Hello stranger, como vai você?
Sou uma pessoa que dorme bem. Na verdade, eu durmo muito bem, tanto que nem gosto muito de falar sobre isso com medo de estragar. Por isso, um dos sinais indefectíveis de uma crise de ansiedade se instalando no meu sistema é a falta de sono ou -- o que às vezes chega a ser pior -- o sono ruim.
Há algumas semanas meu sono perfeito virou um sono fragmentado, que me desperta todos os dias no meio da noite pra ficar pelo menos uma hora acordada no escuro olhando pro teto e pensando besteira até conseguir dormir de novo. Nesse tempo consigo pensar em todos os meus prazos (e concluir que não darei conta de nenhum deles), setores da minha vida em que posso estar falhando (todos), em todos os meus objetivos de vida (pra achar todos sem sentido e concluir que mesmo assim eu não daria conta de nada), em todos os meus medos (todos se concretizariam), a preocupação com o vestido de festa que eu precisava levar na lavandaria no dia seguinte cedo andando de mãos dadas com a conclusão de que eu nunca, jamais, terei uma carreira de verdade e que já estraguei todas as oportunidades que me apareceram e não demora muito eu vou MORRER (é ótimo viver na minha cabeça!!!!).
E aí que nesse feriado (sdds), assistindo a entrevistas antigas no programa do Bial (me deixem), caí numa com a Maria Ribeiro e a Laís Bodanzky falando sobre o filme Como Nossos Pais. Maria, minha maior problematic fave da televisão brasileira, disse que estava tão feliz e realizada com sua personagem, o filme e todo o reconhecimento e repercussão positiva que ele tem recebido que pela primeira vez na vida teve insônia de felicidade, de não conseguir dormir por estar achando a vida boa demais e não conseguir -- não querer -- se desligar dela. O reconhecimento bateu na hora porque felizmente também sei como é essa sensação, e semana passada a insônia ansiosa deu uma trégua para que a insônia feliz entrasse em cena.
Lembrei daquele último sábado em São Luís, para onde fui no dia 31 casar uma amiga, a segunda de nós que se casa. É verdade que eu teria aguentado até de manhã naquela festa se deixassem, mas acabei dormindo (sofrendo um desmaio de exaustão é o termo mais apropriado) assim que entrei no ônibus que nos levou pra casa depois do casamento. Entre desmanchar o penteado, desembaraçar o cabelo, tomar banho e remédios para amortecer a ressaca, no meio das conversas no escuro repassando tudo que tinha acontecido, crises de riso por algo que na hora parecia a piada mais engraçada do mundo ("ele é igual o Pimpolho: um cara bem legal, pena que não pode ver mulher"), meu sono foi embora. Não era pelo cabelo molhado, o calor do Maranhão mesmo com ar condicionado, a tensão antecipada da viagem de volta já no dia seguinte ou pelo fato de que estava dividindo uma cama de casal com quatro pessoas, num novelo maravilhoso de pernas enroladas. Eu estava deitada numa nuvem de felicidade, mas não conseguia dormir, me recusava a dormir, porque estava feliz, alucinadamente feliz, achando a vida boa demais.
O sono nem demorou muito a vir (eu disse que era boa nisso), mas fiquei acordada tempo o bastante pra perceber, aos poucos, a respiração de cada uma de nós ficando regular, num ritmo de sono profundo, uma sinfonia adorável de roncos discretos (pois ladies) e ritmados servindo de trilha sonora enquanto eu pensava em algo que a Tary tinha me dito algumas horas antes: "Como pode a gente viver coisas como essa, amiga?", algo que não soube responder na hora e ainda não sei.
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Já escrevi antes sobre como é casar uma amiga e também sobre como alguns encontros são como milagres, por isso não é sobre a mágica que escrevo hoje. O amor, as flores, o champanhe, os abraços, o sol, o mar, os vestidos cor-de-rosa... isso vocês já conhecem, já foi dito e não muda (será que foi isso que Tolstói quis dizer quando escreveu que todas as famílias felizes se parecem?), mas desde essa insônia alegre tenho pensado sobre como reagimos diante da felicidade. Minha família possui um enorme e pesado legado de culpa cristã que numa ocasião tipo estou-no-Maranhão-tomando-o-melhor-banho-de-mar-do-mundo-com-as-amigas-depois-de-um-casamento-perfeito faz com que eu me pergunte se está permitido sentir essa felicidade quando tem tanta coisa ruim acontecendo no mundo.
E como são tempos loucos esses em que vivemos, não demorou pra que eu começasse a pensar se não seria deselegante viver essa felicidade publicamente na internet, postando todas as fotos que tinha vontade e escrevendo sobre isso depois. Eu queria gritar e agradecer pela graça alcançada, me sentia transbordando de uma felicidade que a gente não sente todo dia, daquele tipo que coloca tudo em perspectiva e muda o sentido das coisas, mas não me parecia apropriado falar sobre ela. Foi muito fácil escrever aqueles primeiros parágrafos sobre minha ansiedade (e eles estavam muito maiores no primeiro rascunho desse texto), mas estou há dias tentando colocar em palavras a alegria dos últimos dias.
Quando voltei pra casa, percebi que algumas pessoas estavam irritadas comigo, cortando o assunto ou tentando desesperadamente encontrar algum fio solto naquela alegria para desenrolar uma bad ou só encher o saco mesmo. Algumas pessoas são dementadoras e fazem isso de propósito, mas já percebi que esse é um movimento que às vezes surge como reflexo corretivo. Além do contraste com as coisas terríveis que estão acontecendo (que sempre aconteceram, mas os últimos anos têm caprichado), nossa etiqueta social ensina que não pega bem estar feliz demais.
O que conectou todos os pontos sobre essas coisas que ando pensando foi a entrevista da Lorde no podcast WTF. Ela disse exatamente isso, que felicidade não é algo chique da forma como a tristeza e a dor são fetichizadas na nossa cultura como algo sexy, cheio de uma certa elevação intelectual e até moral. Também é verdade que nossa sociedade é obcecada com uma ideia de felicidade disfarçada de busca por satisfação imediata e negação da dor, mas o nome disso é capitalismo e sociedade de consumo, não felicidade. Em Sexy French Depression, a Rachel Bloom fala especificamente sobre o fetiche da tristeza feminina num clipe em preto e branco cheio de cenários franceses melancólicos e lindos, contrastando com a letra ultra realista sobre o lado da depressão que ninguém quer saber: my bed smells like a tampon. Da mesma forma que a tristeza que as pessoas romantizam não é a tristeza de verdade, a felicidade também não é, e ela é inconveniente assim como uma pessoa deprimida que está há dias sem conseguir lavar o cabelo. A felicidade é ridícula.
Lembro que minha última insônia de felicidade aconteceu depois do show do Wilco. No dia seguinte, acordei com uma ressaca moral sentindo vergonha de mim mesma pela noite anterior, e confesso que até hoje morro de vergonha de todas as pessoas que vi antes, durante e depois daquele evento. Porque eu tremi, eu chorei, eu gritei, eu disse muita besteira, eu estava completamente sem filtro, eu não falava coisa com coisa, eu não conseguia prestar atenção em ninguém. Eu fiquei completamente transtornada de felicidade, sorrindo um sorriso maníaco que nunca é aquele calculado para as fotos, mas o que revela o que sentimos profundamente e quais são as coisas mais importantes para nós, por menores que pareçam para os outros.
A felicidade é essa coisa ridícula que nos faz puxar um trenzinho no meio da pista de dança cantando Não Quero Dinheiro, Só Quero Amar e depois, muito suada, abraçar uma amiga e dizer EU TE AMO PRA CARALHO. Felicidade é cantar All Too Well no karaokê mesmo não tendo voz ou pulmões pra isso. Vocês podem dizer que tudo isso é álcool, não felicidade, mas o álcool serve justamente pra dissolver alguns bloqueios e nos obrigar a dizer e fazer coisas que temos medo ou vergonha de dizer e fazer.
Lorde conta que recebeu manifestações de ódio depois da sua última apresentação no VMA, um troço desproporcional só porque ela estava... feliz. Apesar de estar doente e não poder cantar, ela estava tão feliz de estar ali que subiu no palco e ficou pulando, correndo e dançando, e as pessoas não souberam lidar com isso.
Até ouvir essa entrevista, nunca tinha realmente parado pra pensar sobre o exercício fodido de vulnerabilidade que é demonstrar felicidade. Da mesma forma que é muito difícil admitir que dói, falar sobre o que nos faz felizes, felizes daquele jeito incontido, puro e profundo dá medo porque entrega de bandeja para os outros algo que pode ser usado para nos machucar, é uma entrada direta para o nosso coração. É também escancarar privilégios e fazer a gente se confrontar com nossas culpas e autoestimas vacilantes. É difícil porque quando demonstramos felicidade estamos dizendo que merecemos ser felizes, nem que seja naquele dia, naquele momento, e isso exige coragem. Muitas pessoas (eu inclusa) sentem receio de falar abertamente sobre coisas boas que acontecem em suas vidas com medo de estragar, temendo a carga de energia negativa que isso pode atrair.
Não precisa ser uma felicidade monumental: acho que todo mundo fica meio com vergonha quando deixa escapar aquele sorriso mais gostoso lendo uma mensagem no celular e alguém repara e comenta. É um gesto simples e brutalmente honesto, um dos meus tipos favoritos de sorriso, mas por algum motivo somos levados a sentir vergonha dele.
Falamos muito sobre como a vulnerabilidade é importante tendo em vista o reconhecimento da dor e da tristeza como sentimentos válidos e importantes; sobre nossa dificuldade de pedir ajuda e confiar nos outros e outras coisas que eu e todo mundo que ficou obcecado pelo livro da Amanda Palmer não para de pensar. Brené Brown fez uma pesquisa sobre a vergonha que muitas vezes se esconde por trás desses bloqueios e concluiu que a vergonha é só um tipo mais sofisticado de medo, o medo que temos de nos expor e nos machucar; o medo que temos de acreditar em alguma coisa e depois nos frustrar. Meu mais recente momento eureka foi perceber que toda essa lógica também valia para a felicidade, porque a felicidade sincera é algo que nos deixa tão expostos e em carne viva quanto a tristeza. Felicidade são aqueles momentos em que a gente acredita em algo bom de verdade.
Defino vulnerabilidade como risco emocional, exposição, incerteza. Ela abastece nosso cotidiano. E cheguei a conclusão -- este é meu 12º ano de pesquisa -- que vulnerabilidade é a nossa mais precisa medida de coragem -- ser vulnerável, permitir que nos vejam, ser honesto.
Nessa última viagem, tirei uma foto na praia com minhas amigas e postei no Instagram. Era uma foto minha de biquíni, e acho que nunca tinha postado uma foto de biquíni antes, mas não pensei um segundo antes de publicá-la porque é uma foto tão pura. Nós três de braços abertos, mortas de felizes, tirada num momento em que estávamos literalmente correndo e gritando de braços abertos porque estávamos felizes demais por estar ali. É pra isso que fotos servem, certo? Várias pessoas vieram falar comigo sobre essa foto, mas nenhuma era sobre o momento. Todo mundo falou sobre o meu corpo num sentido supostamente elogioso, mas chamando atenção pro fato da exposição que aquela foto significava. Eu estava aparecendo. Eu estava querendo aparecer. Um amigo veio fazer graça e literalmente disse que eu estava expondo minha figura nas redes sociais. Não era uma crítica direta ou declarada, mas fiquei me sentindo exposta de um jeito ruim, como se a felicidade fosse algo vulgar. Não foi nem pelo corpo, mas o estado da foto calhou de ser a metáfora perfeita pra essa sensação de vergonha.
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No fim de semana anterior ao casamento, minha amiga Carol se formou na faculdade com toda a pompa e circunstância e eu participei de todos os eventos. Enquanto olhava as formandas na fila esperando para fazer sua entrada, agradeci mais uma vez pela minha turma desunida da faculdade que nem cogitou uma formatura tradicional com pompa e circunstância, porque sei que jamais seria capaz de passar por tudo aquilo. Sou uma pessoa ansiosa e introvertida, estar no centro das atenções é um enorme pesadelo pra mim -- motivo pelo qual não dou uma grande festa de aniversário desde os 15 anos (foi surpresa) e passei a semana anterior à minha colação de grau chorando de desespero porque eu só queria que as pessoas me esquecessem e me deixassem num canto, mas eu era a protagonista e não podia ficar no canto.
Apesar disso, sempre tive vontade de ter uma festa de casamento porque é uma festa sobre amor, e eu amo o amor e sou ridícula o suficiente para usar isso como argumento. Contudo, quando vejo amigas próximas se casando e um evento assim se tornando mais tangível, me questiono se eu realmente seria capaz de ser A Noiva (e aqui não estou falando sobre o significado de um casamento e se isso é pra mim, tampouco da possibilidade de convencer alguém a casar comigo e de me convencer a casar com alguém, só do evento em si), se conseguiria superar a mim mesma a esse ponto. Nos seus votos, minha amiga Deyse ofereceu uma luz: "Eu tô contigo porque eu odeio ser o centro das atenções, mas tu me fez sentir vontade de fazer uma festa desse tamanho só pra celebrar o encontro de nós dois."
É verdade que a indústria dos casamentos transformou demonstrações de amor e felicidade em demonstrações de poder. Numa excelente matéria sobre o tema, a Helena Fitzgerald escreveu que "casamentos são testes em que organização e logística medem o tamanho do amor, onde a capacidade de gastar dinheiro demonstra a validade do seu amor." e eu concordo com isso, mas só quem já foi numa festa de casamento (ou formatura, ou aniversário, qualquer coisa) realmente boa, feita com amor e verdade (e felizmente eu já fui em algumas) sabe que o evento não se resume a isso. A própria Helena (que está noiva, vai se casar em breve e talvez eu seja stalker além da conta) encerra a matéria com esse parágrafo perfeito:
There's a discrete emotion that I call "wedding reception." It has to do with the way one gets drunk at open bar, and with the sense one gets at any really good party when the world outside is on pause. It's the comfort of worrying about someone else's relationship, that soapy-water relief that accompanies both gossip and giving advice to a friend. At its best, this is how a wedding is "just a really good party," allowing everyone to cede their own worries and dramas to someone else's story. It's a chance to look at the randomness of two people having found each other and call it an achievement, as if achievements could be either that easy or that pure. It's the desire to invent milestones by which to propel ourselves and one another through life. The wedding reception emotion transforms love into a room with a door and warm light pouring out onto the street. We can fill that room with people and champagne and keep the darkness at bay for a few hours, making our own small feelings a holiday, making a spectacle of ourselves, and making something good out of the harsher reality in which we all live.
Fazer parte do casamento da Deyse com o Francisco foi como entrar por essa porta, nessa sala de iluminação aconchegante, e deixar o resto do mundo no pause. Já faz mais de uma semana e meu mundo ainda não voltou a girar normalmente. Para além do evento, foi a viagem inteira ao lado de pessoas que amo demais e todos os seus pequenos grandes momentos de felicidade absoluta e perfeita que eu estava precisando tanto viver, ou melhor, me permitir viver de forma estridente apesar de tudo, deixando pra lá a necessidade de concluir qualquer história de felicidade com uma concessão negativa introduzida por "apesar de". Fazendo dos pequenos sentimentos um feriado, fazendo um espetáculo de nós mesmos, fazendo algo de bom da difícil realidade em que vivemos.
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Eu pensei em um milhão de jeitos de contar essa história aqui e todos se transformavam em na variação de um mesmo tema pessoal (que descobri ser deprimentemente recorrente graças aos arquivos dessa newsletter) que é: está tudo bem ser feliz. Eu falo muito sobre sentimentos aqui e não tenho muitos pudores em me debruçar sobre as partes mais cabeludas da nossa alma, porque há alguns anos decidi que queria parar de querer ser perfeita para querer ser mais gente, e ser gente muitas vezes é ser uma coisa feia, mas abrir esses esgotos emocionais é um troço revestido de uma suposta nobreza culturalmente sexy, a dor, a tragédia e a tristeza podem ser muito chiques (vocês já viram Mad Men?). Enquanto isso, a felicidade fica de escanteio como algo muito simplório e básico, uma emoção menos inteligente reservada a pessoas inocentes -- inocentes daquele jeito que nosso vício pelo cinismo faz a inocência parecer algo ruim. Como não lembrar da música do finale da segunda temporada de Crazy Ex-Girlfriend e temer ser a Rebecca Bunch da própria vida?
Mas, para usar meu bordão favorito da série, a felicidade também tem muito mais nuances que isso e não é nada simples. Estar feliz surge como um impulso involuntário movido pelas circunstâncias, algo que não podemos controlar de imediato, mas o reconhecimento dela, o desfrute (acho que nunca escrevi essa palavra antes) pleno da felicidade é um gesto, uma escolha, ativa, difícil e corajosa, que mexe com coisas profundas e exige muito de nós nesse relacionamento terrivelmente complicado que é o que temos com nós mesmos. É coragem para acreditar numa coisinha boa e não destruí-la antes que os outros o façam. É coragem de se permitir merecê-la. É a coragem de deixar que os outros entrem.
"Me perdoem guerras distantes, por trazer flores pra casa", é um verso da Szymborska que se tornou quase um bordão pessoal dada a quantidade de vezes que preciso repeti-lo pra mim, mas não quero mais pedir desculpas. Não é certo. Não é justo. Às vezes acontecem umas coisas muito boas comigo que eu nem sei o que fiz para merecer, mas desconfio que a resposta esteja em abrir o coração para recebê-las, acender a luz e chamar pessoas pra dentro.
Há mais de um ano postei aqui um trecho de Exames de Empatia, da Leslie Jamison, falando sobre a importância da vulnerabilidade na hora validar nossas dores. Hoje posto exatamente o mesmo trecho, mas dessa vez pensando em felicidade:
Acho que nossas acusações de clichês oferecem álibis demais a nossos corações fechados, e quero que nossos corações estejam abertos. Foi só o que escrevi. Quero que nossos corações estejam abertos. De verdade.
Brené Brown disse que a empatia era o antídoto para a vergonha, se reconhecer no lugar do outro, algo que só acontece quando nossos corações estão abertos, e isso vale para a tristeza e também para a alegria. Acho que o que eu queria dizer mais de 3000 palavras atrás era isso: vamos ficar felizes uns pelos outros e por nós mesmos e tentar não estragar tudo.
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Disco da Semana
EMOTION (Carly Rae Jepsen): Acho que já falei sobre esse disco aqui antes, mas não me importo de celebrar Carly Rae Jepsen quando O GRANDE PÚBLICO fez um péssimo trabalho deixando de lado esse trabalho que é um disco pop perfeito. Passo muito tempo da minha vida pensando no por que de EMOTION não ter virado uma FEBRE MUNDIAL como ele merece, e eu tenho muitas teorias, a mais recente diz que ele é estridente!!!! otimista!!! positivo!!!!!! e iluminado!!!!!!!! de um jeito que talvez não faça muito sentido no grande esquema das coisas do pop atual (mas na verdade faz todo sentido pois esse é O ANO DAS EMOÇÕES). Para defender a importância da tradição pop muitas pessoas argumentam sobre sua capacidade de ser político (que é real e muito importante) e sobre a dor por trás de batidas aparentemente felizes, o que também é verdade, mas não é só isso. EMOTION é a antítese de tudo isso e ainda que não seja um álbum sobre felicidade, ele é uma celebração do desejo, ele é o exato momento em que a Carly decide tomar seu próprio partido e declarar que pode sentir e querer e pedir todas as coisas que ela sente, quer e pede.
Gimme love. I didn't just come here to dance. I really really really really like you. I'll make time for you. I want you to miss me. Making the most of the night. Dream about me. Making out like it's the end of the world. It's getting hard to slow down now. We never sleep. We're never tired. Eu poderia ficar aqui pra sempre.
Músicas favoritas: YOUR TYPE, Gimmie Love, Let's Get Lost, Favourite Color, Run Away With Me.
Bônus: Estou obcecada por esse evento que basicamente consistiu em pessoas legais da internet muito bêbadas falando sobre sentimentos e Carly Rae Jepsen.
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui. Everything is happening so much que estou com muita dificuldade de conciliar vida real, emoções!!! futuro!!! trabalho!!! com minha vida de internet de sempre por isso não temos links nessa edição, eu não sei o que tá acontecendo no mundo, não estou conseguindo me concentrar em muita coisa além da minha cabeça e das coisas imediatas. Espero recuperar o foco em algum momento dessa semana e assim voltamos com a programação normal por aqui.
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
Sempre que quiser, responda essa newsletter como um e-mail normal e escreva para mim, vamos continuar conversando depois que o sinal bater.
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