para ler ouvindo charli xcx - girl, so confusing featuring lorde
Hello stranger, como vai você?
Espero que você ainda tenha saco para ler listas de melhores do ano. Fiquei tão satisfeita com a que fiz ano passado que passei boa parte de 2024 pensando no que escreveria quando chegasse a hora novamente.
Será que esse negócio de ser uma “pessoa normal” não passou de um delírio? É o que veremos a seguir. Para acessar a versão completa do texto, é só clicar no cabeçalho acima ou aqui.
Para começar, um grande tema
Eu nunca falei sobre isso oficialmente, mas depois de terminar o mestrado eu meio que larguei a carreira acadêmica.
Não foi uma decisão consciente e sim algo que me dei conta que aconteceu enquanto acontecia e eu só… deixei acontecer. Sei que foi a decisão correta do ponto de vista prático, sei que posso mudar de ideia e retomar esse percurso quando quiser, e, principalmente, sei que estou contente e em paz com a minha escolha, ao melhor estilo que pena mas graças a deus de levar a vida.
Quando alguém pergunta se tenho planos para o doutorado, isso me soa tão absurdo e distante da minha realidade atual que parece que a pessoa perguntou se tô a fim de me lançar vereadora nas próximas eleições.
Apesar dessa segurança, por muito tempo julguei a mim mesma por ter tomado essa decisão. Em vários momentos dos últimos anos, me senti vendida e acomodada por ter escolhido um emprego formal no lugar da academia. Pior: achava que era isso que as pessoas pensavam de mim, mesmo que eu nunca tenha pensado isso de alguém na mesma posição e seria capaz de bater em alguma amiga que sugerisse isso sobre si mesma. Só que meu chicote é pesado e, nos dias muito ruins, chegava a acreditar que tinha jogado todas as minhas ambições intelectuais no lixo. E nos piores dias de todos, ia dormir sentindo que emburreci por vontade de própria e era uma pessoa pior por causa disso.
Mas essas eram as vozes na minha cabeça, vozes que não conseguiam ver o cenário por inteiro para ter uma perspectiva justa da realidade.
Ao longo de 2024, o céu começou a se abrir e nesse processo de redescoberta, reinvenção e resgate pessoal aconteceu uma coisa muito bonita: eu me dei conta de que nunca deixei de aprender. Um dia acordei com 01 unidade de ideia na cabeça e me senti a Juliette na final do BBB 21: vocês nunca esteviram sozinhos, era o que eu repetia para meus neurônios, aos prantos.
Percebi também que nunca deixei de prestar atenção no mundo ao meu redor ou de pensar sobre ele. Descobri, em especial, que penso e aprendo muito através do meu trabalho, da mesma forma que tudo que fiz e estudei antes dele me faz uma profissional melhor hoje em dia. Eu não dou aula e nem escrevo artigos para revistas acadêmicas, não publiquei nada a partir da minha dissertação, mas uso diariamente uma série de recursos, práticas, conceitos e ideias que aprendi na pós-graduação ao fazer o meu trabalho.
Eu não tenho um doutorado, mas trabalhar com saúde e divulgação científica (o que estou me forçando a dizer para explicar o que eu faço em vez de responder que “trabalho com instagram”) me expandiu, me deu um ângulo novo para pensar sobre aquele que sempre foi meu grande tema na academia, que é como as mulheres vivem e tudo que nos atravessa — e eu gosto muito desse ângulo. Nos últimos meses, me dei conta de que tenho me sentido realmente realizada fazendo isso.
E a melhor parte é que não dói nem um pouquinho, coisa que acontecia o tempo inteiro na minha vida de estudante.
Às vezes divido algumas reflexões que o dia a dia no trabalho me inspira e meu namorado sempre diz ó o seu doutorado aí, coisa que eu não dou muita bola. Mas tenho pensado cada vez mais que uma ideia não precisa ser um doutorado pra valer alguma coisa, por mais respeito que eu tenha por quem segue fazendo ciência (principalmente se for de humanas) no Brasil. Chegar a essa conclusão me tirou uns 200kg das costas.
*
Tudo isso para dizer que passei os primeiros três meses de 2024 imersa em uma pesquisa sobre… endometriose, essa doença que faz com que células similares às do endométrio apareçam em diferentes partes do corpo, como a cavidade pélvica e até mesmo os pulmões. Eu não tenho endometriose, mas sou fascinada pelo tema porque ela é uma chave muito completa para entender praticamente todos os problemas que pessoas do sexo feminino vivenciam — hoje e desde sempre — quando se trata de existir no mundo através de um corpo. Eu pensei muito sobre isso ao longo do ano todo.
Nessas de virar nerd de biologia, uma estudante de medicina sem ambições de ter CRM, voltei a acompanhar os vídeos do John Green porque me vi muito em sua atual obsessão pela tuberculose, chave que ele encontrou para pensar sobre a desigualdade social. Essa obsessão se desdobrou em projeto social para construir hospitais em Serra Leoa e um serviço de advocacy bem importante para pressionar grandes farmacêuticas a reduzir o valor de testes rápidos para a tuberculose, assim como de determinados antibióticos.
No fim do ano passado ele anunciou que esse mergulho também viraria um livro, Everything Is Tuberculosis, momento em que me senti profundamente Vista, imbuída de um certo propósito de vida.
Eu não estou escrevendo um livro sobre endometriose chamado Tudo é Endometriose (embora sim, tudo é endometriose), mas em março de 2024 essas leituras e conversas infinitas viraram um filminho-manifesto sobre a doença, que ancorou a campanha do Março Amarelo da empresa que eu trabalho. O roteiro é meu, com direção de arte da Barbarartes, minha incrível dupla de trabalho, e está disponível no Instagram para quem quiser ver.
Livros que li sobre endometriose e saúde feminina no geral
Ask me about my uterus: A quest to make doctors believe in women’s pain (Abby Norman, 2018);
A origem do mundo: Uma história cultural da vagina ou A vulva vs. o patriarcado (Liv Strömquist, com tradução de Kristie Lin Garrubo, 2018);
Unwell women: Misdiagnosis and myth in a man-made world (Elinor Cleghorn, 2022);
Inferior é o caralho (Angela Saini, 2018);
Constelações: Ensaios do corpo (Sinéad Gleeson, com tradução de Maria Rita Drummond Viana, 2023).
Um ano de livrinhos
Não foi intencional, mas quase todos os livros de ficção que li em 2024 foram, a meu ver, livros curtos, o que é uma novidade pra mim. E isso funcionou muito bem! Para alguém com a atenção completamente dinamitada pelas redes e pelos traumas, esses livros me deram a chance de me envolver sem me perder, e peguei gosto pela coisa.
Teve a leitura de Copo vazio, da Natalia Timmerman, na minha fuga para Arraial D’Ajuda (BA) em janeiro, um livro que todo mundo já tinha lido menos eu— porque é curto e isso me intimida muito mais do que um calhamaço — e que me fez pensar que realmente não existem experiências individuais. Depois, na nossa primeira viagem a Santos (SP), veio Fim, da Fernanda Torres, bem antes do frenesi que tomaria conta de toda a obra da atriz e escritora. Assisti à adaptação para TV no fim de 2023 e quis pegar o livro para saber se meus incômodos eram um problema da história ou da adaptação. Segui sem saber exatamente o que pensei sobre eles, mas devorei ambos.
Constelações, da Sinéad Gleeson (foto acima), uma indicação da
, veio nessa onda de interesse por leituras ligadas a corpo, saúde e doenças. Uma incógnita na minha vida. Não gostei muito da escrita, fiquei frustrada na maior parte do tempo, contudo acabou sendo rendendo insights importantes para o trabalho e me peguei enviando fotos de trechos dele para o Whatsapp da minha chefe fora do horário comercial. Diz ela que adorou.Por último o que eu gostei mais, Querida konbini (Sayaka Murata, com tradução de Rita Kohl, 2022), que comprei na Feira do Livro de São Paulo (SP). Horrorizada com os preços, decidi deixar meu dinheiro na única editora que estava dando descontos de verdade, a Estação Liberdade (vide foto abaixo). Comprei dois livros e comecei a ler Querida Konbini no mesmo dia, por pouco não termino em uma sentada. Detesto quando isso acontece, então me forcei a desacelerar porque queria passar mais tempo naquela loja de conveniências com Furukura.
Para fechar, uma grande ironia do destino: peguei Esforços olímpicos, de Anelise Chen (com tradução de Rogério W. Galindo), na época das Olimpíadas, porque estava com vontade de ler sobre esportes (duh), mais ainda sobre nadadoras. No entanto, fui surpreendida por uma protagonista (que, ok, já foi nadadora profissional) que é uma mulher deprimida em crise com a vida e com sua dissertação de mestrado. Rindooooooooo.
Abrindo o chakra do Japão
É muito comum que as pessoas respondam “Japão” quando alguém pergunta qual é a sua viagem dos sonhos. Eu entendo e, racionalmente, acho que faz todo o sentido. Mas esse bicho nunca me mordeu.
Jamais recusaria uma viagem ao Japão, mas nunca me imaginei organizando a minha vida em torno de algo assim. Para ser sincera, até pouco tempo atrás eu nem sabia muito bem o que encontraria lá além de grandes templos, cruzamentos movimentados, o Monte Fuji e muito silêncio.
Mas então aconteceu: meu chakra do Japão começou a se abrir.
Primeiro por causa do filme Dias Perfeitos, o meu favorito de 2024.
Depois, por causa da leitura de Querida konbini.
A cereja do bolo foi um dia em que eu estava passando mal e assisti todos os vlogs da viagem da família Ferreira para o Japão e agora sei que minha vida não vai ser completa se eu não conhecer a cidade de Hakone para me banhar em suas águas termais.
Agora posso dizer que o sonho de conhecer o Japão nasceu em meu coração e a melhor parte é que isso aconteceu por conta de banheiros públicos, lojas de conveniência e grandes termas em meio às montanhas.
Os dois únicos discos
2024 foi o ano em que tive um burnout de Taylor Swift, o que deu espaço para que eu me envolvesse intensamente com todas as artistas que ela tentou tirar do topo das paradas, tal e qual um ex-namorado tóxico.
BRAT (sobre o qual já falei na edição passada) e The Rise and Fall of a Midwest Princess (que é de 2023, mas estourou mesmo ano passado) foram os álbuns que mais ouvi ao longo do ano e foi muito bom amar esses discos. Mesmo dando play através do Spotify, minha relação com eles me lembrou a minha infância, quando eu me enfiava no escritório e ficava ouvindo repetidamente os mesmos CDs dos meus pais, a ponto de saber exatamente qual era o número de cada faixa. Acho que não peguei um ônibus em 2024 sem dar play em “360” ou “Femininomenon” assim que coloquei os pés para fora de casa.

Melhores shows
Smashing Pumpkins (Espaço Unimed, São Paulo);
Paul McCartney (Allianz Parque, São Paulo);
Pavement (C6 Fest, São Paulo);
El Fin del Mundo (Sesc Belenzinho, São Paulo);
Teago Oliveira (Blue Note, São Paulo).
Melhor música
O remix de “Girl, so confusing” com participação da Lorde, que abre essa newsletter.
Não gastei um minuto pensando sobre essa resposta e pode ser que eu me arrependa assim que apertar o botão de publicar, mas quero dizer o que o meu coração está sentindo. Eu voltei e a Lorde também (rindo) e nada, NADA, me trouxe tanto REGOZIJO quanto ouvir o seu lado dessa história, imaginando que lá na Nova Zelândia alguém foi capaz de parar uma criança de 10 anos na rua pra dizer que ela andava igual uma vadia.
Para ser honesta, acredito que essa aproximação da Charli vai fazer mais mal do que bem para a Lorde de um ponto de vista artístico e existencial, mas o remix de “Girl, So Confunsing” ME ALIMENTOU e eu vou aceitar isso por ora. I’ll ride for you, Ella!!!!
Outras músicas aleatórias que ouvi muito e amei demais
“Nuts” - RM
“Clara Bow” - Taylor Swift
“Wristwatch” - MJ Lenderman
“In The Mouth a Desert” - Pavement
“Ninguém Deu em Nada” - Lestics
O único reality show possível
Sim, estou falando da primeira temporada de Vanderpump Rules, que do nada apareceu na Netflix.
O programa acompanha os funcionários de um dos restaurantes de Lisa Vanderpump, uma das protagonistas de The Real Housewives of Beverly Hills. A diferença de Vanderpump Rules para qualquer outro reality show que se passa em algum estabelecimento comercial de Los Angeles (CA) é que estamos falando de um programa que estreou em 2013, ano que considero um limiar interessante quando pensamos na nossa relação com as redes sociais e o peso das mesmas na Grande Mídia.
Estamos falando de um ano, que talvez tenha sido o último ano, em que aspirantes a estrelas topavam participar de um reality show como caminho para o estrelato mainstream, e não uma vitrine para ganhar seguidores no Instagram e catapultar o seu capital social a partir daí. E isso, quando se vê em retrospecto, muda muita coisa. Existia uma espontaneidade e uma certa pureza no negócio quando as redes sociais não faziam parte do jogo.
Não me entendam mal, as estrelas de Vanderpump Rules são, de modo geral, péssimas, como se deve ser. Mas existe uma ingenuidade bonita em vê-los existirem naquele momento, sem saber o que os esperava, emprestando a própria vida para um programa de TV que, ao que tudo indicava, seria igual a tantos outros que surgiam o tempo todo sem dar em absolutamente nada.
Outro fator importante para que Vanderpump Rules se tornasse um marco do meu ano foi a experiência de assistir essa primeira temporada acompanhando os recaps do podcast Girls Unscripted, que eu descobri ao digitar “vanderpump rules s1e1 recap” na busca do Spotify. Trata-se de um podcast onde duas amigas falam sobre reality shows, sendo elas mesmas duas moradoras de Los Angeles (CA) que em 2013 estavam frequentando os mesmos lugares que a galera de Vanderpump Rules, também tentando a sorte como atrizes em Hollywood. Entre memórias sobre maxi-colares e escapadas para Las Vegas, a perspectiva delas torna essa temporada uma espécie de documento histórico para quem, assim como eu, gosta muito da história de coisas que não importam.
Por fim, 2013 é um ano fascinante porque lembro dele com muita clareza. Não só pelas Jornadas de Junho, mas porque eu estava no segundo ano de faculdade e naquela época já me sentia muito dona de mim, achava que já tinha entendido tudo. É uma experiência de humildade, que também traz um certo alívio, pegar todas as referências de época em um reality como esses e perceber que, de fato, 2013 foi há doze anos e nós (eu) não sabíamos de porra nenhuma.
Menção honrosa: a décima temporada (!) de Masterchef. Há muito tempo não me apegava tanto a um elenco ao ponto de seguir os participantes do Instagram e até chorar em eliminações.
Os melhores drinks que tomei em 2024





O finado drink de Angostura do bar Regô (foto 5);
O Negroni do Nello’s (foto 2), feito com vermute Noilly Prat, que não tinha o direito de ser tão bom e que me pegou totalmente de surpresa no que era para ser um fim de noite de quinta qualquer;
O White Lady (risos) que fiz para meu aniversário de 30 anos usando Curaçao Blue (foto 3).
O Macunaíma do Libertas Venda & Bar (foto 4), que mostrou mais uma vez que é o melhor boteco de Uberlândia (MG) porque agora serve um Macunaíma bom demais a módicos R$15.
O uísque Macallan 12 anos que eu e o
tomamos em um casamento onde só conhecíamos os noivos e, portanto, passamos o dia comendo do bom e do melhor, dando muita risada e enchendo a cara de uísque caro (foto 1).
Boas experiências no cinema
O dia em que fui assistir Pobres Criaturas sozinha na sala VIP do cinema em Uberlândia (MG). Fizeram uma cobrança errada no meu cartão quando fui comprar pipoca e por conta disso acabei ganhando uma cortesia para voltar lá outra vez. Poderia ter esperando, mas alguns dias depois o Bruno estava na cidade e nós não tínhamos nada melhor para fazer, de modo que levei ele pra ver Pobres Criaturas numa poltrona namoradeira.
Assisti uns 40 minutos até que dormi de babar no seu colo, acordando já com as luzes acesas.
Vou guardar com carinho também um sábado que decidi passear sozinha em São Paulo (SP) e acabei em uma sessão de Stop Making Sense lá no Belas Artes.
Livros que não terminei de ler mas que foram ótimos mesmo assim
My name is Barbra (Barbra Streisand, 2023)
A cerimônia do adeus (Simone de Beauvoir, com tradução de Rita Braga, 1974);
Alguien camina sobre tu tumba: Mis viajes a cementerios (Mariana Enriquez, 2022);
Frankenstein (Mary Shelley, 1994).
A melhor leitura de 2024
Ficou para depois
Deixei para escrever essa retrospectiva no último dia desse janeiro infinito na esperança de terminar Sopranos de uma vez por todas. Mas ainda faltam seis episódios (eu sei, eu sei) e percebi que não queria acelerar esse processo só para escrever uma palhaçada e dizer que terminei. Já foi mais de um ano nessa jornada, o que são alguns dias?
Sigo apaixonada por Tony Soprano, sigo disposta a me jogar na frente de um carro para salvar Christopher Moltisanti, sigo encantada com a peruca de Steve Von Zandt, e sigo pensando, e muito, sobre Homens Reunidos, mas acho que esse é um momento complicado para falar sobre isso.
E o que são histórias de máfia se não grandes narrativas sobre a masculinidade? Aquela máxima que se popularizou em meios feministas de que homens cisheteros sentem atração sexual por mulheres, mas amam mesmo é outros homens está basicamente no cerne de qualquer bom filme de máfia. Existe uma verdadeira ternura que une as famílias criminosas nascida a partir de uma lealdade rigorosa que, novamente, traz um contraste interessante num universo moralmente ambíguo, de olho por olho, dente por dente.
Ufa, agora acabou!
Obrigada pela companhia e por chegar até aqui. Como disse no início do texto, aprendi a gostar muito de fazer minhas retrospectivas nesse formato mais solto e caótico, que acaba também tendo mais a minha cara. Espero que tenham gostado e que possam aproveitar pelo menos alguma dessas indicações.
Caso tenham algo para me indicar nos segmentos máfia, morte, endometriose e Homens Reunidos, vou adorar saber. Don’t be a stranger!
E respiremos fundo, porque janeiro finalmente chegou ao fim!
Com carinho,
Anna Vitória
Eu tenho endometriose e troquei Mirena esse mês então ganhei de brinde muita reflexão sobre o que é ser mulher com uma doença que no fundo ninguém entende porque patriarcado etc
E aí veio Nosferatu, eu sempre comparo a endometriose aos servos de vampiros que reagem aos comandos deles. No caso o vampiro é o hormônio e o Mirena é a estaca, e o meu servo felizmente é um ponto pequeno em um ligamento.
Eu vou escrever sobre Nosferatu ainda e de algum jeito inserir minha vivência de mulher que só tem doença "de mulher" (fibromialgia e depressão também).
Mas é difícil porque Nosferatu fala de tanta coisa, acho que não vou terminar de escrever nunca. E eu tô há 2 dias só lendo sobre alquimia (descobri que o mercúrio representa o feminino).
Estou atrasada no comentário? Sim. Mas tirei o domingo pra ler todas as newsletters atrasadas na minha caixa de entrada, atraso esse que foi causado justamente por um processo seletivo de mestrado e subsequente aprovação (o que me faz repetir aproximadamente 5 vezes ao dia "o que eu tô fazendo aqui meu deus, eu só tenho 6 anos")
Mas a pós-graduação te ajuda muito no processo não só de pesquisa em si, mas de concatenar seus pensamentos, o que é muito útil em qualquer tipo de trabalho com informação que você faça. Então mesmo que você não siga mais nenhum caminho acadêmico, seu mestrado está sempre em ação durante seu trabalho.