Hello stranger, como vai você?
Antes de começarmos, gostaria de fazer três anúncios pessoais importantes sobre acontecimentos dos últimos dias:
Fiz minha prova de direção e não passei;
Cortei a franja;
CONSEGUI COMPRAR INGRESSO PRO SHOW DO HARRY STYLES AAAAAAAAAAAAAA
Pela atenção, muito obrigada. Vamos seguir com a programação normal.
Não sei o que aconteceu nesse primeiro semestre que eu simplesmente parei de ler. No começo a desculpa era a ressaca pós Uma Vida Pequena, que com suas mais de 700 páginas de sofrimento quase sádico passou por cima de mim e fez estrago. É muita desgraça, muita tristeza e muita violência numa história que acaba sem redenção alguma. Se existe algum suspiro de alívio no fim é por saber que a tragédia final pelo menos vai garantir que alguns personagens não sofram MAIS, já que o fôlego do livro mostra que Hanya Yanagihara, a autora, poderia continuar aquilo por anos.
Paradoxalmente, é uma narrativa tão boa e estranhamente confortável, com uma história de amizade e laços entre personagens apaixonantes, que no fim o que demorou a sair de mim foi a atmosfera do livro e como gostei de passar meu tempo com ele no quarto ouvindo Laura Marling, pensando em Jude e Willem. Não queria ler mais nada depois não por estar traumatizada, mas porque queria continuar ali, e nenhum livro me engoliu gostoso como aquele. Eu nunca disse que não gostava de histórias horríveis.
Nesses dois meses (!) que se seguiram, comecei e larguei um monte de livros até conseguir aceitar que não estava com muita vontade de ler nada naquele momento e... tudo bem. Tenho essa sensação que nessa bolha que vivemos de gente dos livros a leitura ocupa um espaço tão enorme na nossa vida -- mais a ideia da leitura do que o ato em si -- que períodos sem livros parecem uma coisa pela qual a gente deve sempre se justificar ou, pior ainda, se desculpar, o que é uma enorme bobagem porque, bom, ninguém se importa. Foi só quando Luna Clara & Apolo Onze chegou em casa de uma troca no Skoob e foi devorado como se fosse pão com manteiga derretendo no meio da tarde que eu lembrei que olha só, eu ainda gosto de ler e resolvi correr atrás do prejuízo dos últimos meses.
***
Em abril, naquela viagem para São Paulo, ganhei As Intermitências da Morte, do José Saramago, de presente da minha amiga Analu. A leitura não foi muito além do avião para Uberlândia na viagem de volta, mas terminei de lê-lo recentemente e foi como voltar exatamente para o meu estado mental do início do ano. Ela disse que quando leu meu texto sobre Confissões do Crematório lá no Valkirias só pensava em como ele poderia ser perfeitamente complementado com o contraponto do Saramago, que escreve a história de um país inventado em que o ano vira e a partir do dia seguinte ninguém morreu mais. "No dia seguinte ninguém morreu.", é assim que ele começa, indo direto para a minha lista de inícios favoritos.
O facto, por absolutamente contrário às normas da vida, causou nos espíritos uma perturbação enorme, efeito em todos os aspectos justificado, basta que nos lembremos de que não havia notícia nos quarenta volumes da história universal, nem ao menos um caso para amostra, de ter alguma vez ocorrido fenómeno semelhante, passar-se um dia completo, com todas as suas pródigas vinte e quatro horas, contadas entre diurnas e nocturnas, matutinas e vespertinas, sem que tivesse sucedido um falecimento por doença, uma queda mortal, um suicídio levado a bom fim, nada de nada, pela palavra nada.
Nada me tira da cabeça que o Saramago começou a escrever esse livro de zoeira, meio que uma fanfic sobre o que aconteceria se a morte achasse coisa melhor pra fazer do que acabar com a nossa vida. Quando se é gênio, a brincadeira dá nisso. Numa conversa com a Clara, ela me disse uma vez que acreditava que arte era sobre explorar limites, e mesmo sendo muito, muito debochado, é isso que As Intermitências da Morte faz ao explorar nosso primeiro (ou último) limite, que é o da morte. No livro, essa greve da morte curiosamente atinge só os humanos, e depois ficamos sabendo que na burocracia da mortalidade existe uma entidade diferente para cuidar da fauna e flora do que aquela que lida com os humanos. Faz sentido: somos nós a única espécie que tem consciência da própria mortalidade e isso muda tudo. Nossa morte não é a mesma das plantas e dos outros animais.
Não foram necessárias muitas páginas pra que eu entendesse por que a Analu queria tanto que eu lesse o livro (nós temos esse acordo que, todo ano, uma tem direito a escolher um livro que a outra TEM que ler, e esse foi o meu), já que poucos meses antes fiquei completamente obcecada por Confissões do Crematório, do qual até já falei bastante por aqui. Ainda no prólogo, a Caitlin Doughty escreve que a morte guia todos os impulsos criativos e destrutivos que temos como seres humanos, e essa foi uma coisa que nunca saiu da minha cabeça e que As Intermitências aborda de forma brilhante. O livro vai mostrar a enorme crise que se dá naquele país quando a morte para de funcionar. Existem as questões práticas, como o excesso de gente e a quantidade de moribundos saindo pelos tubos dos hospitais, afinal as pessoas pararam de morrer, mas continuaram adoecendo, envelhecendo, e sofrendo acidentes horríveis. Existem, também, as indústrias que dependem da morte e de repente se viram na famosa situação chata, como a indústria funerária, que não tinha mais mortos para enterrar e maquiar, e também a dos seguros, já que não fazia mais sentido assegurar alguém de algo que não iria acontecer. E aí existiam certas indústrias que acabaram se beneficiando das daquelas desgraças, como a máphia (sic), sempre pronta para fazer fortuna dos nossos bueiros sociais, que logo deu um jeito de bolar um esquema para atravessar pessoas em situação de quase-morte pra morrer em paz para além da fronteira, em supostos suicídios que contavam com a vista grossa do governo e do exército.
Mas como lidar com questões práticas nunca foi o meu forte, a parte que mais gostei é quando o Saramago fala da enorme crise existencial que se deu nas religiões organizadas e também na filosofia a partir do momento em que as pessoas pararam de morrer, dois ramos, digamos assim, que só existem, no fundo, porque somos atormentados o tempo inteiro pela consciência da nossa mortalidade e precisamos de algo maior que justifique essa palhaçada toda. A morte guia todos os impulsos criativos e destrutivos que temos como seres humanos.
As religiões, todas elas, por mais voltas que lhes dermos, não têm outra justificação para existir que não seja a morte, precisam dela como do pão para a boca. Os delegados das religiões nem se deram ao incômodo de protestar. Pelo contrário, um deles, conceituado integrante do setor católico, disse, Tem razão, senhor filósofo, é para isso mesmo que nós existimos, para que as pessoas levem toda a vida com o medo pendurado ao pescoço e, chegada a sua hora, acolham a morte como uma libertação, O paraíso, Paraíso ou inferno, ou cousa nenhuma, o que se passe depois da morte importa-nos muito menos que o que geralmente se crê, a religião, senhor filósofo, é um assunto da terra, não tem nada a ver com o céu, Não foi o que nos habituaram a ouvir, Algo teríamos que dizer para tornar atrativa a mercadoria. (...) O mais velho dos pessimistas deixou um vago e suave sorriso se lhe espalhasse na cara e mostrou o ar de quem tinha acabado de ver coroada em êxito uma difícil experiência de laboratório.
Ano passado, fiquei quase três meses desempregada. É pouco tempo se colocado em perspectiva, mas quem já esteve nessa situação sabe como cada dia é uma pequena eternidade ocasional confinada em si mesma. Meu desemprego não foi no susto, foi algo que sabia que aconteceria depois do fim da faculdade e depois do fim de todos os projetos em que me envolvi a partir de então, um atrás do outro, todos com data pra acabar, até que não tinha mais nada na frente além de um grande vazio. Me dei os primeiros 15 dias de férias para fazer nada, viajar e curtir, mas lembro que nas semanas que antecederam aquele ócio, atolada até as tampas de compromissos, eu fazia PLANOS para o desemprego e sonhava com esses das cheios de nadas.
Eu ia terminar Mad Men e ver todas as séries do mundo, inclusive The Sopranos. Eu ia ler milhões de livros. Eu não só ia terminar meu curso de francês como ia tirar o certificado de proficiência na língua, além de concluir todos aqueles cursos à distância que passei a faculdade inteira começando pra abandonar depois da primeira semana. Eu queria fazer tanta coisa, mas esse tempo acabou sendo o período menos produtivo de toda a minha vida. Meu único feito foi aplicar o método da Marie Kondo no meu armário, mas isso só aconteceu porque minha mãe teve 15 dias de férias e tomou a iniciativa. Os dias livres do desemprego não são como dias de folga, férias ou fins de semana, você não consegue se regozijar com aquele tempo pra fazer o que quiser e tampouco tem energia pra preencher aqueles dias com compromissos inventados tipo um curso à distância que ninguém realmente liga se você vai concluir ou não. Com certeza tem gente que lidou com isso melhor que eu, mas cada dia que eu conseguia fazer alguma coisa que não ficar em casa vendo o tempo passar era uma vitória e ao mesmo tempo um desgaste tão grande que eu sentia que precisaria de vários dias pra me recuperar daquele esforço de quebra da inércia.
Conversando com várias amigas que estão ou já estiveram nessa situação, descobri que existe um fenômeno muito comum no desemprego que é uma perda de energia assustadora, e ninguém fala abertamente sobre isso porque as pessoas podem confundir com preguiça, e o grande pavor de todo desempregado (pelo menos o meu era) é passar por preguiçoso. Mas a verdade é que a gente não consegue fazer muita coisa com esse tempo livre porque a perspectiva de vários nadas tira todos os nossos impulsos, e aí aqueles três currículos que você enviou de manhã acabam com esse ânimo pelo resto do dia, se não da semana inteira, e fazer tarefas simples te consome de um jeito bizarro -- logo você, que era acostumada a uma jornada de 12 horas fora de casa e ainda via os amigos durante a semana, assistia um episódio de Mad Men antes de dormir ou lia 50 páginas daquele livro.
Na maior parte dos meus dias desempregada eu passei a manhã e a tarde inteira falando que "mais tarde" iria começar a fazer algo importante e útil, até que começava o Vale a Pena Ver de Novo e eu aceitava que o dia ficaria por aquilo mesmo e passava as coisas úteis para amanhã, já que amanhã era mais um dia sem nada pra fazer e não faria diferença nenhuma começar hoje, amanhã, ou depois de amanhã.
Não sabemos se acabou, sabemos apenas que deixou de matar, não é o mesmo, De acordo, mas, uma vez que essa dúvida não está resolvida, mantenho a pergunta, Porque se os seres humanos não morressem tudo passaria a ser permitido, E isso seria mau, perguntou o filósofo velho, Tanto quanto não permitir nada.
Para mim, a ideia de uma vida eterna é como uma dessas longas tardes do desemprego, esvaziadas de energia e ânimo pelo excesso de tempo livre sem perspectiva alguma de mudança. Foi essa a minha experiência, pelo menos. A morte guia todos os nossos impulsos porque coloca tudo sob uma perspectiva impossível de ignorar, que é a do fim. Tudo o que fazemos é ou pra esquecer que vamos todos morrer mesmo ou porque sabemos que a morte é certa, então é preciso fazer algo que valha a pena com o tempo que temos, ou ainda porque acreditamos ser possível viver pra sempre através de algo que não seja nosso corpo. Chega a ser bonitinho observar a gente de longe.
Saber que vamos morrer é uma sina e uma benção, e a parte boa é saber desde o início que no fim vamos todos morrer um dia e não tem absolutamente nada que a gente possa fazer com relação a isso uma vez que, quando esse peso é retirado, quem sabe o que a vida pode reservar?
Isso não faz que vocês se sintam melhores, mais leves? Não? Nem eu, não sempre, mas a gente segue tentando. Mas depois de ler Saramago sei de uma coisa: o mundo seria muito pior se ninguém morresse mais.
Para quê, Para quê, não sei, Então porquê, Porque a filosofia precisa tanto da morte como as religiões, se filosofamos é por saber que morremos, monsieur de montaigne já tinha dito que filosofar é aprender a morrer.
Outros dois livros incríveis que com certeza foram escritos na zoeira
Enclausurado, do Ian McEwan
Carry On, da Rainbow Rowell
Outros livros que comecei, larguei, e terminei de ler agora
Outros jeitos de usar a boca, da Rupi Kaur (de todas as poetas contemporâneas que li recentemente, foi a que menos me cativou, mas o livro tem seus momentos);
Para educar crianças feministas, da Chimamanda Ngozi Adichie (deveria se chamar para educar pessoas feministas, ponto, porque é cheio de lições que sempre precisamos a aprender e relembrar, nesse exercício constante e infinito que é o da desconstrução);
Almost adulting, da Arden Rose (eu também odiaria millennials depois desse livro);
Ao vivo em Goiânia - Quatro contos de patroa, da Seane Melo (A Seane é a melhor escritora de contos eróticos que eu respeito e publicou seu primeiro livro, com histórias baseadas em letras do feminejo (Show Completo foi sugestão dessazinha que vos escreve beijos e obrigada) e dedicatória especial para minhas soul sisters Maiara e Maraísa. Esse livro é um presente que todo mundo deve se dar, porque são histórias curtas, e sexies (sexys?) (sexy?), e muito naturais e engraçadas. Prestigiem!)
Livros que estou lendo, porque agora sou uma pessoa que lê vários livros ao mesmo tempo
CTRL ALT DEL - How I grew up online, da Emma Gannon;
Mas você vai sozinha?, da Gaía Passarelli;
Twin Peaks - Arquivos e Memórias, do Brad Dukes;
The first collection of criticism by a living female rock critic, da Jessica Hopper;
Livro que queria estar lendo porque não aguento mais ser a única mulher do meu círculo social a não estar vivendo a Ferrante Fever
História do novo sobrenome, da Elena Ferrante;
Disco da Semana
Together At Last (Jeff Tweedy): Estou ficando um pouco mimada com os lançamentos desse ano, com todos os meus artistas favoritos lançando coisas novas em sequência. O que vai ser de mim quando tiver que passar ANOS sem um disco pra aguardar, sem uma novidade pra dar sentido pra minha semana? #DRAMAS #REAIS Bom, é o terceiro ano seguido que temos um álbum novo direto da Wilcolândia e agora foi a vez do Jeff Tweedy, meu sogro gente-boa-fofo-mau-humorado lançar uma pequena coletânea com sucessos antigos do Wilco em versão acústica. É um trabalho que não vai mudar a vida de ninguém, mas como colocou essa crítica de um jeito lindo, ele soa como um álbum de fotos para fãs do Wilco, da maneira como ver fotos antigas só importa mesmo para quem conhece aquelas pessoas e/ou viveu aqueles momentos, uma graça em contar histórias antigas que a gente justifica como "mas na hora foi engraçado" pra quem não entende o apelo. Wilco pra mim é sinônimo de casa, é pra onde eu sempre volto, é o que quero ouvir domingo de manhã e no final de um dia muito difícil ou muito bom. O disco do Jeff é um abracinho profundamente meu, então não me peçam pra não ficar feliz com a existência de algo assim.
Músicas favoritas: Laminated Cat, I Am Trying To Break Your Heart, In a Future Age, Ashes of American Flags, Via Chicago
+ Semana passada rolou o Solid Sound, o festival que é tipo a Disney pra fãs do Wilco, e eu jurei que teria algum respeito próprio e não me envolveria em nada (principalmente porque semana passada rolou também o Glastonbury e eu posso ou não ter chorado assistindo o show do Radiohead), mas um dos shows foi transmitido pela rádio do evento e é claro que sábado de madrugada eu estava deitada no escuro chorando enquanto eles tocavam Shouldn't Be Ashamed. Se você é esse tipo de pessoa, dá pra ouvir o show do outro dia, em que o Being There e o YHF foram tocados na íntegra. I can't even--
++ Jeff de trancinhas tocando Laminated Cat *insira dez emojis heart-eyes aqui*
Links, links, links
- Escrevi sobre a segunda temporada de Master of None pro Valkirias;
- A Paloma comentou esses dias que tudo que ela anda escrevendo é meta-escrita, como se isso fosse ruim, mas no caso dela acaba gerando textos bonitos demais, que calham de ser também sobre minhas obsessões pessoais (memória e morte), o que é bem oportuno: A Arte de Esquecer e Se Escrevo é Para (Me) Transbordar;
- Dois excelentes textos da Helena Fitzgerald sobre casamento: The White Wedding Dress Industrial Complex (esse texto é realmente impressionante e interessante) e Marriage It's a Reiteration of a Convention, and That's Ok;
- Just Give It 7 Seconds: vivi um episódio de ressaca moral recentemente e esse texto foi a melhor coisa que me aconteceu - se dê 7 segundos pra ficar mortificada e sentir vergonha, e então SIGA EM FRENTE;
- A falsa liberdade sexual: vídeo da Hel Mother com a Louie Ponto que foi terapêutico pra mim, sobre como falar em liberdade sexual para as mulheres é mais complexo do que discurso meu corpo, minhas regras, principalmente em relações heterossexuais;
- Eu acho muito bonito e corajoso quando pessoas públicas quebram a quarta parede pra falar sobre seus processos de crescimento pessoal e desconstrução, principalmente gente da internet, porque a internet é muito hostil e nunca esquece dos nossos erros. Gosto bastante da Rayza Nicácio e esses dois vídeos sobre se descobrir negra e passar por um divórcio sendo cristã me fizeram achar ela ainda mais incrível;
- Uma thread no Twitter que é simplesmente: Harry Styles as movie concepts;
- Preciosidade da semana: o Aziz Ansari fez um recap de todos os episódios da segunda temporada de Master of None pro Vulture e eu amo demais esse homem;
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui. Tivemos uma nova leva de assinantes novos, dessa vez graças à gentil indicação da Letícia da sempre ótima femrecs., então para quem chegou agora seja bem-vindo a nossa mesinha do recreio, sempre com uma mensagem de amor e morte direto na sua caixa de entrada. Gostaria de aproveitar o momento para oficializar que para todos os efeitos essa newsletter agora é quinzenal, assim consigo mais tempo & disposição para organizar o conteúdo e de quebra o sonho de conseguir enviar uma edição toda segunda de manhã se torna mais tangível, com menos cara de um domingo em que fui dormir às duas da manhã fazendo tudo de última hora. Não sei vocês, esse tipo de regularidade me dá uma paz no coração. Vamos tentando.
Para quem estava sentindo falta dos animais, hoje deixo vocês com a sacolada de cães no metrô de NY: a cidade baniu os animais no metrô, a menos que eles estejam acomodados em sacolas, e isso aparentemente não foi um problema:
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
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