sérias pelo que considero a primeira vez. Primeira vez porque não são metas arbitrárias, inventadas por um inconsciente coletivo de imperativos femininos que determina que sempre precisamos perder 4kg misturado às minhas próprias ideias malucas do que uma pessoa de verdade deveria ser.
Sei como é horrível conviver com esse tipo de pressão e também como é melhor viver sem ela, por isso já cheguei até a ser contra resoluções de ano novo. Não preciso de uma lista para ser mais uma fonte de ansiedade, cobrança e provável frustração na minha vida.
Mas aí deu vontade, e então, no primeiro segundo dia útil de 2017 eu sentei com dois cadernos e comece a escrever. No início quis colocar apenas coisas pequenas e práticas, que dependem só de mim para se realizar, mas decidi incluir também uma categoria de sonhos & desejos para coisas maiores e mais ambiciosas, que não dependem só de mim, mas também de outras pessoas, sorte, dinheiro, sei lá. Foi ASSUSTADOR.
Enquanto escrevia, tive um momento eureka de perceber que, além das questões passadas, o que me afastava das metas de ano novo era também o medo. Medo de não conseguir, medo da frustração doer três vezes mais já que escrever nossos desejos num papel torna impossível a covardia de fingir que eles nunca estiveram ali. Fazer resoluções de ano novo é um baita exercício de vulnerabilidade, porque estabelecer metas é assumir que a gente QUER alguma coisa; encarar nossos desejos nos olhos é, de certa forma, PEDIR por algo, e tudo isso nos expõe à possibilidade do fracasso e eu tenho um medo paralisante de fracassar.
Ainda acho completamente justo escolher não se orientar por metas ou se esquivar de pressões externas (mas nem sempre) de ser mais, menos, maior, menor. A gente é mais suficiente do que imagina. Mas foi realmente importante pra mim assumir essa espécie de compromisso e me levou de volta ao livro da Amanda Palmer. Ela fala sobre a arte de pedir como uma relação de vulnerabilidade, confiança e conexão principalmente com o outro, um aspecto totalmente relevante do negócio, mas fiquei pensando em como podemos estender essa relação a nós mesmos. Quando escrevi minhas resoluções de ano novo, senti que estava dando um voto de confiança em quem eu sou (algo imenso, considerando minha insegurança) e que fazer isso era acreditar que sou suficiente, merecedora, boa e capaz de coisas melhores, sonhos enormes, mais amor, cuidado e até de uma pele boa.
Sou a única aqui que se sabota demais?
Muitas vezes o que nos imobiliza é a sensação de que não merecemos ajuda. Nas artes, no trabalho, nos relacionamentos, muitas vezes a gente resiste em pedir não só pelo medo da recusa, mas também porque nem sequer achamos que merecemos o que estamos pedindo. Temos que acreditar sinceramente na validade do que pedimos - o que pode dar muito trabalho e requer a habilidade de andar na corda bamba estendida sobre o abismo da arrogância e da soberba. E, mesmo depois de encontrado esse equilíbrio, o jeito de pedir e receber a resposta - admitindo e até acolhendo não - é tão importante quanto o sentimento de validação.
Ainda é início de ano e está permitido ser cafona, então fica a minha sugestão que nesse ano você se permita querer alguma coisa, qualquer coisa, grande ou pequena, e assuma isso pra você, de forma escrita ou não, mas em um enunciado completo. E vá atrás.
via Doses Diárias de Amor e Respeito
Se não quiser tudo bem, só promete que vai beber mais água. Todo mundo está sempre precisando de beber mais água.
Disco da Semana
Puberty 2 (Mitski): Início de ano é aquela época de fazer a repescagem dos discos do ano anterior que fugiram do nosso radar e foi nessa busca que topei com a Mitski. Puberty 2 é aquele tipo de disco que a gente adora, que fala bastante sobre #questões do início da vida adulta, identidade, expectativas de amor e conversa bastante com a newsletter de hoje no sentido de que Mitski, uma garota de 25 anos que nasceu no Japão e é imigrante nos Estados Unidos, passa o disco inteiro pensando sobre seu lugar no mundo, ansiedades da idade e uma urgência em se descobrir misturada com a gradual aceitação de quem ela já é, porque isso basta. Em Your Best American Girl ela escreve: "Your mother wouldn't approve how my mother raised me, but I think I do, I finally do". Já em A Burning Hill, ela se permite descansar "I'm tired of wanting more, I think I'm finally worn". A Pitchfork recomenda o álbum para pessoas que conhecem a disputa de poder entre o que sentimos e o que queremos sentir.
Em termos de som, a Mitski me lembra a St. Vincent em seus momentos mais pesados, misturando uma voz suave e única a guitarras pesadas e distorcidas. Acho que a guitarra sujinha é o som mais característico dela, mas adoro como vários sons diferentes aparecem e se fundem também na estrutura indie básica, tipo saxofone dos anos 80, um toque 60's, guitarrinhas de faroeste, tudo numa mistura que funciona. Acho que vocês vão gostar, eu estou apaixonada.
Músicas favoritas: Your Best American Girl, My Body's Made of Crushed Little Stars, Fireworks
+ Perfil da Mitski escrito pela também maravilhosa Amy Rose Spiegelman no The Fader
++ Lista de músicas para ouvir à noite, dirigindo depois de um show, com músicas selecionadas e comentadas pela Mitski
Links, Links, Links
- Uma das minhas seções favoritas no Buzzfeed é a desses posts mensais com #diquinhas de coisas e hábitos que podem melhorar a nossa vida. São dicas bem simples, produtos baratinhos, mas que fazem uma baita diferença na rotina. Sai todo início de mês, então vou deixar aqui o de janeiro e também o especial que eles fizeram no fim de 2016 com resoluções que eles cumpriram e a gente pode adotar em 2017;
- É difícil começar o ano já enfrentando notícias trágicas e discursos tão violentos, mas a Priscila Bellini escreveu dois textos muito bons refletindo sobre a chacina do réveillon em Campinas, feminicídio e a forma como a imprensa cobre esse tipo de caso. Vale a pena ler: O jornalismo que odeia mulheres e a forma como falamos sobre feminicídio e Cinco BOs e um feminicídio: por que ainda falhamos em proteger as mulheres;
- Ainda sobre tragédias, dessa vez sobre o massacre nos presídios, o Vladimir Safatle escreveu sobre a infame declaração do governador do Amazonas de que lá não tinha nenhum santo, para minimizar o ocorrido: Se o Estado age como PCC, decidindo quem vive ou morre, como espera julgá-lo?;
- A última edição da newsletter da Juju Gomes sobre garotas punk está maravilhosa;
- Citei no texto, mas vale recomendar de novo a última edição da Mulheres Que Escrevem, sobre ser uma mulher bem-acabada;
- Duas amigas maravilhosas começaram o ano lançando seus canais no Youtube e como vivo para ser fangirl das minhas amigas (e porque elas são ótimas mesmo), sugiro que prestigiem os canais da Analu e da Rafinha, que vão falar de livros e coisas legais;
- Entrevista com a Roxane Gay na Electric Literature sobre Difficult Women, seu novo livro, escrita e o que é ser uma mulher difícil;
- A selection of the 30 most disappointing under 30: Semana passada saiu a famosa lista da Forbes com 30 pessoas fabulosas com menos de 30 anos que estão por aí fazendo coisas incríveis, então a New Yorker fez uma sátira, com uma lista de pessoas que decepcionaram antes dos 30, um reduto de afago e compreensão para nós, fracassados;
Rebecca Meyer, twenty-nine
Since earning her M.F.A. in fiction from Columbia, Meyer has been at work writing her début novel in her sprawling Chinatown loft, which was paid for in full by her parents. She has written sixteen pages, and they’re not very good.
- Ontem rolou o Globo de Ouro para inaugurar a temporada de premiações, a melhor época do ano, e apesar de algumas zebras estranhas (Aaron-Taylor Johnson melhor ator coadjuvante?) e o banho de La La Land, o ponto alto da noite foi a Meryl Streep ganhando um prêmio pelo conjunto de sua obra e esmagando num discurso poderoso sobre empatia, resistência, usando sua plataforma da melhor forma possível para se posicionar numa noite que até então estava meio carente de discursos políticos. Dá pra ler o discurso traduzido, na íntegra, aqui e você não pode deixar de ver que coisa mais bonita foi a Viola Davis apresentando o prêmio para a Meryl, num momento que, sozinho, valeria um lifetime achievement award também. Que mulheres.
Uma vez eu estava no set reclamando de alguma coisa – íamos filmar na hora do jantar, muitas horas de trabalho ou qualquer coisa do tipo – e Tommy Lee Jones me disse: ‘não é um enorme privilégio ser ator, Meryl?’. Sim, é. E temos de lembrar uns aos outros do privilégio e da responsabilidade do ato de empatia. Todos devemos ter muito orgulho do trabalho que Hollywood está homenageando aqui esta noite.
Como a minha amiga que partiu, a querida Princesa Leia, me disse uma vez: ‘pegue seu coração partido, transforme em arte’. Obrigada.
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui, essa newsletter foi toda escrita num CADERNO, como faziam na Mesopotâmia, e digitada num notebook de teclado americano que meu pai me emprestou para aliviar meu isolamento. Não está sendo fácil, portanto valorizem o esforço e #PrayForAnna (aquelas kkk)
Deixo vocês com essa imagem que abençoou minha semana: Tweedinho, meu namoradinho, Tweedão, meu sogro boa praça, e um dog chamado Dwight (Dwight!!!) no estúdio na primeira semana do ano provavelmente aprontando o deve ser o próximo álbum do Tweedy. #BLESSED
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
Sempre que quiser, responda essa newsletter como um e-mail normal e escreva para mim, vamos continuar conversando depois que o sinal bater.
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