Hello stranger, como vai você?
Faltam duas semanas* para o show do Harry Styles, cês acreditam?
Levei um susto quando me dei conta disso, porque ainda lembro com clareza do dia que comprei o ingresso, um ano atrás, e 29 de maio de 2018 parecia estar a uma eternidade de distância. Essa luz do outono tem me colocado numa nostalgia muito forte das lembranças do outono de 2017, de como era a minha vida, de tudo que eu estava fazendo, mesmo que fossem coisas absolutamente banais. Lembro de como eu gostava de voltar andando do trabalho, porque assim podia curtir o céu e a luz dessa época que gosto tanto, com ventinho frio no rosto. Lembro de chegar em casa, deitar no tapete novo da sala e ouvir o disco do Harry e o Melodrama sem acender as luzes; eu estava lendo Uma Vida Pequena e assistia Big Little Lies toda segunda antes de dormir.
Lembro de ganhar um casaco cor-de-rosa, do dia que cortei a franja, do dia que saí mais cedo do trabalho e resolvi colocar um piercing no nariz; lembro de como eu estava me sentindo feliz e bonita. Eu estava plena.
Não sei o que acontece, mas sempre sou mais feliz no outono, mesmo que nada de especial esteja acontecendo. Em 2012, inspirada por Um Dia, comecei um projeto com amigas onde registrávamos em minúcias nossos dias 4 de maio, assim como todos os capítulos do livro descrevem o dia 15 de julho de Emma e Dexter por 20 anos. Hoje acho que a obra perde força ao sempre colocar algo extraordinário na vida dos dois nesse dia, mas percebi que meus quatros de maio nunca passam batidos: um voo perdido e um dia de praia no Rio de Janeiro, 12 horas de aeroporto voltando pra casa depois de uma viagem especial, uma crise de pânico que durou a noite toda, o piercing no nariz, o dia que revi Medianeras e assei uma torta de madrugada.
No início do ano resolvi brincar de moon list por aqui para lembrar o que tinha feito num mês que passou enevoado no meu quarto escuro, em que senti que não tinha feito nada além de chorar e me sentir mal. Agora peço licença para fazer o mesmo, mas dessa vez para recordar e registrar fragmentos dessas últimas semanas em que fiz tanta coisa, trabalhei e também me diverti muito, andei mais do que nunca, tampouco estive tão cansada. Estou odiando meu cabelo e minhas roupas, então plena talvez seja uma palavra forte demais, mas semana passada deitei no tapete da sala pra ouvir o disco novo do Arctic Monkeys no escuro e percebi que estou feliz de novo. Faltam duas semanas pro show do Harry Styles.
O conceito de moon list foi criado pelo fotógrafo Sam Abell como uma brincadeira que ele faz com a esposa no fim de cada mês (curiosidade: a lua cheia ocorre a cada 29,5 dias) e que a Leigh Patterson transformou em algo maior, um projeto em que todo mês ela convida três mulheres para responder algumas perguntas e reconstruir seus passados recentes. Em março fiz minha primeira lista inspirada pela Sofia e agora vou fazer outra, bagunçando tudo, no primeiro dia da lua nova (desculpa).
* Quando esse e-mail chegar até você provavelmente vai faltar só uma semana pro show do Harry Styles, mas é que estou tentando escrever essa cartinha há muito tempo.
para ler ouvindo slow show - the national
ou ainda jigsaw falling into place - radiohead
e também graceless - the national
NATUREZA
Uma experiência íntima com o mundo natural
Sábado de aleluia. Não sei como, mas minha mãe me convenceu a ir junto com ela e minha avó num almoço especial com toda a família do seu namorado. O almoço era num restaurante na beira de um rio, com fogão de lenha e charme de fazenda, para não passar batido o fato de que estamos, afinal, em Minas Gerais. Eu gostei das mesas que ficavam numa plataforma realmente perto da água, parecia até Veneza, e depois de comer arranjei um lugar para ficar por ali enquanto lia História do Novo Sobrenome. Acabei não lendo nada porque passei todo o tempo só olhando a água, o céu e as árvores, respirando bem fundo, e isso me fez tão bem que fiquei pensando que se pudesse passar mais tempo olhando uma aguinha e respirando ar puro boa parte dos meus problemas seriam resolvidos. Não passava absolutamente nada na minha cabeça.
Apesar de não estar vestida apropriadamente, resolvi fazer uma pequena trilha que o local oferecia até a ilhota onde ficavam os patos. Eu gosto de patos. Eram muitos patos e eles eram todos maravilhosos. Esqueci o celular na mesa e não pude tirar nenhuma foto, e acho que essa foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Talvez seja hora de começar a explorar o turismo local de cachoeiras - ou isso ou ler Walden.
OBJETO (ANTIGO)
Algo que foi redescoberto ou tenha sido valorizado de um jeito diferente
Ano passado comprei uma mochila nova para viajar para o Maranhão, mas foi só nesse ano que começou a minha relação simbiótica com a mochila listrada. Com as viagens a São Paulo ela se tornou um elemento essencial na minha vida, algo que segura todas as coisas juntas. Sinto que posso sobreviver a qualquer coisa sabendo que carrego nas costas uma garrafa de água, um pacote de bolachas, bilhete único, dinheiro trocado, calcinhas limpas, batom vermelho, um casaquinho, guarda-chuva, escova de dentes, livro, caderno, fones de ouvido, carregador de celular. Tenho um orgulho ridículo do método de organização que aperfeiçoei nas últimas semanas, posto à prova quando precisei de um remédio de emergência e fui salva pela bolsinha minúscula de comprimidos diversos, colocada ali para uma ocasião exatamente como aquela.
Fui selecionada para a revista aleatória no aeroporto e a funcionária desmontou minha mochila, tirou tudo lá de dentro, abriu todos os bolsos e bolsinhas, espalhou minhas canetas e maquiagens no balcão. A impressão que tive é que todo o processo demorou umas 15 horas e me senti muito VISTA e descoberta, e não sei se no final ela me olhava como se eu fosse louca ou só muito esperta.
Inspiração: uma newsletter estranhamente satisfatória da Anne Helen Petersen falando sobre seus hábitos de viagem - inside my bag
OBJETO (NOVO)
Algo que foi redescoberto ou tenha sido valorizado de um jeito diferente
Faço parte do zeitgeist millennial trata frustrações profissionais, amorosas, políticas e existenciais com tratamentos para a pele. Há alguns meses trato a tristeza de domingo à noite com cremes cheirosos e argila, o que transformou a hora do Fantástico num dos meus momentos favoritos da semana, porque é a hora que acendo velas no banheiro, ligo o som bem baixinho e passo coisas na cara. Aproveitei que estava em São Paulo para fazer um estoque de marcas faciais (me indicaram a Loretta Farma na Liberdade e fui muito feliz). Antes a ideia de ter uma rotina de cuidados com a pele me deixava ansiosa porque sentia que precisava fazer tudo perfeito e ter todos os produtos certos, mas a grande graça é poder sentir que estou ativamente fazendo uma coisinha boa por mim em algum momento da semana.
No dia que minha aula da pós foi cancelada quando estava quase saindo para rodoviária, em vez de entrar em combustão espontânea eu simplesmente tirei a roupa, os sapatos, me enfiei dentro de um roupão fofinho, passei uma máscara no rosto, e deitei no chão do quarto enquanto a argila secava, pensando: amanhã eu lido com isso. Esse depoimento não é um publieditorial, mas se alguma marca estiver interessada eu quero.
Inspirações: o instagram Bonita de Pele, a experiência do Buzzfeed com os 10 passos da beleza coreana, a seção de beleza no blog da Cristal, com receitas naturais, baratas e lixo zero.
SURPRESA
Uma experiência com forte teor de surpresa ou choque
Na primeira noite de quarta que voltei para Uberlândia de avião depois de um dia em São Paulo, encontrei uma ex-chefe na fila do embarque. Estava tomando cerveja com uma amiga antes de ir para o aeroporto e de um jeito inexplicável aquelas duas long necks me deixaram razoavelmente alcoolizada. Ainda tenho uma relação próxima e bem informal com essa ex-chefe, ela com certeza cairia na risada e diria "que inveja!" se eu contasse que estava bêbada, mas ela estava acompanhada de um Jornalista Influente da cidade e precisei usar de toda a simpatia e desenvoltura que não tenho nem sóbria para tentar passar uma boa impressão e explicar minha confusa trajetória profissional. Na semana seguinte encontrei minha atual chefe na fila do embarque, dessa vez razoavelmente alcoolizada depois de tomar uma gim tônica praticamente de guti-guti quando resolvi dar um pulo no evento de uma amiga antes de viajar, só para dar um beijo nas pessoas rapidão. Ela ainda não sabia do meu curso em São Paulo e não poderia ter uma hora melhor pra contar essa história.
Acho que a moral da história aqui deveria ser não beber antes de viajar, mas essa tem se provado uma estratégia maravilhosa para lidar com meu medo de avião. Nas últimas 3 semanas viajei sóbria e não encontrei ninguém.
ENCONTRO
Encontro com estranho ou conhecido que tenha te impactado de alguma forma
Tenho uma amiga que está fazendo mestrado na França e não nos víamos há mais de um ano. Ela veio passar férias no Brasil e pouco mais de 24 horas em São Paulo, bem num dia em que eu passaria pouco mais de 14 horas na cidade. Ela tinha algumas coisas para resolver, tipo cortar o cabelo, e eu a acompanhei antes dos meus compromissos e também depois - ela foi a responsável pela gim tônica irresponsável do caso acima.
Eu e a Lidy nos conhecemos pela internet, vimos dois shows do Wilco juntas (um deles de surpresa, sem que nem eu nem ela estivéssemos planejando até minutos antes), e já trombei com ela sem querer atravessando a rua na Paulista às 18h. Se não fosse mais esse encontro sem combinar provavelmente passaríamos outro ano sem nos ver. Embora haja tanto desencontro pela vida, o Segredo é real demais.
NOITE
Algo memorável que tenha acontecido numa saída noturna
Bom, eu fui no show do Radiohead. Já dediquei uma edição inteira da newsletter à noite do dia 22 de abril, mas desde então ainda não vivi uma noite que tenha sido tão especial. Sigo escutando o setlist de novo e de novo e ainda arrepio só de lembrar.
Inspiração: Radiohead como experiência religiosa, na newsletter da Isadora
DIA
Um dia significativo passado fora de casa
Desde que nos conhecemos, em 2016, eu e a Clara tentamos fazer nosso piquenique no Ibirapuera acontecer. Só foi dar certo em abril de 2018, mas lá estávamos nós: não teve o rosé dos sonhos, mas tinha sanduichinhos, uma toalha florida para deitarmos para ver o céu, um dia lindo e nossa disposição para falar sem parar. Só tinha ido ao parque Ibirapuera quando criança ou para ver shows no auditório, então aquele sábado também valeu como passeio turístico. Como era um passeio turístico com a Clara, o que nos guiou pelo parque foram as estátuas feias do lugar. Saímos de lá e aproveitamos para dar sequência ao tour da arte feia com as estátuas da Praça Cidade de Milão. Vocês sabiam que essa praça existe porque São Paulo e Milão são cidades irmãs? Pois é, eu também não sabia, mas a grande surpresa foi descobrir que estátuas da praça - cópias HORROROSAS de originais de Michelangelo que já não eram bonitas - são reproduções que ficam em... Florença, e não Milão. Nada faz sentido. Bem vindos a São Paulo.
Depois passamos num bar onde estava rolando um aniversário, tomamos um chope, e saímos sem pagar. Simplesmente esquecemos de pagar e só lembramos horas depois. A natureza me faz tão bem que até esqueço que o capitalismo existe.
SOZINHA
Sobre tempo passado sozinha
Cheguei em São Paulo pouco depois das 7h. O plano era aproveitar a manhã para ver a exposição do Basquiat, que logo sairia de cartaz, mas o CCBB só abria às 9h. Fui para o centro inventar o que fazer até que me vi de frente para o Mosteiro de São Bento e me dei conta de que nunca tinha entrado lá. A missa com canto gregoriano, principalmente a dos domingos, é famosa, uma atração turística da cidade, mas durante a semana ela acontece às 7h e cheguei um pouco tarde. Não tive uma criação católica então sempre fico muito impressionada com a imponência das igrejas, não é algo que estou acostumada, sinto uma mistura estranha de medo e fascínio. Dá pra perder horas lá dentro só olhando os detalhes. Eu também nunca tinha ajoelhado num banco de igreja como aqueles e senti vontade. Fechei os olhos.
Também não conhecia muito sobre o Basquiat, mas saí de lá devota. Eu só estava sozinha porque não é fácil achar companhia para ir a um museu às 9h da manhã de um dia de semana, e esse era o único tempo que eu tinha, mas gostei de ter feito esse passeio comigo e mais ninguém. É bom ter a chance de ser completamente arrebatada por um quadro e por uma história e foi uma experiência tão forte que na saída estava tocando "Life On Mars" e quase comecei a chorar. Entrei numa padaria aleatória e almocei um PF por ali mesmo, só porque o garçom era muito simpático. Ele me deu um café de cortesia. Eram quase 14h e foi a primeira conversa que tive com alguém naquele dia.
COM AMIGOS
Sobre tempo passado com amigos
Ainda sou amiga dos meus amigos de infância, numa história que já tem mais de 15 anos, e estamos numa fase estranha e maravilhosa da amizade adulta que é ter conversas muito intensas e profundas. Numa noite em que saímos despretensiosamente para jantar acabamos num papo realmente forte que envolvia nossos pais, e Deus, e sexo, e crescer, e em determinado momento eu deixei escapar umas lágrimas porque é realmente muito especial conhecer pessoas há tanto tempo, crescer e mudar, e ainda descobrir coisas novas sobre elas e estar junto para compartilhar a vida e essas histórias, com admiração e amor que só crescem e assunto que não acaba nunca.
Fomos expulsos do restaurante que já estava fechando, o que é bem comum na minha vida, e fomos encerrar a noite num bar, mas a descarga emocional foi tão forte que não tinha mais o que dizer, então só bebericamos nossos drinks enquanto comentávamos sobre as pessoas que passavam na rua.
FILME/TV/LIVROS
Três categorias que revelam como vivemos
Li quatro livros, um recorde se considerarmos que de janeiro a março li menos que isso: De Volta Para Casa (interessante e uma boa surpresa), Sete Dias Sem Fim (uma merda), Canção de Ninar (amei), Todos Nós Adorávamos Caubóis (3 estrelas). Fui ao cinema uma única vez assistir Guerra Infinita e detestei, mas cheguei em casa com vontade de ver um filme do Capitão América. No dia das mães convenci minha mãe a assistir O Renascimento do Parto (que está na Netflix!) e foi maravilhoso. Assisti Sisters, com Amy Poehler e Tina Fey, numa madrugada insone, que é o único jeito de ver esse filme. Ando tão exausta que tem sido difícil terminar qualquer episódio de série sem dormir no meio, mas aos poucos estou vendo Dear White People e Wild, Wild Country (essa eu ainda não consegui passar do piloto, mas juro que estou gostando). Revi Medianeras num impulso e não consigo parar de pensar sobre ele, mas pensando coisas diferentes das que ficaram na minha cabeça quando o assisti pela primeira vez, em 2012 - mas os sentimentos foram os mesmos.
ATOS CRIATIVOS
Nesses quase dois meses eu li quatro livros; assisti duas peças de teatro; vi a exposição do Basquiat; fiz mais um tour da arte feia em São Paulo; assisti aulas e li textos acadêmicos que explodiram meu mundo; comecei a pensar de novo no meu projeto de mestrado; fui convidada para dar uma entrevista que estou tentando responder há mais de um mês porque as perguntas têm me levado a um mergulho auto-reflexivo inédito; estudei as letras do The National e do Tranquility Base; vi o show do Radiohead e escrevi sobre ele; escrevi sobre o livro Canção de Ninar; sentei num café e escrevi por duas horas num caderno - ufa! Todas essas coisas mexeram comigo, me inspiraram e tem me feito pensar bastante, mas acho que o grande motor criativo dos últimos meses tem sido Chef's Table.
Chef's Table é uma série documental da Netflix em que a cada episódio somos apresentados a um chef de cozinha, sua história e seu processo criativo. Parece limitado da minha parte (e é), mas até então eu nunca tinha pensado na gastronomia como uma forma de arte; manifestação cultural importante, claro, mas arte foi uma novidade. Comecei a ver a série numa noite de ansiedade, fui atraída por conta das imagens bonitas e da trilha sonora instrumental, mas logo fiquei obcecada pela energia criativa daqueles cozinheiros. Tem tudo a ver com O Processo, tem tudo a ver com romper tradições, tem tudo a ver com pensar sobre onde viemos e reinventar nossa história pela arte - que nesse caso é a comida. Falei sobre Chef's Table com as pessoas que perguntaram, com pessoas que não perguntaram, na terapia, na internet, e até tentei escrever sobre. Enquanto não sai, fiquem sabendo que agora junto dinheiro pra comer no restaurante do Atala igual junto dinheiro para ver shows das minhas bandas favoritas.
Disco da Semana
Boxer (The National): Passei por várias iniciações diferentes no universo de The National nos últimos anos, mas não tinha me conectado de verdade com a banda. Até agora. Depois de ver os vídeos dos show deles no Rio de Janeiro e acompanhar a felicidade dos amigos, assisti a banda no Lollapalooza pela televisão e no dia seguinte já tinha 3 discos salvos no celular depois de passar boa parte da madrugada lendo as letras da banda. Eu acredito que encontros acontecem quando tem que acontecer, mesmo que seja com um disco. Percebi que a maioria das minhas músicas favoritas da banda até o momento fazem parte do Boxer, que ainda tem essa capa adorável. É um álbum que sempre vai me lembrar a sensação de dançar sozinha de madrugada e andar sozinha na cidade com passos apressados, com a sensação de que finalmente estou indo pra algum lugar. Matt Berninger forever.
Músicas favoritas: todas, mas especialmente Fake Empire, Mistaken For Strangers, Squalor Victoria, Slow Show, Apartment Story
Links, Links, Links
- Quem cuida dos seus filhos quando você não está olhando?, meu texto sobre Canção de Ninar no especial de dia das mães do Valkirias;
- Casamento Real, Meghan Markle, e os clichês negados às mulheres negras;
- Heather e a trajetória de uma millennial no mercado de trabalho;
- Um textão sobre Brooklyn 99 para respirar melhor depois da saga de cancelamento e resgate da série;
- Terry Crews fala sobre masculinidade tóxica e como é ser um home negro heterossexual;
- Um artigo sobre o leilão de objetos pessoais da Sylvia Plath e as pessoas que foram comprá-los;
- Tour pelo apartamento da Tavi Gevinson no Brooklyn;
- gimme that sweet sweet dopamine, texto da Anne Helen Petersen sobre ter uma vida online, performance, necessidade de aprovação, e a ansiedade por não estar produzindo "o suficiente";
- Childish Gambino's This Is America and how the internet killed the cultural critic;
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui. Decidi repetir o formato porque a resposta da primeira edição foi bem positiva, mas acho que dessa vez o resultado foi menos emocional e mais um diarinho. Eu gosto de fuçar a vida dos outros, espero que vocês também. Caso eu desapareça nas próximas semanas, tenham certeza de que trombei com Harry Styles e sumi no mundo com ele. We gotta get away from here.
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
Sempre que quiser, responda essa newsletter como um e-mail normal e escreva para mim, vamos continuar conversando depois que o sinal bater.
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