para ler ouvindo lorde - ribs
Hello stranger, como vai você?
Quem teve o privilégio de viver uma infância razoavelmente feliz e protegida, como é o meu caso, provavelmente demorou um certo tempo para aprender a consertar os próprios estragos, limpar a própria sujeira. E aqui falo de experiências bem literais, como a de recolher os cacos de vidro de um copo quebrado ou a de esfregar o chão da cozinha depois de derrubar o coador de café. Lembro que quando algo assim acontecia eu era rapidamente tirada do ambiente sob mil cuidados, instruída a não pisar no chão e a não tocar em nada até que tudo fosse devidamente limpo e aspirado. Mesmo quando eu tinha alguma culpa pela bagunça, o medo de uma possível bronca logo era substituído por aquele conforto de saber que existiam ali pessoas prontas e preparadas para literalmente limpar e corrigir qualquer falha, um gesto que eu enxergava como uma experiência tácita de perdão. “Presta mais atenção da próxima vez, mas agora espera lá no seu quarto enquanto eu limpo isso aqui, vou pegar um chinelo pra você não se machucar”, era o que minha mãe sempre dizia.
Quando eu era criança, sentia que nada que eu fizesse poderia ser tão ruim a ponto de se tornar mais importante do que o cuidado para que eu não cortasse a mão com os cacos de vidro, e que não havia nada no mundo que a paciência ou a sabedoria dos meus pais não pudesse limpar ou consertar.
Sempre me incomodei muito com o discurso do jovem adulto millennial que era bem comum há uns anos sobre a surpresa de sair da casa dos pais e descobrir que a comida não brota na geladeira, que os rolos de papel higiênico não se substituem sozinhos, que é preciso estender as roupas no varal depois de jogá-las na máquina de lavar, que não existia nenhuma força invisível que retirava o lixo da casa, mas sim uma pessoa (provavelmente uma mulher) que os recolhia sistematicamente, que reservava um espaço na sua mente para lembrar os dias certos em que o caminhão do lixo passa. Apesar de todos os cuidados e privilégios, lembro de ter desde cedo minhas responsabilidades com a casa, como recolher os lixos dos banheiros, lavar a louça, trocar minha roupa de cama, guardar as compras do supermercado, nunca ir dormir com os brinquedos fora do lugar. No entanto, vejo que não estou muito distante dos millennials que escrevem livros sobre as descobertas da vida independente – processo que ganhou o irritante apelido de adulting – sempre que alguma coisa se quebra ou derrama e eu preciso lidar com a sujeira sozinha.
Recentemente deixei cair um vidro cheio de azeite no meio da cozinha de manhã cedo enquanto preparava meu pão na chapa de todos os dias, o café passando na garrafa logo ao lado. Apesar de ser conhecida como uma pessoa desastrada e distraída demais para o meu próprio bem, só derrubo as coisas desse jeito quando estou ansiosa, com a cabeça fora do lugar por motivos diferentes daqueles de sempre. Sei que não foi o azeite derramado que causou tudo isso, mas enquanto olhava todo aquele óleo se espalhando pelo piso da cozinha e alcançando meus pés descalços, as centenas de cacos de vidro minúsculos que foram lançados até a área de serviço por conta do impacto da queda, senti uma solidão enorme, um desamparo único, e então fiz o que qualquer pessoa – pessoa não, vá lá, um tuiteiro – na minha condição faria: fechei a porta da cozinha, deitei no sofá mais próximo e chorei.
Logo no começo de A Vida Mentirosa dos Adultos, romance mais recente da Elena Ferrante, a protagonista Giovanna entreouve uma conversa na qual o pai diz que ela é feia, e isso desencadeia uma crise que é o motor do resto da história. Pouco tempo depois ela também descobre segredos dos seus pais que tiram eles do lugar idealizado e perfeito que antes ocupavam, responsável pela infância protegida e feliz que ela também tivera, mas não é esse encontro com o que há de mais feio, podre, medíocre ou simplesmente humano que provoca todo o resto - o Processo começa mesmo quando ela ouve que é feia, a sua própria queda do céu. Giovanna tinha 12 anos.
A passagem entrou fácil para o meu rol de começos favoritos da literatura porque dá conta em poucas linhas de um estado que eu não estaria exagerando se simplesmente definisse como A Condição Humana. Esse começo também é um exemplo que mostra por que é tão difícil destacar trechos favoritos em livros da Ferrante, como se faz com outros autores: a força da sua escrita não chama a atenção por conta de frases bonitas e marcantes, mas sim pela forma como ela te faz mergulhar em uma ideia até que ela te arrebenta sem que você consiga entender o que foi que te atingiu.
Dois anos antes de sair de casa, meu pai disse à minha mãe que eu era muito feia. A frase foi pronunciada à meia-voz, no apartamento que meus pais, recém-casados, compraram no Rione Alto, no topo da Via San Giacomo dei Capri. Tudo — os espaços de Nápoles, a luz azul de um fevereiro gélido, aquelas palavras — ficou parado. Eu, por outro lado, escapei para longe e continuo a escapar também agora, dentro destas linhas que querem me dar uma história, enquanto, na verdade, não sou nada, nada de meu, nada que tenha de fato começado ou se concretizado: só um emaranhado que ninguém, nem mesmo quem neste momento escreve, sabe se contém o fio certo de uma história ou se é apenas uma dor embaralhada, sem redenção.
Ferrante, Elena. A Vida Mentirosa dos Adultos, 2020.
Em um primeiro momento, não vejo essa descoberta da feiura como um comentário sobre a condição social feminina, como vi em uma série de textos sobre o livro, ainda que ela mencione poucas páginas depois o desconforto das menstruações, o incômodo de perceber seu corpo mudando, criando formas, como uma espécie de traição. Os peitos se tornam visíveis demais e passam a chamar atenção, ela tem medo de cheirar mal e se lava o tempo todo, e é a certeza do carinho dos pais, e principalmente do pai, que a blindava de todos os males que a realidade de ser mulher a expunha, e é isso que mais me chama atenção, que mais conversa comigo. Ao longo de A Vida Mentirosa dos Adultos, Giovanna repete diversas vezes que aquele momento, e tudo que veio junto com ele, sinalizava o fim da infância, mas não acredito que ela esteja se referindo especificamente ao momento em que vê sentenciada como Uma Mulher no Mundo, parte desse estranho sistema de valores, e sim à assustadora descoberta de que não é especial, infalível, sagrada, digna de todo o afeto e proteção aos olhos dos pais. E pior: que seus pais, assim como qualquer outra pessoa, não são seres elevados, e sim pessoas normais, capazes de inclusive de considerá-la feia pelas costas, vítimas como todos os outros mortais desse estranho sistema de valores que é a vida em sociedade, algo que ela também passaria a ser.
Para entender de onde vem essa feiura e lidar com essa ruptura com a certeza da onipotência do amor incondicional - que só quem teve a sorte de ser muito amada demora a questionar - ela se aproxima da pessoa que seu pai mais detesta no mundo, tia Vittoria, e entra em um processo de autodegradação para se afastar de propósito do ideal que foi criada para viver, em busca de uma certa reivindicação de si. Nós já vimos essa história antes, muitas vezes: essa degradação, exploração, apropriação, descoberta ou como você preferir chamar o tema por trás das temporadas de Skins costuma aparecer em quase todas as histórias sobre adolescência, ora de maneira romantizada, ora de maneira realista, ora de forma profundamente moralista. O que me incomoda em muitas delas, e acho que só consegui articular esse incômodo de verdade depois de ler A Vida Mentirosa dos Adultos, é que elas costumam dar um destaque excessivo aos sintomas, digamos assim, e pouco espaço para o verdadeiro drama, que é a lambança emocional que vem com essa ruptura que é necessária, mas ao mesmo tempo muito dolorosa, e que para os jovens da minha geração é também uma gostosa mistura de capitalismo tardio com complexo de Édipo.
Outro incômodo que sempre tive com algumas obras, principalmente com os filmes, séries e livros mais populares do segmento, é a completa ausência dos pais em meio a essas histórias. Lembro até hoje de um texto escrito pela Sofia sobre o tema em 2016, para o qual voltei imediatamente enquanto elaborava este texto.
Na infância, a orfandade de protagonistas de filmes da Disney me desesperava. Por que as princesas não tinham mães? Por que não tinham pais, ou tinham pais que não cuidavam delas? Por que eram deixadas à mercê de adultos que as tratavam mal? Meu eterno desejo de ser uma princesa se confundia com a correlação direta entre ser uma princesa e ser órfã, ou filha de pais péssimos ou ausentes. Minha mãe – afetuosa, cuidadosa, nada ausente – me ofereceu a explicação que de certa forma acalmou minha angústia: naquelas histórias, as personagens não podiam ter mães (ou pais presentes) porque, se tivessem, nenhum dos perigos e aventuras aconteceriam; o resultado da ausência dos pais não era o final feliz, o castelo, os vestidos – isso tudo era possível (e ainda mais fácil!) com pais por perto –, mas sim os medos e perigos e tribulações no meio do caminho, e eu nunca gostei de viver perigos e tribulações.
Soter, Sofia. Onde estão os pais?, 2016.
Se a ausência dos pais faz sentido de um ponto de vista prático (ainda que preguiçoso em termos narrativos), seguia incomodada com a abstração emocional deles na história, a negligência sobre o peso que sua presença ou ausência (seja ela física ou emocional, mas principalmente emocional) opera em todas as aventuras que vemos, quase que em uma relação de causa ou efeito - ou talvez o problema estivesse em mim, muito mais ligada aos meus pais do que seria descolado admitir. Hoje entendo que o que sentia falta mesmo era de ver como boa parte daquela montanha-russa emocional que torna as narrativas adolescentes tão sedutoras era um reflexo da montanha-russa emocional que a ruptura com a onipotência dos nossos pais provoca, e aí não importa muito se eles são negligentes ou afetuosos, a qualidade da relação talvez influencie apenas a intensidade do processo, ou o tempo que ele demora para acontecer, mas ninguém está realmente a salvo. Nesse sentido, A Vida Mentirosa dos Adultos poderia se chamar também A Grande Falácia da Infância.
Isso gera um cabo de guerra constante de aproximações, distanciamentos, fugas e conexões que nos acompanha pelo resto da vida, algo que está muito presente em todas as obras da Elena Ferrante - que mostram a vida como um romance de formação infinito - e é algo que me toca como uma espécie de reconhecimento que sempre precisei sem nem mesmo me dar conta. A autora ainda adiciona um componente de classe que torna tudo mais interessante, aproximando um peso monetário aos conflitos de autoridade, segurança, estima e amor que existem entrem os personagens e suas famílias, que é também um dos pontos altos de Lady Bird e que tanta gente falha em perceber ao simplesmente tratar a protagonista como uma garota mimada e ingrata, mas que enxergo como uma encarnação mais altiva de Elena Greco ou talvez a versão feminina do pai de Giovanna, caso A Vida Mentirosa dos Adultos se passasse no início dos anos 2000. "I’m ungrateful and I’m so sorry, I’m so sorry I wanted more…", diz Christine aos prantos para a mãe logo após descobrir que foi aprovada na faculdade em Nova York.
Me desculpe por querer mais é algo que repito silenciosamente a cada decisão que tomo e que me leva para cada vez mais longe dos meus pais.
Olhar para esse lado torna ainda mais óbvia a associação entre o distanciamento das tarefas de casa que citei no início do texto, a famosa reprodução social da vida (um trabalho diário, constante, interminável, o trabalho mais mal pago do mundo) e a descoberta millennial privilegiada das engrenagens que movem o mundo e tornam o dia a dia sob aquele estranho sistema de valores possível. Se tornar uma pessoa é uma espécie de trabalho doméstico também, igualmente sujo e interminável, e a posição social ocupada por cada um nesse mundão determina um bocado sobre a cara que terá esse processo. O capitalismo nesse caso seria também uma mentira que nos contam desde cedo - seja como substituto daquela garantia de segurança representada pelos pais ou pelas figuras de autoridade, seja pela forma como a produção facilmente substitui nossa identidade e nosso valor individual.
Assim como Giovanna, consigo identificar precisamente na minha vida os momentos em que soube que a infância havia terminado. Mas, ao contrário dela - e de Jenny Humphrey, Serena Van der Woodsen e Lady Bird - eu não reagi a essa ruptura negando de propósito a ordem que antes eu acreditava ser infalível, mas sim reproduzindo-a à exaustão como forma de consertar aquele novo mundo quebrado e tão ameaçador. Romper essa ordem foi viver a famosa descoberta de que a vida não faz sentido narrativo, um processo que muitas vezes chamei de adolescência tardia. Hoje entendo que não estava deixando de lado apenas uma narrativa pessoal, mas sim encarando de frente as consequências daquele desamparo que o fim da infância traz, e que por muitos anos substituí por outros sistemas de ordem, como a escola, o trabalho, a autodisciplina, e por fim a crença em uma narrativa que me garantisse que o cumprimento de certas regras, o alcance de certas conquistas, me salvariam do caos.
Essa exploração de novas possibilidades de vida foi tão consciente e, com o perdão da palavra, empoderadora, que não consigo mais vê-la como uma adolescência tardia, uma vez que está mais próxima da Giovanna na última cena do livro, talvez a minha favorita, uma cena de sexo profundamente erótica ainda que descreva uma transa ruim. Entendi que, por tudo que representou, minha adolescência foi mesmo aquela dos 11 aos 21 (???) anos, marcada pela busca obsessiva pela ordem, e eu só não a identificava como tal porque faltava uma referência que enxergasse a perfeição como degradante também. Representatividade, no fim das contas, importa mesmo.
Depois de chorar por alguns minutos, peguei o celular e perguntei ao Google como deveria limpar todo aquele azeite derramado. Descobri que era preciso absorver o máximo possível da gordura antes de entrar com a água, e o papel toalha disponível em casa não foi suficiente. Usei todos os guardanapos e até um pouco de papel higiênico, mas a melhor estratégia mesmo foi a solução do WikiHow: usei umas fatias de pão de forma velho que iriam para o lixo de qualquer forma para sugar o óleo, reunir aqueles cacos minúsculos, enrolei tudo em um jornal, e depois em duas sacolas de plástico. Passei desengordurante no local, meu amado CIF Cozinha, enxuguei com papel, e só então joguei água no chão todo. O processo todo levou mais ou menos uma meia hora, e no final eu estava exausta mas estranhamente satisfeita, me sentindo um pouco mais capaz de viver a vida - e não eram nem nove da manhã.
Mais tarde liguei para a minha mãe para contar o que tinha acontecido, e ela perguntou por que não havia ligado antes para pedir ajuda. É curioso que em nenhum momento aquela possibilidade realmente passou pela minha cabeça - se pensei na minha mãe durante aquela manhã foi pela curiosidade de saber quando é que ela tinha limpado um vidro de azeite derramado pela primeira vez e como foi que ela descobriu o que deveria fazer.
Esse texto foi publicado ontem lá no blog, e se você me agraciar com um clique vai poder ler tudo com uma formatação bonita, o bônus de um vídeo que define como poucos a descoberta da vida adulta e o link para compartilhar com os amigues que podem se interessar por essa reflexão.
Todas as imagens do post foram retiradas do filme Lady Bird.
Caso tenha se interessado pelo livro, ele está disponível em e-book e edição física e você pode comprá-lo na Amazon usando meu link de associado (pelo amor de DEUS), mas isso não é um publieditorial. A cada livro vendido eu ganho uma comissão que ajuda a manter o site no ar e você não paga nada a mais por isso. A solução está longe de ser ideal, mas é o que temos para o momento. Uma porcentagem do valor adquirido todo mês é revertida em doações, e a contribuição de janeiro foi para ajudar a comprar oxigênio para os hospitais de Manaus. A situação por lá está longe de ser resolvida e você pode ajudar também através de várias instituições (eu escolhi o Projeto Somar).
Disco da Semana
Fade (Yo La Tengo): O Yo La Tengo é uma daquelas bandas que sempre fico me cobrando mentalmente para conhecer direito, só que isso nunca acontece. Não é falta de mérito deles, claro, eu é que sou acomodada demais. Acomodação, aliás, é um bom termo para definir esse disco, mas não de maneira negativa: é o álbum que mais escuto quando preciso me acomodar internamente, como se meus sentimentos fossem um corpo cansado se revirando na cama em busca da posição ideal para aquela primeira onda de sono. Fade é o ladinho gelado do travesseiro, a conchinha perfeita, aqueles minutos entre o sono profundo e o estado de vigília em que nos sentimos flutuar. Busquei muito esse tipo de paz ao longo das últimas semanas, e ainda que o Yo La Tengo não tenha curado todos os males do mundo, sem dúvidas foi o melhor que encontrei para ser o primeiro disco que ouço quando acordo e também o último que toca antes de dormir.
Músicas favoritas: "Ohm", "Is That Enough", "Cornelia and Jane" e "Before We Run".
Links, Links, Links
- Quem já é versado em Ferrante sabe que Nápoles é tema constante na sua obra, e por conta de A Vida Mentirosa dos Adultos eu passei um tempão vendo fotos dos bairros citados na história (e sonhando com uma viagem pós-pandêmica para a cidade e as ilhas ao redor), uma atividade que recomendo muito: Elena Ferrante's Naples, then and now, 36 hours in Naples, ensaio fotográfico de Nápoles;
- Nova cronologia capilar de Alex Turner: quem está aqui faz tempo deve se lembrar que lá em 2016 eu escrevi a primeira versão da cronologia capilar de Alex Turner, um trabalho que é exatamente isso aí que vocês estão lendo. Cinco anos depois, achei que fazia sentido revisitar o tema e acabei descobrindo que Tranquility Base Hotel and Casino tem muito mais a ver com o momento atual do que muita gente pensa.
- Recentemente fiquei obcecada pela história dos hipopótamos selvagens que estão causando um sério desequilíbrio ecológico na Colômbia. Os animais foram comprados originalmente pelo Pablo Escobar (!) e foram se reproduzindo descontroladamente, e agora ameaçam a fauna local, o que inclui os humanos. Ninguém quer matar os hipopótamos, claro, e o ideal era estabelecer um plano de castração em massa, o que é um verdadeiro pesadelo logístico, a começar pela dificuldade de simplesmente encontrar os genitais do bicho.
Enfim, é uma história fascinante e desesperadora, e se você quer uma folga das preocupações com o nosso pesadelo logístico de vacinação, recomendo muito essa ótima reportagem científica do Washington Post (que também é muito engraçada, acho que sem querer) sobre o tema.
- E por falar em divulgação científica, a única coisa genuinamente boa e pura que já aconteceu nesse país: o clipe do MC Fioti em parceria com o Instituto Butantan tem até participação da naja fugitiva do DF <3
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui. Continuo sem saber qual é a melhor forma de unir a newsletter ao blog, por isso decidi reproduzir o texto mais recente por aqui porque sei que muita gente tem dificuldade de acompanhar blogs hoje em dia e ainda não achei um serviço de RSS que me agrade completamente. Além disso, gosto de escrever diretamente para vocês, recomendar músicas, links, e essa bagunça gostosa que a gente já está acostumado. Tem alguma sugestão de melhora? Me conta!
Espero que gostem do texto e, ainda que estejamos em época de BBB, recomendo muito a leitura de A Vida Mentirosa dos Adultos. Para mim foi uma experiência bem intensa de purgação dos meus tempos de adolescência e sinto que precisamos de mais obras complexas e interessantes como essa sobre garotas de 12 anos de idade. Foi uma fase muito confusa e formativa para mim e sentia falta de ver isso refletido de alguma forma.
Espero que estejam bem, seguros e se cuidando na medida do possível. Como sempre, obrigada por todo carinho e acolhimento. Até a próxima!
Stay beautiful e viva a ciência!
Yours truly,
Anna Vitória
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