Hello stranger, como vai você?
Todas as minhas amigas estão obcecadas pela Elena Ferrante. É uma febre -- inclusive chamada oficialmente como tal, a famigerada #FerranteFever -- que começou há dois anos, com a publicação do primeiro volume da Tetralogia Napolitana por aqui. Li A Amiga Genial no recesso de fim de ano entre 2015 e 2016 e esperei ansiosa pelo lançamento do segundo, que aconteceu na Flip do ano passado.
Não sei se vocês lembram, mas a Flip do ano passado teve dois lançamentos de grande destaque: os livros novos da Ferrante e do Knausgard. Minha impressão é que todas as pessoas ao meu redor estavam lendo esses autores e falando obsessivamente sobre eles. Sei que vivo numa bolha privilegiada de gente dos livros, formada por gente do mercado editorial, que trabalha com isso, vive disso, tem projetos pessoais relacionados a isso, que escrevem e fazem vídeos sobre isso; pessoas para quem a literatura é uma parte significativa da vida, seja como entretenimento ou trabalho ou os dois. Essa bolha não é um recorte verossímil da realidade, nem de longe, mas mesmo dentro dela, nesse meio desconstruidão, consegui notar um pequeno abismo: via mulheres e homens doidos pelo Knausgard, mas só as mulheres ficaram completamente doidas pela Ferrante.
Faz sentido, claro. Os livros dela tocam de maneira profunda em aspectos da experiência feminina de um jeito que é muito específico, denso e raro, e isso nos faz refletir, falar e pensar bastante sobre quem somos e nosso lugar no mundo a partir da vida dessas personagens. É daí também que vem a febre: tenho a impressão que ler Elena Ferrante é necessariamente uma experiência coletiva, porque sua literatura é muito sobre reconhecimento, pro bem e pro mal. Um reconhecimento que vem para quem passou muito tempo e muitos livros não se reconhecendo, então a gente quer gritar "eu também!!!", quer saber o que a outra sentiu, quer dissecar essas impressões e sentimentos, quer amar e xingar junto, quer descobrir se é mais Lenu ou Lila na vida só pra depois concluir que é as duas ao mesmo tempo, a intensidade varia com o dia ou com a época. Acredito que mesmo quem tenha lido os livros sozinha, sem participar de conversas e encontros temáticos, não estava realmente sozinha, mas sim na companhia de si mesma, sentindo a presença palpável da própria história e dos próprios sentimentos.
Antes que revelassem à força a identidade da escritora por trás do pseudônimo, tinha gente que só faltava botar um ovo para saber quem ela era, e um dos nomes mais cotados era o de um escritor italiano, Domenico Starnone. Quem levou a suposição a sério ou é homem ou não chegou a ler nada dela porque, como eu disse, o apelo dos seus livros está na forma precisa como ela trata de sensações e experiências muito femininas, que estão longe de ser universais. É um lugar que os homens não conseguem acessar -- nem para escrever e nem para partilhar da experiência -- e que muitas mulheres não tinham acessado antes de ler certos livros. Numa entrevista ao El País, a autora disse o seguinte:
As mulheres escrevem muito, e não tanto por profissão, mas por necessidade. Recorrem à escrita sobretudo em momentos de crise, e o fazem para se explicarem a si mesmas. Há muitas coisas de nós que não foram contadas até o fundo ou que simplesmente não foram contadas, e acabamos descobrindo isso quando a vida de cada dia se turva e sentimos necessidade de pôr ordem.
Sempre li bastante e fui uma adolescente pedante que queria desbravar o cânone e ler os melhores livros de todos. O que eu não sabia é que a ideia do que é cânone, do que é clássico, do que faz um livro ser considerado o melhor de todos, passa por recortes que têm a ver com a forma como a nossa sociedade está estruturada, com o que ela valoriza, o que faz com que esse cânone seja formado por histórias escritas por e sobre homens. Não estou dizendo que são livros ruins ou que não gosto deles, mas faltava essa outra dimensão da experiência vivida e compartilhada, faltava o famoso reconhecimento. Lembro que sempre que me deparava com a questão do personagem literário com que mais me identificava minha resposta nunca era imediata, tinha que forçar um pouco a barra. Eu amava aqueles livros, mas não me via neles. Isso é normal?, eu me perguntava enquanto sucumbia ao clichê de responder que era a Lizzie Bennet de Orgulho e Preconceito, porque lógico. Jane Austen foi por muito tempo a única autora que li que escrevia sobre mulheres.
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Recentemente reencontrei num blog secreto protegido por senha os primeiros textos de um projeto de ficção que comecei com algumas amigas em 2013. Eu gostava bastante do meu personagem, um engenheiro que acabara de ficar viúvo do grande amor da sua vida (porque é claro que eu ia escrever um herói romântico e sofrido demais) e mesmo que o projeto tivesse sido abandonado gostava de pensar que um dia poderia continuar a história do Tom e da Alice. Juro que por quatro anos achei que esse rascunho de personagem era uma das melhores coisas que eu já tinha escrito, então imagine só você o tamanho do tombo quando reli tudo e percebi que era uma bosta.
Para ser um pouco menos dura comigo mesma, vou dizer que alguns trechos eram mesmo bons, inspirados, um texto ajeitadinho em termos de forma, mas a essência da coisa era completamente cagada. Porque através do olhar do Tom, eu estava construindo uma Alice que não tinha vida própria alguma para além de ser objeto de desejo, uma mulher engraçada e cheia de quirks que morreu muito nova e de repente pra ensinar uma espécie de lição que ainda não sei qual era pro seu marido barbudo. A forma como ele a descreve é carregada de um male gaze que, juro, me deu vergonha pensar que eu tinha escrito todas aquelas coisas. Mesmo depois de quatro anos ainda sabia dizer várias coisas sobre quem era esse Tom que eu tinha criado, mas não sabia nada a respeito da Alice que não estivesse ligado a ele. A história que escrevi era uma história que eu odiaria ler.
Estou há mais de um ano no Valkirias escrevendo críticas feministas, acredito que tenho um olhar cada dia mais treinado para identificar esses furos, de um jeito que às vezes é insuportável porque depois que você enxerga certas coisas, é impossível desvê-las. Na época eu tinha 19 anos e não sabia nada sobre isso, mas, principalmente, nunca tinha lido nada muito diferente daquilo que escrevi e como qualquer escritora iniciante eu estava copiando minhas referências até encontrar minha própria voz. O problema é que todas as minhas referências eram homens e eu tinha aprendido a olhar e escrever sobre o mundo a partir do olhar deles, que não é lá tão universal.
Nós enfrentamos gigantes. A tradição literária masculina é milenar, sumamente rica com obras extraordinárias, e tem sua própria forma de abordar todas as possibilidades. Quem quiser escrever precisa conhecer essa tradição a fundo e tem de aprender a repensá-la, forçando-a conforme suas necessidades. Como mulheres, a matéria bruta de nossa experiência exige antes de tudo capacidade. Além do mais, temos de combater a apreensão e buscar uma genealogia literária própria com descaramento, até com soberba.
(Ainda da entrevista com a Elena Ferrante)
A principal coisa que mudou de 2013 pra cá não foi simplesmente ter me aproximado do feminismo, mas foi ter me aproximado do trabalho de mulheres por causa do feminismo. De repente estava lendo mais e mais mulheres (e vendo filmes sobre mulheres, ouvindo músicas de mulheres, vendo séries feitas por e sobre mulheres), um movimento que aconteceu gradual e naturalmente, porque esse reconhecimento é mágico. Muda nossa vida, nossa cabeça, nossa percepção sobre as coisas. É outro caminho sem volta. Não estou exagerando quando digo que alguns livros, filmes, músicas e séries mudaram a minha vida, uma vez que eles me permitiram acessar aspectos de mim que até então estavam restritos, limitados, coisas que eu não sabia que estavam ali ou nunca tinha dado a devida atenção porque não sabia nomeá-las, não tinha por onde validá-las.
Se antes tinha dificuldade em encontrar um personagem pra realmente me identificar nos livros que lia, ler Sylvia Plath me ofereceu uma identificação tão forte que era um alívio (oba, não estou sozinha!) e ao mesmo tempo um sufoco (fudeu, essa mulher me entende e ela é completamente DOIDA). A mesma coisa aconteceu com Fangirl, da Rainbow Rowell. Esses dois livros me marcaram muito porque foram lidos mais ou menos na mesma época e porque foram os primeiros que ofereceram essa experiência catártica de reconhecimento e compreensão, que sei que tocaram tão fundo e tão forte porque foram escritos por mulheres que viveram e sentiram tudo aquilo também. Eles falam sobre coisas complicadas e desagradáveis que não conseguia lidar sozinha, e esse confronto foi essencial para o amadurecimento da pessoa que sou hoje.
É fácil e confortável se enxergar na Lizzie Bennet ou na Hermione Granger, mas Elena Greco e Lila Cerullo estão em um patamar diferente, mais complexo. Não quero dizer que uma é melhor ou pior que a outra, mas essas mulheres difíceis são personagens preciosas porque nos colocam em contato com as coisas mais cabeludas e complicadas da nossa humanidade, um aspecto da humanidade necessariamente recortado pelo fato de sermos mulheres. De novo, isso é algo que a Elena Ferrante consegue capturar muito bem e ao qual nós, mulheres, nos agarramos, celebramos e discorremos incansavelmente porque muda nossa vida, é algo que sempre nos faltou, um aspecto da experiência que é meio inacessível aos homens porque não é sobre eles, não é pra ser, mas serve de alguma coisa. Eu queria que eles pelo menos tentassem -- para serem melhores, mais empáticos, menos egoístas e autocentrados -- mas parece que não tem ninguém realmente interessado.
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Estou relendo O Segundo Sexo bem aos pouquinhos, minuciosamente, depois de ter feito uma super leitura dinâmica do livro para escrever minha monografia. A coisa mais impressionante é a sensação de que ela está falando coisas que eu sempre soube, sempre senti, mas nunca articulei em palavras porque simplesmente nunca tinha pensado nelas como uma Coisa, só achava que viver era assim mesmo.
Uma dessas epifanias surge ainda na introdução e toda vez que releio ela me parece ridiculamente óbvia, mas nunca consigo escapar da sensação de ter o cérebro expandido numa dimensão extraordinária do entendimento das Coisas Como Elas São. Spoiler: elas são deprimentes.
Um homem não teria a ideia de escrever um livro sobre a situação singular que ocupam os machos na humanidade. Se quero definir-me, sou obrigada inicialmente a declarar: sou uma mulher. Essa verdade constitui o fundo sobre o qual se erguerá qualquer outra afirmação. Um homem não começa nunca por se apresentar como um indivíduo de determinado sexo: que seja homem é evidente. (...) O homem representa a um tempo o positivo e o neutro, a ponto de dizermos "os homens" para designar os seres humanos (...) A mulher aparece como o negativo, de modo que toda determinação lhe é imputada como limitação, sem reciprocidade.
Um homem não escreveria um livro sobre a singularidade de ser homem porque para eles ser homem é simplesmente ser humano. Eles que organizaram a sociedade, escreveram a história, criaram as religiões, é natural que todos os livros, todos os filmes, todas as músicas sejam sobre eles sem necessidade de diferenciação. Eu passei anos da minha vida lendo apenas sobre homens sem parar pra pensar no significado disso na minha visão de mundo e falar em arte parece algo menor quando pensamos na dimensão do patriarcado como um todo, mas é através da arte que nós representamos o mundo, e é através dessas representações que pensamos e agimos sobre ele, especialmente em relação a realidades que estão distantes de nós. Mesmo eu, uma mulher, quando me aventurei a escrever sobre um relacionamento entre um homem e uma mulher, escrevi uma personagem feminina sem qualquer subjetividade ou vida própria. Seria genial se fosse de propósito, uma vez que o foco narrativo estava no marido viúvo, mas era só como meu olhar tinha sido educado a partir dos livros e filmes que eu consumia.
Fiquei pensando sobre esse princípio tão básico da discussão sobre gênero proposta pela Simone de Beauvoir quando reparei que nenhum dos homens que eu conhecia estava lendo Elena Ferrante, mesmo os mais desconstruidões dessa bolha de gente de humanas na qual habito. Alguns se mostram interessados, juram que querem ler, mas não é nem de longe uma prioridade como foi na vida de várias amigas que viraram noites e leram as quase duas mil páginas da tetralogia em menos de um mês.
Meu primo Pedro passou a última semana aqui em Uberlândia comigo, e ele é uma das melhores pessoas que eu conheço, minha referência de referências porque me apresentou a um monte de coisas que também mudaram a minha vida. A primeira vez que li Harry Potter foi literalmente junto com ele, dividindo o mesmo exemplar, foi ele que gravou o Revolver pra eu ouvir quando achava que Beatles era só I Wanna Hold Your Hand. Foi na casa dele que ouvi Wilco pela primeira vez, nós vimos juntos os filmes do Kubrick, do David Lynch e o show do Radiohead.
Fazia tempo que não passávamos tanto tempo juntos, com tempo de verdade pra realmente conversar do jeito que conversávamos na adolescência, e fiquei meio triste quando percebi um certo distanciamento de referências entre a gente. Porque ele tinha ouvido falar da Elena Ferrante, claro, mas nem sabia do que se tratava a tetralogia. Ele adora o Kendrick Lamar, mas ainda não parou pra ouvir o Lemonade. Nós vimos juntos a entrevista de uma escritora no jornal e quando acabou ele disse "Nossa, que coisa incrível, você conhece ela?" e era a Chimamanda -- uma referência tão presente na minha vida que parece formal demais escrever seu nome completo. Sei que ninguém é obrigado a saber tudo e conhecer tudo, mas não me parece coincidência que todos esses gaps estejam ligados a trabalhos de mulheres sobre mulheres. A mulher aparece como o negativo, de modo que toda determinação lhe é imputada como limitação, sem reciprocidade.
Tudo que a gente faz sempre vai cair dentro de um nicho. Literatura de mulher, filmes de mulher, séries de mulher, música de mulher; um nicho que sempre vai ser excludente. Hoje um amigo me disse que achava o Valkirias legal, mas nunca tinha curtido a página (É PRA CURTIR NOSSA PÁGINA, ESTOU ANOTANDO OS NOMES) nem se engajado muito porque era um site "para meninas". Ele não disse isso pejorativamente, mas como algo que não lhe dizia respeito, e esse argumento me atormenta há um tempo enquanto Produtora de Conteúdo (tm). Porque eu edito um site de cultura pop que é feito exclusivamente por mulheres, com um olhar feminino e feminista, que destaca o trabalho de mulheres. Nosso público principal é de mulheres, e é para elas, para nós, que fazemos o site, e eu jamais colocaria isso sob questão, mas me incomoda que esse posicionamento limite tanto a nossa audiência. Me incomoda pensar que se um dia eu escrever um livro ele vai ser menos lido até mesmo dentro da minha própria bolha porque eu sou mulher e escrevo sobre isso.
O drama da mulher é esse conflito entre a reivindicação fundamental de todo sujeito se se põe sempre como essencial e as exigências de uma situação que a constitui como inessencial.
Esse abismo me perturba ainda mais quando lembro que sou mulher, mas sou uma mulher branca de olho claro, heterossexual e de classe média; se existe uma cadeia alimentar das opressões eu provavelmente estou no topo e existe também um abismo entre minhas experiências, referências e percepções e a de outras mulheres. Sobre a Flip desse ano, a Stephie Borges escreveu o seguinte:
Talvez as pessoas brancas não entendam o que é para uma mulher negra ter a oportunidade de se reconhecer em mesas e palcos falando sobre suas produções, suas obras, as questões da vida que desejam investigar e explorar na ficção, na academia, na poesia. São décadas de má representação. (...) É uma questão de imaginário, de possibilidades. Se uma menina negra nunca viu uma cientista igual a ela, uma professora universitária, uma dentista, uma médica - como ela pode cogitar essas opções para si e perseguí-las? Se as histórias são sempre contadas de uma perspectiva de pobreza, violência e superação, como outras pessoas saberão que estamos pesquisando, aprendendo, tentando criar brechas para combater a desigualdade?
Sei que se o site fosse menos feminino na essência e na aparência, mantendo o mesmo conteúdo, as coisas seriam um pouco diferentes, mas acho que esse posicionamento claro é importante na ocupação desse espaço. Passei muitos anos tentando me adequar, me adaptar, ser menos eu e mais universal (kkk) e sei que só me encontrei de verdade quando mandei tudo isso às favas e fui fazer o que eu acreditava. Quando penso que é arrogância pensar assim, lembro da frase da Ferrante: temos de combater a apreensão e buscar uma genealogia literária própria com descaramento, até com soberba.
Gostaria que mais homens lessem o site e tivessem acesso a esses pontos de vista diferentes, a esses trabalhos que não ganham espaço, a essas experiências que são tão diferentes das deles, criados num mundo que o ensinou que sua experiência era universal. Gostaria que mais homens estivessem lendo Elena Ferrante, Chimamanda Ngozi Adichie e ouvindo Beyoncé. Queria dizer que essa omissão é exclusivamente problema deles, que eles é que estão perdendo afinal somos muito ótimas (e somos mesmo), mas a compreensão da experiência feminina que esses trabalhos trazem são importantes para nos aproximar enquanto seres humanos numa sociedade que sempre nos negou essa condição de sujeito.
Estamos mudando nosso pequeno mundo, mas o mundo é tão grande. Ainda não é o suficiente. Até lá, vamos fazendo: hoje comecei a ler Dias de Abandono, da Elena Ferrante. Eu e mais seis amigas. ¯\_(ツ)_/¯
Disco da Semana
Chico (Chico Buarque): Pra vocês não dizerem que sou misândrica, deixo aqui meu amor pelo Chico Buarque. Assim como Jesus, Game of Thrones e filmes de super-herói, o Chico é tudo de bom, o que estraga é o fandom (do qual já fiz parte, então posso falar). É tanta gente falando PORQUE O CHICO É O ÚNICO QUE ENTENDE A ALMA FEMININA que peguei um enjoamento de anos, mas aí ele anunciou disco novo, música nova, clipe novo, e pronto, lembrei que amo esse homem lindo. Pouca gente deu bola pra esse disco, e é verdade que ele não é políticOoOoO como os outros, mas é um trabalho bem bonito sobre envelhecer e continuar vivendo. Li Leite Derramado na mesma época em que ele foi lançado e recomendo a experiência.
Músicas favoritas: todas, mas principalmente Essa Pequena, Tipo Um Baião ("mas você tipo me adora assim meio mané por fora" <3), Se Eu Soubesse, Sem Você Nº 2 e Barafunda.
Links, Links, Links
- A Stephanie e a Taize escreveram textos muito legais sobre a Flip e diversidade, com um apanhado de bons momentos do evento;
- #FerranteFever, a nova Doctor e a força de ocuparmos espaços, na femrecs;
- "Meu desafio é escrever a loucura que é uma mulher viril", entrevista maravilhosa com a Seane Melo no dia da escritora;
- Disciplina pra escrever tem a ver com fazer pão;
- No Dia da Escritora, a Analu e a Karina fizeram uma lista maravilhosa com autoras brasileiras contemporâneas que a gente precisa conhecer lá no Valkirias;
- A Clara inventou a cultura digital e a nossa geração quando escreveu sobre O Terno, a banda do millennial;
- Junto com a Jumed, a Clara também inventou Harry Potter com seu novo podcast sobre a comunidade mágica brasileira que já é absolutamente tudo na minha vida;
- Barbie escreveu sobre sentimentos e Melodrama, fortalecendo o movimento O Ano das Emoções;
- Guia para conversar sobre Game of Thrones sem assistir a série;
- Uma newsletter da Anne T. Donahue que me deu VIDA sobre abraçar nossas partes mais feias, mandar todo mundo se foder e fazer nossas artes (bônus com a participação de uma leitora com o melhor pep talk de todos os tempos);
Sometimes, when I'm about to walk into a stressful situation, I say to myself, "Knock knock, motherfuckers." It's a way of making myself feel powerful like, these people have no idea how amazing I'm about to be and the gift I'm about to give them with my presence. Beware to those who underestimate me! I think it's powerful partially because I'm often the one most likely to underestimate myself. I also say it when I'm feeling really badass anyway because look out world, here I come! So knock knock, motherfuckers! Don't let anyone underestimate you, especially not yourself because you are about to fuck up some shit like a boss genius.
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui. Meninos, estou PISTOLA hoje, mas ainda amo vocês (só alguns). Estou incomodada com esse assunto faz tempo e ontem quando aquele amigo veio dizer que meu site era de menina eu subi tão rápido nas tamancas que percebi que já estava construindo esse palanque já tinha um tempo. Nada como a RAIVA pra fazer a gente escrever mais de três mil palavras na madrugada de segunda naquela semana meio sem inspiração.
Deixo vocês com uma foto tão bonita que encheu meu coração de um ÓDIO primitivo:
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
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