Hello stranger, como vai você?
Como prometido, e também porque não foi possível evitar, escrevo para você do meu novo quarto, nos primeiros dias da minha vigésima terceira volta em torno do sol. Em outras palavras, nos últimos dias eu me mudei e fiz aniversário. Já me perguntaram se vou mudar de cidade, morar sozinha, casar (um amigo disse isso e ri por horas), e a realidade é bem menos interessante: continuarei com mamãe na nossa fanfic brasileira de Gilmore Girls onde Paul Anka é interpretado pelo poodle Francisco e é meio que isso. Continuamos, inclusive, no mesmo prédio, mas essa história é mais longa que o espaço que separa o segundo do terceiro andar, caminho que tenho percorrido com razoável frequência porque, depois de feita a mudança, a única coisa que sobrou no andar de baixo foi o meu guarda-roupas. Inteiro. Com todas as minhas roupas e sapatos lá dentro.
O apartamento novo tem menos armários e enquanto não instalam o novo (e porque minha mãe não me deixou comprar uma arara) eu agora tenho roupas espalhadas em dois imóveis diferentes (três, se contar as que eu sempre esqueço na casa do meu pai). Pra espantar um pouco do ridículo da situação que é ter que pegar um elevador toda vez que vou trocar de roupa, coloquei na minha cabeça que moro num duplex e estou tão confortável com a ideia que esses dias quase saí pelo prédio de sutiã e com uma toalha na cabeça. Já fico bem feliz de não ter (ainda) entrado no apartamento errado, invadindo a casa alheia de toalha na cabeça e sutiã. E já que estamos falando de sutiãs, a preguiça tem me feito simplesmente usar as roupas da minha mãe quando me faltam forças pra descer até o 201, e ontem descobri que ela tem um sutiã que veste nós duas perfeitamente.
Qualquer pessoa que olha pra mim diz que tenho peitos pequenos.
Qualquer pessoa que olha pra minha mãe tem certeza que ela tem peitos enormes.
O sutiã fica ótimo em mim. O sutiã fica ótimo nela. Estamos prestes a começar uma nova fanfic, dessa vez a do sutiã viajante - menos a parte de irmandade porque o sutiã além de tudo é lindo e com certeza vai ser motivo de brigas futuras. It's a mother-daughter thing.
Apesar de ter perdido um guarda-roupas, eu ganhei uma estante. Ela já estava no apartamento e apesar de ser um TRAMBOLHO e ocupar duas paredes (e apesar de eu ter dito que queria um quarto minimalista e sem muitos móveis, principalmente móveis de madeira), decidimos mantê-la porque COMO NÃO? Sempre foi meu sonho ter uma estante, mas sempre vivi em quartos minúsculos, sem espaço pra isso. Se eu fosse uma pessoa razoável poderia muito bem colocar uma estante bonitona em outros espaços da casa, como já foi sugerido milhares de vezes, em vez de espalhar (e empilhar) meus livros em todas as superfícies, mas sofro dessa doença que me obriga a querer ter todas as minhas coisas - e quando eu digo coisas, digo livros - comigo, pertinho. Como colocou minha mãe num desabafo pensando que eu não estava ouvindo, se possível eu vestiria todos os meus livros ou construiria um forte com eles pra dormir dentro e... é verdade. Gosto de COISAS, das minhas coisas, e gosto dos meus livros e de ter todos ali com canecas, fotos, cartas, pôsteres, besteirinhas que me dão de presente. Meu antigo quarto parecia um grande altar de coisas e livros e memórias (e há quem diga que seja um altar da minha própria vida e não posso discordar) e gostava dele assim. Ainda quero um quarto mais minimalista, mas a estante fica. Já até pensei em abrir mão da minha cama, que tem uma cabeceira enorme, e pode ser que eu tenha dito que poderia dormir pra sempre em um colchão no chão mesmo, só pra ficar no mesmo quarto que a estante. Por enquanto a cama fica, e a estante também, e eu vivo com um pé na minha vida e outro em tudo que ela poderia ser - também conhecido como o site Pinterest.
EXPECTATIVA
(Adulta, moderna, urbana, fresh, pele boa, contas no débito automático, lençóis brancos)
REALIDADE
(Vou ter 15 anos pro resto da minha vida)
E aí teve meu aniversário. Sempre fico estranha antes de fazer aniversário, é um período sempre de angústia, melancolia, um sei lá o que de coisa ruim que há 23 anos tento entender e atualmente cansei de tentar explicar, prefiro ficar bem quieta no meu canto esperando passar. Nesse ano a ocasião do aniversário foi ainda mais CARREGADA porque nossa, que ano. Sei que ainda estamos em março e essa é a grande piada. O universo se esforça cada vez mais pra me provar que a astrologia é uma ciência exata, exatíssima, porque na véspera do meu aniversário - que eu passei aproximadamente 10 horas chorando (duas delas vendo Lion, muito lindo, recomendo, casa comigo Dev Patel) - descobri que o dia 26 de fevereiro, o meu dia, era também o dia de um eclipse solar no eixo Virgem-Peixes, a minha lua e o meu signo (ascendente E vênus), respectivamente, combinado com uma lua nova. Esse eclipse foi o último de uma série que vem acontecendo desde 2015, sinalizando o final de uma era de transformações profundas em todos os âmbitos da vida. E mesmo que eu não acreditasse em astrologia, é difícil não acreditar na minha própria vida e como, coincidentemente, desde 2015 ela vem dando umas viradas bem doidas.
E isso é bom!!!! Assustador, mas bom. Paralisante, mas necessário. Tava conversando hoje com um amigo que tá vivendo uma revolução pessoal também e ele disse: sabe quando você sente que tá mudando? você realmente SENTE a mudança acontecendo?, e nossa, eu realmente sei como é isso. É como aquele efeito especial de X-Men quando a Mística se transforma em outra pessoa, mas isso numa velocidade lenta, lentíssima, insuportável, mas ao mesmo tempo muito brusca, como se rasgasse, de uma forma que deixa a gente com a pele exposta, meio soltos no mundo, tentando entender o que fazer agora. E conversei recentemente com várias amigas da sensação que tenho de que estou ainda num período in-between (e é claro que a Anne T. Donahue escreveu sobre isso semana passada, porque existe esse plano imaginário onde somos amigas e também conversamos sobre a vida e todas essas coisas que ela escreve na realidade são ditas diretamente pra mim, com sua voz alta e estridente, enquanto a gente toma chá e come batatas fritas, porque nesse plano imaginário essa é uma refeição completamente razoável pra se fazer) entre fases da vida, que ao mesmo tempo que sei que é necessário, e que nos dias bons pode ser muito excitante, mas também é solitário e tem me desconectado um pouco das coisas e das pessoas. Tipo: O que é mesmo que tô fazendo aqui? Quando é que vou chegar onde quer que seja que tenho que chegar? Pra onde é que todo mundo foi? Por que ninguém me chamou?
Junte isso a uma morte; uma mudança literal de casa; ao fato de estar todo mundo pulando carnaval quando minha viagem de carnaval teve que ser substituída por caixas, e roupas e arrumação de armários; e também que 90% das pessoas que queria convidar pro meu aniversário simplesmente não moram perto de mim pra participar do meu aniversário e outras 5% estavam viajando porque CARNAVAL, o que fez com que minha lista tivesse o assombroso número de 01 pessoa (e foi ótimo, porque eu tenho um melhor amigo que sai comigo pra falar sobre o cu verde na TV aberta e como o feminismo ser abraçado pelo sistema capitalista não é uma vitória e sim um problema) (eu sou muito divertida e agradável, sejam meus amigos e me chamem pra sair!); e porque Lion, meu Deus LION, não tem a menor condição para o filme Lion numa véspera de aniversário. Depois eu ainda vi Capitão Fantástico porque eu não me dou a MENOR chance de ser equilibrada.
Peixes: não sejam.
Quando amanheceu o dia 26, como costuma acontecer em todos os meus aniversários, o dia amanheceu depois do fim do mundo e tudo ficou bem. Estava precisando ser amada e paparicada, e amada e paparicada fui, sendo literalmente colocada no colo pra ouvir palavras fofas de amor. Aqueles 95% de pessoas que estão longe deram um jeito de chegar perto, e recebi amor e carinho dos lugares e pessoas mais inesperados. No fim do dia, depois de comer o maior doce da minha vida, fui atingida por uma sugar rush misturada com uma onda de amor e felicidade e euforia inevitável por causa Oscar. Foi um dia feliz.
EXPECTATIVA
REALIDADE
E teve até carnaval! Ou meio que isso. Matheus Fernandes e eu decidimos prestigiar o carnaval das pessoas que sobraram na cidade e foi meio que ótimo? Coloquei uma roupa extravagante, estava tocando o cd da Banda Eva, a gente cantou Minha Pequena Eva demais, tomamos chuva, e antes da meia-noite, pessoas maravilhosas que somos, rolou aquele ótimo "VAMO EMBORA?" "VAMO!" e fomos ele levemente alcoolizado e eu já bastante alcoolizada comer uma pizza que tenho certeza que foi a melhor refeição da minha vida.
E é isso! Até o fechamento dessa edição (que durou 3 dias) meu guarda-roupas novo finalmente foi montado (em outro quarto!) e agora não preciso mais descer dois lances de escada sempre que preciso me vestir. Em compensação, a mesa da sala simplesmente RACHOU, provavelmente por conta de algum impacto da mudança e você pode ler isso figurativamente ou literalmente, como preferir. Não é maravilhoso viver sempre numa montanha russa de emoções conflitantes e existir nesse mundo tentando crescer e ser uma pessoa melhor????????????????????????????????????????????????
Como não sei mais escrever qualquer coisa sem citar qualquer coisa que a Clara já escreveu, fica aqui a conclusão dela sobre viver em tempos estranhos:
A vida inteira é um sopão de bons tempos e maus tempos. Desde nosso nascimento, quando choramos estridentes porque acabou o conforto da barriga de nossas mães ao mesmo tempo em que finalmente estamos vivos e prontos para aproveitar cada segundo do que o mundo tem a nos oferecer. Tudo é bom e ruim, faz parte. (...)
Minha mãe sempre me falou que ser triste é muito fácil – basta não fazer nada. Ela tem razão. A felicidade e o bem-estar são coisas que exigem um esforço constante da gente. E não tem problema nenhum em se permitir ficar triste – é importante e saudável não negar seus sentimentos –, mas não podemos deixar as dificuldades nos abaterem por completo. Temos todos dentro de nós um poder transformador gigantesco e a gente pode usar isso a nosso favor, mantendo o foco na positividade e naquilo que acreditamos.
Essa semana, fiz um teste que perguntava: você é mais marcada pelas coisas positivas que aconteceram com você ou pelas negativas? Vamos nos esforçar para responder sempre que estamos aqui pelas coisas boas.
Como dia 26 de janeiro foi aniversário da newsletter, e dia 26 de fevereiro foi meu aniversário, e eu já passei esse texto inteiro falando sobre a minha vida, vou aproveitar a oportunidade de registrar todos esses marcos com uma tag muito simpática que vi no blog da Nicas (que fez aniversário de um ano, YAY! vamos celebrar a Nicas e tomar um café no Apto 401 cos gato tudo!!!). A newsletter cresceu um bocado nos últimos meses e acho legal relembrar algumas edições pra quem não tava aqui desde o começo. Então vamos lá:
A EDIÇÃO MAIS BONITA
Como combater a solidão: Posso ser ridícula? Posso ser ridícula, afinal ainda sou eu que mando aqui. Talvez essa edição sobre o show do Wilco não seja tão bonita pra vocês como foi pra mim, mas foram alguns dos dias mais felizes da minha vida e escrevi tudo com o coração transbordando de amor, e fico feliz de ter feito isso porque sempre que leio ela de novo sinto tudo novamente e isso é realmente maravilhoso.
A EDIÇÃO MAIS POPULAR
Cronologia capilar de Alex Turner: Juro que comecei escrevendo de brincadeira e pensei que iria perder vários assinantes porque, meu Deus do céu, como pode a pessoa ser tão doida, mas o que aconteceu foi o contrário. Acho que foi a edição mais compartilhada por aí, em lugares e por pessoas que nunca pensei que fossem gostar, mas né, quem não gosta de homem bonito com cabelo perfeito?
A EDIÇÃO QUE GEROU MAIS DISCUSSÃO OU CONTROVÉRSIA
Quem vai escrever a nossa história?: Eu sou suave demais para gerar controvérsias, mas escrevi essa edição morrendo de medo da polêmica. Foi naquela semana do auge da doidera surrealista com condução coercitiva, manifestações e buzz do impeachment, e eu estava me sentindo assustada, paralisada e sem conseguir me posicionar, e foi sobre isso que escrevi. Fiquei com medo de ser mal interpretada (afinal, internet), mas no fim várias pessoas se identificaram e se sentiram contempladas por essa ansiedade. Nessa época eu estava com muita vontade de ser uma pessoa séria (kkkkkk) e também escrevi sobre o movimento feminista e como eu não aguentava mais ÓDIO E GRITARIA. Também tive medo da polêmica, também fui abraçada nas minhas angústias e troquei muita ideia interessante nos e-mails. Vocês são top.
A EDIÇÃO QUE AJUDOU MUITA GENTE
Essa não é uma newsletter de bad: Me digam vocês, né? Recebi um retorno muito positivo dessa edição que aconteceu logo depois da eleição do Trump, quando eu estava no auge do meu descaralhamento de desemprego, e precisava muito continuar. Ela é sobre Parks and Recreation, Animais Fantásticos e Onde Habitam, filosofias lufanas, Lora Mathis e a importância de se ter coração bão num mundo muito, muito mau. Falar sobre desemprego, aliás, também foi muito bom, tanto pra mim, como pelo que percebi de muitas respostas que tive de pessoas que estavam passando/passaram por essa mesma fase e se sentiram contempladas, mais ou menos o que aconteceu naquela edição sobre morte. Acho que concluí que estamos todos muito assustados e precisando demais uns dos outros. Vamos nos amar e falar mais sobre nossos problemas cabeludos, combinado?
A EDIÇÃO CUJO SUCESSO ME SURPREENDEU
Era uma vez alguma coisa: Quando comecei a escrever sobre os meus começos favoritos na literatura, juro que acreditava que isso era uma coisa minha. Só resolvi compartilhar os meus começos favoritos porque estava sem inspiração para escrever, mas não queria deixar de enviar a newsletter. Fiquei MUITO feliz com a quantidade de pessoas apaixonadas por linhas inesquecíveis de começos e que gastaram um tempo compartilhando seus inícios favoritos comigo e até levaram a brincadeira pro Facebook.
A EDIÇÃO QUE NÃO RECEBEU A ATENÇÃO QUE DEVERIA
Thoughts from planes: Então, vou falar. Eu me achei POÉTICA e PROFUNDA pra caralho nessa edição e vocês? Nem tchuns. Fiquei chateada. Chateada estava até o momento que minha amiga Analu não só me achou poética e profunda como foi lá e compartilhou meu texto no Facebook dela. Me senti amada e validada. God bless Analu, não preciso de vocês. E já que estamos falando disso, Anger Makes Me a Modern Girl, onde falei sobre feminismo e um documentário muito maravilhoso que assisti, uma edição que escrevi fervilhando de INSPIRAÇÃO e IDEIAS, cheia de vontade de receber respostas enormes igualmente cheias de INSPIRAÇÃO e IDEIAS, flopou. Dessa nem a Analu gostou, pobre de mim. Francamente vcs.
A EDIÇÃO QUE EU TENHO MAIS ORGULHO
Acontecem coisas: Essa edição foi bastante informal e pessoal, no estilo diarinho, onde conto umas coisas muito legais que aconteceram comigo. Me orgulho dela porque as pessoas ficaram muito felizes por mim de um jeito que eu não esperava???? Foram muitas respostas carinhosas e queridas, um amor completamente gratuito, que me deixou orgulhosa por eu ter começado essa newsletter, por eu estar escrevendo na internet mesmo que não tenha mais idade pra isso, por estar compartilhando coisas da minha vida com estranhos-não-tão-estranhos por mais uncool que seja ser tão oversharer. Estava prestes a mudar de cidade e pessoas que nem me conhecem me ofereceram, literalmente me ofereceram o sofá da casa delas.
Isso me lembrou, claro, a Amanda Palmer e essa newsletter com certeza nunca existiria se eu não tivesse lido A Arte de Pedir. Foi ela que me deu incentivo, vontade e coragem de me abrir pras pessoas, encarar minha própria vulnerabilidade e abraçar o que quer que viesse a partir disso. E o que veio foi muito amor e amigos inesperados no país inteiro e isso é a coisa mais legal do mundo. Obrigada a todos por esse ano <3
Disco da Semana
Frank (Amy Winehouse): Provavelmente não existe ideia pior do que ouvir Amy Winehouse em tempos de inferno astral e TPM, mas apesar disso, ou talvez justamente por causa disso, andei ouvindo muito a Amy Winehouse. Gosto infinitamente mais do primeiro disco da Amy do que do Back to Black, que a consagrou. Ele é bem mais cru, quase tosco às vezes, mas é isso que faz ele tão especial, porque não dá pra confiar numa superprodução (por melhor que seja o resultado) em cima das coisas que essa mulher canta. Porque esse disco também é desesperadoramente destrutivo, apesar da maioria das músicas ser animadinha. Aquilo claramente não vem de uma pessoa que tá em paz, e isso me dói, porque eu realmente gosto muito da Amy e penso demais nela e tudo isso me deixa muito triste.
Se dançar chorando enquanto tenta atingir notas inalcançáveis prejudicada pela acústica do box do banheiro é a sua praia, esse disco é pra você.
Músicas favoritas: Stronger Than Me, I Heard Love Is Blind, Moody's Mood For Love, Take The Box, Help Yourself
Links, links, links
- Eu amo a temporada de premiações, mas quando ela acaba eu quero passar 10 anos sem falar daqueles filmes de novo. Apesar disso, gostei muito de ler esse texto da Barbie em que ela faz um paralelo bem legal entre La La Land e Moonlight (não do jeito negativo e chato que vocês estão pensando!!!), uma reflexão sobre como os dois filmes estão relacionados de um jeito bem meta e que deságua na conclusão de que é importante prestarmos atenção a essas coisas. Lendo as relações que ela faz sobre o que os dois significam, é difícil não lembrar da entrevista que os dois diretores deram um dia depois do Oscar, e como a impressão deles sobre tudo tem a ver com o lugar que eles ocupam no mundo.
- Bom, estou cansada do Oscar, mas não estou cansada de falar sobre Moonlight: saiu na MTV essa matéria ótima explicando toda a trilha sonora do filme (que é INCRÍVEL!), e eu que amo trilhas sonoras fiquei felizona em ler um trabalho tão completo sobre o assunto;
- O ROTEIRO DE MOONLIGHT, PELO AMOR DE DEUS LEIAM O ROTEIRO MAIS LINDO DO MUNDO;
- Os foliões que fizeram serenata pra um dog são provavelmente as melhores pessoas do carnaval: eu amo o meu país;
- Essa newsletter da Taize com links pra vários vídeos de lançamento de foguetes e muitos links legais sobre astronomia e outras coisas também legais (mas não tão legais quanto foguetes no espaço);
- Assisti Jackie semana passada e por conta do filme acabei assistindo A Tour of The White House, um especial da PBS com a Jackie Kennedy, que passou na TV nos anos 60 e mostrou a Casa Branca pro país pela primeira vez depois das restaurações empreendidas pela Jackie. Foi também o primeiro documentário pra TV que mirava especificamente a audiência feminina. A qualidade da imagem é bem ruim, mas eu acho doido DEMAIS ter acesso a esse tipo de coisa histórica e ter um contato tão próximo com um documento de época que não foi pensado como documento de época. Tem a Jackie, claro, mas tem também o estilo de filmar (a direção parece a de qualquer coisa feita por alunos dos primeiros períodos de algum curso de jornalismo), a trilha sonora, a narração. E se você viu o filme e achou a Natalie Portman afetada demais (oi), esse vídeo te deixa com vontade de dar o Oscar pra ela por causa do sotaque e da forma perfeita como ela conseguiu reproduzir os olhares afetados da Jackie pra televisão. Se, assim como eu, você se ver numa madrugada de feriado com 57 minutos pra gastar, sugiro que prestigie;
- Tenho um pouco de preguiça de biopics, principalmente essas que chamam a atenção do Oscar, e nem pretendia assistir Jackie apesar de ser #colonizada, mas achei essa crítica que a Thay e a Sharon escreveram pro Valks tão interessante que fui ver o filme. Não é um ótimo filme, mas é isso, interessante e deixa a gente pensando em coisas, com uma curiosidade de época;
- A Helena Fitzgerald também fez aniversário recentemente e o noivo dela estava relembrando algumas das melhores coisas que ela já escreveu por aí (e eu acompanhei tudo, como a pessoa stalker e bizarra que sou), que foi como achei essa ode à pizza que se come bêbada. Preach!
- Falando em bebedeiras do bem, esse texto sobre como garotas bêbadas são ótimas em banheiros, complementado por esse post de #momentos de garotas bêbadas sendo ótimas;
- MÚSICA!!!!!!!!!!!!!!!!!!! NOVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! DA LORDE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por ter chegado até aqui. Eu juro que estou tentando voltar com a periodicidade normal da newsletter, pelo menos no dia certo, e também queria sair do meu monotema de crises e ch-ch-ch-changes, mas EVERYTHING IS HAPPENING SO MUCH!!!! Pelo menos agora eu já tenho roupa e trilha sonora pra viver isso tudo. Vamos?
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
Sempre que quiser, responda essa newsletter como um e-mail normal e escreva para mim, vamos continuar conversando depois que o sinal bater.
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