Hello stranger, como vai você?
Eu tive uma ideia (lá vem).
Não sou uma pessoa natalina e a única coisa que me move nessa época são as listas e retrospectivas de fim de ano. Desde que comecei a estruturar o Melhores do Ano do Valkirias fiquei pensando em como poderia fazer uma retrospectiva legal por aqui, mais pessoal, mas não tive ideia nenhuma. Não preciso explicar ou repetir que 2017 (assim como 2016, 2015 e 2014) foi um ano que atropelou geral e acho que é por isso que não tenho muito interesse em sair listando um monte de coisas que li e assisti; só vai servir pra eu me culpar e achar que não fiz o suficiente, enquanto quem lê provavelmente vai sentir a mesma ansiedade e taí um tipo de cobrança que nunca fez sentido e no ano de 2017 do nosso senhor faz menos ainda.
Mas sempre fica aquela coceirinha de inventar alguma moda, Simone canta "então é Natal e o que você fez?" e entre sangue, suor e lágrimas 2017 tive algumas felicidades entre uma ansiedade e outra (felicidade, o momento perfeito entre uma ansiedade e outra é uma definição bonita que roubei da Cris Guerra, enquanto relia o sempre lindo Para Francisco semana passada) e eu gostaria muito de registrá-las. A ideia veio quando a Rachel Syme (eu amo a Rachel Syme) lançou uma newsletter especial de fim de ano em que todos os dias de dezembro ela vai indicar alguma coisa que fez o seu ano mais suportável. Quis copiar na hora.
A verdade é que eu ainda não superei o BEDA de 2015 e o negócio sobre o BEDA, para além de ser o projeto que coloca todo mundo doido postando todo dia durante um mês inteiro, é que ele é uma oportunidade para você ser a blogueira que sempre quis ser, na definição generosa de minha amiga Nicas. No momento, a blogueira (escritora, newsletteira, péssima correspondente, pessoa doida da internet, sei lá o que eu sou) que sempre quis ser é alguém capaz de sentar e escrever dois ou três parágrafos sobre alguma bobagem sem pensar muito e soltar no mundo. Pode ser um livro que gostei ou uma pequena lembrança de algo que na hora foi engraçado e vocês tinham que estar lá pra rir também, mas eu quero contar mesmo assim. Eu quero escrever essas coisas que passei o ano inteiro não escrevendo.
Dezembro é secretamente o mês mais tumultuado do ano e ontem mesmo listei tudo que precisava fazer até o fim de 2017 e senti uma veia pulsando na minha testa de nervoso, então acho que não existe momento mais apropriado para me lançar em um mini-projeto na internet. Passei todo o fim de semana tentando me convencer do contrário, mas tive uma ideia muito boa de nome e aí já era tarde demais.
Querido pavão misterioso aí do outro lado, hoje começa o 2017 em Detalhes. Além de retrospectivas, as outras duas únicas coisas boas a respeito de dezembro são (necessariamente nessa ordem) farofa e Roberto Carlos. Não tem nada mais DEZEMBRO que Roberto Carlos, e não tem nada mais Roberto Carlos que Detalhes. Até o fim do ano, três vezes por semana, estarei na caixa de entrada de vocês falando sobre algum detalhe minúsculo desse ano, pois sabemos que esses detalhes vão sumir na longa estrada do tempo que transforma todo amor em quase nada, mas (atenção!) quase também é mais um detalhe.
Não adiante nem tentar me esquecer (mentira, eu estou avisando antes porque se quiser pular fora a hora essa, não guardo rancores).
Obrigada ao Felipe por me ajudar a pensar nesse formato e às outras três pessoas no Twitter que apoiaram essa ideia. Ao resto eu peço desculpas.
Dois melhores presentes inesperados que ganhei em 2017
O robe florido do casamento da Dedê, com meu nome gravado e feito especialmente com as minhas medidas para contemplar minhas pernas enormes de girafa;
O lindo roupão azul de cobertorzinho, que ganhei há duas semanas e graças a Deus o aquecimento global está cumprindo sua agenda pois hoje é dia 04 de dezembro e cá estou eu, usando o lindo roupão azul de cobertorzinho.
Na foto estou usando o lindo roupão azul de cobertorzinho por cima do robe florido (com meias de bolinha e bichinho que vão até a canela), vivendo intensamente a minha verdade
Viu, nem doeu.
Vejo vocês quarta-feira, e até lá tem um texto novo meu no Valkirias sobre o filme Como Nossos Pais.
Stay beautiful!
Yours truly,
Anna Vitória