Hello stranger, como vai você?
No final de 2017, eu queria só uma coisa: ser menos doida. Era essa a minha resolução de ano novo, que até escrevi no papel; uma frase simples e direta que diz muitas coisas. Na verdade não sabia exatamente o que eu queria dizer com esse "ser menos doida", mas sabia que não estava bem e precisava fazer algo pra mudar. Era um pedido de socorro de quem não aguentava mais descer o barranco rolando diante de cada porrada na vida. Eu levei tanta porrada nos últimos anos que não sabia mais onde eu estava, tampouco pra onde ia, e isso me paralisou. Eu sempre soube onde eu estava e pra onde estava indo, mas acreditar nessa certeza é a verdadeira loucura. Eu precisava ser menos doida.
2018 foi o ano mais incerto da minha vida, mas também foi um dos mais legais e importantes. No meio de tantas coisas que aconteceram, acho que a que mais me deixou feliz foi ter baixado a guarda para viver essas surpresas, as boas e ruins, e ir atrás do que eu queria, mesmo sabendo que tudo podia dar errado. Foi o ano que eu mais viajei e não perdi nenhum voo. Foi o ano que eu tomei banho de chuva num bloco de carnaval, numa manifestação e numa praia em Florianópolis. Foi o ano que eu mais cuidei de mim e também o que eu mais me deixei ser cuidada, amada. Foi o ano que eu pedi ajuda, pedi um emprego e pedi um beijo. Foi o ano que eu aceitei a porra da flor. Foi o ano que todo mundo que encontrei disse que eu tinha mudado.
2018 foi um ano de ser menos a doida que acha que quer controlar todos os cenários e mais a doida que diz sim pro que quer, torcendo pra dar certo, e não pra respeitar os próprios limites, não mais por medo. Tem sido uma boa mudança. Ter chegado no meu limite depois de ver tantos medos concretizados serviu pra mostrar que sei me levantar, e isso me deixa com menos medo de cair. Ano passado eu morri, mas esse ano eu vivi pra caralho e fui muito feliz. Preciso escrever isso pra lembrar, pra agradecer, e porque eu quero continuar vivendo.
Sei que foi um ano difícil pro país e pro mundo. Sei também que essa é uma época carregada de um desejo de mudança que pode facilmente se converter em ansiedade e frustração, principalmente quando só enxergamos escuridão e alguns dragões do outro lado. Por isso, em vez elencar metas e desejos para o próximo ano, decidi dividir com vocês algumas pequenas coisas que consegui fazer por mim esse ano e acabaram fazendo a maior diferença na minha vida e no meu bem estar. 2019 vai exigir muito de nós e acredito de verdade que autocuidado é resistência e revolução, a sustância necessária para seguirmos em frente.
É uma lista pessoal, mas por trás dela está a ideia que eu mereço ser legal comigo e que as mudanças que quero ver no mundo precisam começar por mim. É isso que desejo a vocês no ano que vai começar.
"Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou."
(Com licença poética, Adélia Prado)
1 - FAZER TERAPIA
Comecei a terapia em outubro do ano passado, depois de sofrer uma crise de pânico no metrô de São Paulo, e tem sido uma jornada curiosa. Já passei sessões inteiras só chorando, sem dizer quase nada. Já tive insights que me fizeram dizer "ai meu deus não acredito que sou um clichê freudiano" que arrancou risadas da psicóloga, e já falei muito sobre Crazy Ex-Girlfriend, Mad Men, Gilmore Girls e meu cachorro. Já tive recaídas que me fizeram pensar que todo esse esforço era inútil, mas já chorei no meio da rua, de felicidade pura, ao me dar conta de que tinha me livrado de um padrão de pensamento que me fazia muito mal. Desde outubro do ano passado esse é o compromisso mais importante da minha semana. Saúde mental ainda é um privilégio gigantesco, pagar um profissional qualificado custa dinheiro e ainda que existam alternativas gratuitas ou mais acessíveis, a maioria acaba restrita aos grandes centros. Não tenho uma solução prática pra isso, mas toco no assunto sempre que posso porque acredito que normalizar essas conversas e gerar conscientização pode ser pelo menos um começo.
Tenho um transtorno de ansiedade que sei que vai me acompanhar pro resto da vida e a terapia me dá ferramentas pra desatar esses nós quando eles se embolam, porque não quero ser refém nem de um diagnóstico, nem da minha vida e nem das coisas que não posso controlar. Essa emancipação pode ser meio assustadora, mas é uma força poderosa que liberta de verdade e queria que todo mundo pudesse experimentar essa consciência do quanto somos capazes.
2 - TER BONS DOMINGOS
Desde criança sou acometida pelo terror das noites de domingo. Pra não me deixar abater pela bad, já faz alguns anos que uso esse momento para alguns pequenos cuidados que tornam a segunda-feira e o resto da semana muito melhor. Domingo é meu dia de trocar roupa de cama e toalhas, porque adoro a sensação de dormir numa cama com lençóis frescos e cheirosos. Como tenho o péssimo hábito de ir acumulando roupas numa cadeira que fica no quarto (e sapatos, e brincos, e papéis), aproveito pra fazer uma varredura nessas tralhas pra acordar no dia seguinte com tudo mais ou menos em ordem. Domingo à noite é também meu momento de fazer esfoliação ou alguma máscara facial usando robe florido ou um roupão quentinho, tanto que tenho até uma playlist pra esses momentos: bem devagar.
Pode parecer que estou me impondo uma série de obrigações chatas, mas aprendi com o tempo que realmente me faz muito bem a sensação de que estou começando a semana "zerada". Esse tipo de atividade mecânica, tipo esticar lençóis e dobrar roupas, é um bom exercício contra a ansiedade e ainda me tira daquele círculo vicioso de redes sociais e a vontade de estar morta que só a música de abertura do Fantástico proporciona.
3 - REINVENTAR MINHA NARRATIVA
Não sei como foi que aprendi a falar de mim em tom autodepreciativo, mas esse tipo de discurso aparece quando escrevo, em conversas, e até nos monólogos que tenho comigo na minha cabeça. Eu me chamo de ridícula, destrambelhada, digo com frequência que sou incapaz ("não sei como vim parar aqui, eu só tenho seis anos"), tiro sarro do fato de ser muito sensível e sentimental. É um mecanismo de defesa, obviamente. Me orgulho muito de saber rir de mim, mas percebi que estava perdendo de vista a diferença entre não me levar a sério de um jeito saudável, pra fazer a vida leve, e usar isso como desculpa pra não acreditar em mim, não fazer o que me dava medo, não bancar quem eu sou e o que eu sinto. Consequentemente, estava autorizando os outros a fazer o mesmo. Reli esses dias um e-mail muito sério que mandei pra uma pessoa falando sobre sentimentos e fiquei assustada com a quantidade de vezes que eu pedia desculpa ou diminuía a importância do que estava dizendo. Fiquei triste ao me dar conta que estava me encolhendo pra não assustar a outra pessoa com o que eu estava sentindo, que era tão grande e bonito. Se fosse uma amiga me contando a história eu diria que era um absurdo ela se colocar dessa forma, diria que ela era incrível, importante, uma grande gostosa, e deveria se portar como tal - então por que eu fazia isso comigo?
Mudar essa perspectiva não é fácil, e uma das conversas que mais tive com a Clara esse ano foi a respeito de como é difícil acreditar em si mesma. Acredite em você é um bordão tão repetido de autoajuda que parece fácil, ou óbvio, mas ele surge com tanta frequência porque fazer isso é difícil pra cacete. Sempre que me pego amarelando diante de alguma situação ou sinto que não sou capaz, lembro da bronca que a Clara me deu: "Você não tem seis anos, você tem SETE anos" e isso faz toda a diferença. Em 2019, pretendo completar oito anos.
4 - TER ROTINA DE CUIDADOS COM A PELE
Skincare deve ser a forma de autocuidado que foi mais cooptada pelo capitalismo nos últimos anos, mas há redenção possível para as bonitas de pele. Pensar em ter uma rotina de cuidados com a pele era algo que me deixava ansiosa porque parecia muito complexo e muito caro, como se só existissem dois extremos: não fazer nada ou seguir os 10 passos da beleza coreana diariamente. O mais difícil pra mim sempre foi a disciplina e ter esse compromisso comigo era meu principal objetivo. Em vez de surtar e gastar R$300 de uma vez na farmácia, fiz um compromisso que só me permitiria gastar dinheiro com máscaras ou séruns cheios de frescura quando tornasse o básico - limpeza, hidratação e protetor solar - um hábito no meu cotidiano, e foi incrível ver como só isso (que é muito!) já fez uma diferença visível. Usei até o fim os produtos que tinha em casa antes de investir em novos e só comprei um pacote de argila branca pra fazer máscara aos domingos, bem madame. Aos poucos, incorporei também uma esfoliação semanal com mel e açúcar e quando quero me fazer um agradinho passo na farmácia e compro alguma máscara mais emocionante.
Tenho gostado muito de ler sobre o assunto, pesquisar sobre produtos e também conhecer a minha pele, observar como ela se comporta, e como alguns fatores, tipo alimentação, clima, sono, estresses diários e álcool, se refletem no rosto. Independente de rotina, passos e produtos, tenho gostado muito de tirar esse tempo pra mim todos os dias, de estar conseguindo manter esse compromisso, ver como cinco minutos de dedicação fazem diferença, e que mais importante do que fazer tudo perfeito de uma vez é começar e fazer alguma coisa. Pra inspirar: Bonita de Pele, a rotina da Nátaly Neri e o e-book Beleza Natural & Sem Lixo feito pela Cristal Muniz.
5 - ACOMPANHAR MEU CICLO MENSTRUAL
Usava o fato de ter um ciclo irregular como desculpa pra simplesmente não prestar atenção no meu corpo, mas depois que comecei a buscar métodos de contracepção não-hormonais, percebi que esse acompanhamento era uma parte importante do processo. Uso o app Clue pra monitorar a menstruação e registrar todos os meus sintomas físicos ao longo do mês, e fiquei realmente impressionada com os sinais que meu corpo dá e sempre deu, um reloginho regulado à própria maneira que era completamente ignorado. Às vezes a gente precisa dizer ok pro sagrado feminino.
Uma coisa leva à outra e um dos temas que mais me interessou esse ano foi como nós, mulheres, somos alienadas dos próprios corpos, seja no sentido de saber como ele funciona até a autonomia reprodutiva, passando, obviamente, por questões de sexualidade e prazer. Inspirada por Janelle Monáe e aquela cena de 20th Century Women, em determinado momento decretei que 2018 era o ano da ppk. Quem não ouviu meu monólogo sobre o clitóris ou algum comentário sobre menstruação não viveu esse ano comigo (mas ainda dá tempo de compensar isso me dando A Origem do Mundo de Natal). Pra inspirar: o episódio de Explained sobre orgasmo feminino, narrado por Rachel Bloom.
6 - MUDAR MINHA RELAÇÃO COM A INTERNET
No final do ano passado, tive uma Grande Crise com a internet e as redes sociais, uma mistura de incômodo ao perceber a forma como a dinâmica das redes estava afetando minha atenção e minha produtividade, e também uma grande ESTAFA com o conteúdo e os discursos de forma geral - inclusive escrevi sobre isso. Comecei o ano tão incomodada que li até livro sobre o assunto e me propus alguns desafios meio radicais (como o Bored and Brilliant) pra sair do círculo vicioso que estava me fazendo tão mal e fazer um uso mais ativo e consciente dessas ferramentas. E... funcionou? Não saí de nenhuma rede, mas tirei todas as notificações, parei de acompanhar stories, e fiz várias limpas ao longo do ano entre as pessoas que seguia. Parei de seguir gente que me irritava, gente que seguia por educação, gente que acompanhava só pra sentir aquela raivinha autoinfligida. Quando estou ansiosa, excluo apps de mensagem e silencio temporariamente pessoas e temas que estão me consumindo. Pra tentar burlar um pouco os algoritmos, deixei de seguir um monte de gente famosa e até blogueiras e influenciadoras que eu gostava, mas tinham feeds que eram basicamente publieditoriais, viagens que não tinham nada a ver com a minha realidade, e fotos profissionais com as mesmas roupas, o mesmo estilo, as mesmas poses. De repente voltei a ver o que meus amigos estavam postando.
A consequência disso foi que acabei por fora de muitos assuntos, memes, referências e debates, e vi que o mundo não acabou porque deixei de dar minha opinião sobre algum assunto. Enquanto pRoDuToRA de cOnTeÚdO, parei de me cobrar tanto para estar a par de tudo, o que significou escrever menos e jogar no lixo a ideia de "pauta quente" em troca de ideias mais elaboradas e debates mais complexos. Não adiantava nada buscar nuance e ideias originais nos conteúdos que consumia se não permitia o tempo necessário, pra mim e pros outros, pra que essas ideias surgissem. Fiz uma viagem e tirei menos de 10 fotos, passei meses sem escrever na newsletter. É muito fácil ser sugada de volta e é um exercício que exige vigília constante, mas o mais importante foi retomar o controle e entender que sou eu que controlo essas ferramentas, não o contrário.
7 - SAIR MAIS COM AMIGOS
"Estar perto não é físico" é uma das verdades que mais acredito, mas esse ano presença de carne e osso realmente fez a diferença, principalmente no período das eleições. Encontrar meus amigos, seja quando prometíamos que não íamos falar de política e só falávamos de política, ou quando falávamos de tudo menos de política, era aquele respiro tão importante pra colocar os pés no chão, me sentir mais forte e menos sozinha. Não tive chance de participar dos movimentos vira-voto, mas todo mundo que foi me contou como aquilo foi essencial, ter conversas reais com pessoas reais depois de uma campanha que se passou quase inteira na internet, que nos desumaniza tão fácil. Quando voltei a trabalhar fora e meu tempo ficou mais reduzido, encontrar amigos depois do expediente ou até pra um almocinho rápido no self-service tirava aquela sensação ruim de que a única coisa que eu fazia durante a semana era trabalhar. No primeiro semestre, eu e a Clara criamos a tradição da cervejinha de quarta-feira, um tempo tão curto que precisávamos até colocar o celular pra despertar e nos obrigar a calar a boca, mas que valia a pena pela chance de ventilar ideias, dar risada e relaxar no dia mais atribulado da minha semana. Cheguei a fazer planilha de rolês pra ver o maior número possível de amigas quando viajava, e mesmo exausta e doente todos os encontros, conversas e amizades desvirtualizadas valeram a pena.
Como minha vida ainda é tão online quanto offline, sair do círculo das redes me fez adepta a áudios gigantes e e-mails longos, que gosto tanto de enviar quanto de receber, uma chance de passar um tempo de qualidade com pessoas queridas que moram longe e também de organizar ideias e pensamentos. Percebi que tempo e atenção são uns dos melhores presentes que a gente pode dar pra alguém, e é o que sou mais grata por ter recebido das pessoas ao meu redor.
8 - CHEGAR QUANDO DER, IR EMBORA QUANDO DÁ VONTADE
Como sempre, esse ano tive uma rotina caótica. Aliás, entendi que mesmo quando as coisas estão calmas eu dou um jeito de inventar moda pra ocupar meu tempo - o que definitivamente é algo que preciso entender na terapia, mas uma crise por vez. Nessa ânsia de fazer tudo, acabo me esgotando na correria e transformando coisas que deveriam ser prazerosas em momentos de estresse ou me pressionando pra cumprir um padrão de excelência que ninguém liga além de mim. O jeito de lidar com isso, que ainda estou aprendendo, é parar de correr contra o relógio quando dá e relaxar. Por exemplo: tenho uma certa flexibilidade de horário pra entrar no trabalho, mas corria feito uma maluca pra chegar sempre às 8h, o que significava tomar café na rua, em movimento, e pegar ônibus sempre no pior horário. Um dia saí 20 minutos atrasada por conta de uma chuva e o resultado foi que peguei um ônibus mais vazio e tomei café da manhã feito gente civilizada, sentada na mesa, mastigando em paz. Percebi que poderia fazer isso todos os dias e ninguém morreria por isso. O mesmo aconteceu quando fui embora de uma festa chata quando vi que não tinha sentido estar ali, e me sinto mais disposta a sair de casa só de pensar que eu sempre posso ir embora, a hora que eu quiser. Uma das melhores coisas que fiz por mim esse ano foi decidir voltar pra casa de uma viagem um dia antes do que tinha planejado, só pra passar o domingo descansando quando estava muito gripada.
É claro que algumas coisas são obrigação e não tem como fugir, mas ando perdendo menos fios de cabelo me estressando com o que não posso controlar - tá chovendo forte? caiu a internet? trânsito? o voo atrasou? abro meu livro, arranjo um canto pra sentar e espero se resolver -, impor limites saudáveis naquilo que posso e definir melhor minhas prioridades. Não faço mais as unhas, por exemplo, mas acordo tarde aos sábados e acho que isso é bom.
Depois de escrever, percebi que uma lista como essa dá a impressão que acordei iluminada de um dia pro outro e não é bem assim. Autocuidado é um processo, e como todo Processo às vezes é um desastre. Eu tive uma grande crise de ansiedade em novembro que fez com que todo esse progresso parecesse uma mentira, assim como tive dias que passei mais de 7h no celular e prestei muita atenção no tempo que uma pessoa demorou pra me responder uma mensagem. Teve dia que dormi de maquiagem, arrastei a cara no asfalto por causa de homem, fui menos presente do que gostaria na vida de muitas pessoas e não dei conta de muita coisa que me propus a fazer. Ainda preciso enfiar uma rotina de exercícios físicos na minha vida, lidar melhor com meu dinheiro, voltar a meditar e reciclar o lixo. Algumas dessas coisas eu aprendi em janeiro, outras só entraram na minha vida em dezembro. A maioria oscilou ao longo do ano, e tudo bem.
O Processo é infinito e a principal lição desse ano foi que os tombos não anulam a jornada, que eu sou mais forte do que imagino e posso criar e recriar os meus caminhos.
- Eu costumava dizer que o universo sempre traz o melhor, mesmo que não seja aquilo que você acha que é melhor no momento. Mas agora que sou niilista, achar isso é incoerente. Então o que tenho me falado é que não importa o que acontecer, eu vou fazer isso ser o melhor pra mim, porque eu que invento a minha narrativa e eu decidi inventar algo positivo pra mim.
Por ter sido um ano tão atípico e fora da curva, não saberia como compartilhar o que mais gostei de ler, ver e ouvir em 2018. Ia deixar isso de lado, mas acabei inspirada pela lista de favoritos do Obama. E, como sempre, organizamos o Troféu Valkirias de Melhores do Ano pra quem quiser algo mais profissional. Risos.
MELHORES ÁLBUNS
Be the Cowboy - Mitski
Clean - Soccer Mommy
Lush - Snail Mail
Dirty Computer - Janelle Monáe
WARM - Jeff Tweedy
ÁLBUNS FAVORITOS QUE NÃO SÃO DE 2018
Boxer - The National
Alligator - The National
Trouble Will Find Me - The National
Boxer Live in Brussels - The National
reputation - Taylor Swift
MÚSICA FAVORITA
"Nobody" - Mitski
MELHORES FILMES
- Me Chame Pelo Seu Nome
- Lady Bird
- Phantom Thread
- The Big Sick
- Mamma Mia 2
- Pantera Negra
- Private Life
- BlackKklansman
- Crazy Rich Asians
- Para Todos os Garotos que Já Amei
- Roma
MELHORES SÉRIES
- Atlanta (s1-2)
- Crazy Ex-Girlfriend (s3)
- Chef's Table (s1-4)
- Queer Eye (s1-2)
- My Brilliant Friend
- The Haunting of Hill House
- Salt, Fat, Acid, Heat
- Sabrina The Teenage Witch (s1)
- Rever The Office (s1-6)
MELHORES LEITURAS
- Call me by your name - André Aciman
- A coragem de ser imperfeito - Brené Brown
- História do novo sobrenome - Elena Ferrante
- História de quem foge e de quem fica - Elena Ferrante
- História da menina perdida - Elena Ferrante
- Meet me in the bathroom - Lizzy Goodman
- A parábola do semeador - Octavia Butler
- Ensinando a transgredir - bell hooks
- Ongoingness - Sarah Manguso
- Minha história - Michelle Obama
TEXTOS QUE MAIS GOSTEI DE ESCREVER
- O Processo
- Me Chame Pelo Seu Nome: um elogio ao desejo
- Diários de fevereiro
- Pra internet ser legal de novo
- Fã de Radiohead
- Vivendo a distopia com Octavia E. Butler
- Soccer Mommy e a reinvenção da cool girl em 2018
- Toda história de fantasmas é uma história de amor
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui. Três coisas me inspiraram muito a escrever esse texto: Jano, abre caminhos e a importância do autocuidado, da Mari Messias; as entrevistas do projeto #jornadadeautocuidado feitas pela Dani Arrais e a newsletter drops, da Nath, uma fonte de luz, gentileza e olhar generoso pro mundo toda terça-feira na caixa de entrada, que tanto me ensina e faz pensar. Espero que em 2019 não esqueçamos dessas coisas e vamo que vamo.
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória
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